Desde 1976, ano em que foi constatado cientificamente, o vírus ebola nunca havia feito tantas vítimas como na epidemia atual, iniciada em março deste ano (2014)[1]. Ao todo, segundos as informações oficiais, mais de 730 pessoas morreram e mais de 1.300 foram contaminadas pelo vírus[1].
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a contaminação pelo vírus do ebola advém do contato com fluídos corporais, como saliva e sangue. A princípio, o vírus manifesta-se de forma similar à gripe, causando febres altas e dores no corpo. Em seguida, o indivíduo contagiado sofre de hemorragia e, na maioria dos casos, em falência múltipla dos órgãos[1].
A contaminação pelo vírus na Guiné, Libéria e Serra Leoa, focos da epidemia, é inesperada, uma vez que as epidemias passadas concentraram-se em nações centrais, como na República Democrática do Congo e em Uganda[1][2]. Dessa forma, este primeiro contato com o vírus traz grandes dúvidas à população local em como responder à contaminação, bem como em tomar as medidas adequadas para diminuir a sua propagação.
Médicos afirmam que pré-conceitos locais evitam a instituição de medidas de saúde pública eficazes ao combate do ebola: parte dos membros das comunidades infectadas acredita que médicos voluntários internacionais trazem o vírus, rejeitando o tratamento concedido por eles[3], e a cremação das vítimas, medida que evitaria a propagação, é amplamente evitada, uma vez que desrespeita a tradição de parte das comunidades locais contaminadas[3].
A epidemia atual traz grandes preocupações a autoridades internacionais, uma vez que a conectividade entre nações aumenta a probabilidade do vírus se propagar em nações adjacentes, bem como para outros continentes.
O Governo da Nigéria alegou, na semana passada, que um avião originado da Libéria trouxe uma pessoa contaminada pelo vírus[3][4]. Segundo autoridades locais o indivíduo faleceu na semana passada, o que aumenta as preocupações sobre uma possível propagação do vírus neste país[3][4]. A presença do ebola na Nigéria aumentaria consideravelmente o número de vítimas, bem como as chances de propagação, uma vez que esse é o maior país africano e uma das principais economias do continente.
Nos Jogos Commonwealth, sediado na Escócia, um atleta de Serra Leoa apresentou sintomas compatíveis com aqueles que foram contaminados com o vírus do ebola[4]. Após exames minuciosos e o tratamento adequado, constatou-se que ele não estava contaminado com o vírus. Membro da delegação dos jogos, Jackie Brock-Doyle, fez questão de declarar em público que a Escócia está livre deste vírus[4].
Kent Brantly, o médico americano infectado, que trabalhava na Libéria, chegou ao hospital universitário em Atlanta, nos Estados Unidos, no último sábado (2 de agosto) para ser tratado. Segundo os médicos, o paciente responde positivamente ao tratamento[5]. A companhia aérea Emirates, também no último sábado, suspendeu os voos para Conarky, capital da Guiné[4]. Da mesma forma, o Líbano paralisou a emissão de permissão de trabalho para pessoas naturais dos três países foco da epidemia[4].
O encontro desta semana entre o presidente norte-americano Barack Obama e 50 líderes das principais nações africanas, em Washington, D.C., era, a princípio, um encontro restrito ao debate de questões relacionadas ao comércio internacional entre as duas regiões[6]. Entretanto, o expressivo número de vítimas e a chance de contaminação internacional crescentes faz com que o vírus ebola se torne também pauta impreterível de discussão no encontro[6].
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Imagem (Fonte – AlJazeera-America):
http://america.aljazeera.com/articles/2014/7/11/ebola-west-africa.html
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Fontes consultadas:
[1] Ver “The New York Times”:
[2] Ver “The New York Times”:
[3] Ver “Washington Post”:
[4] Ver “The New York Times”:
[5] Ver “The Guardian”:
[6] Ver “Ghana Web”:
http://www.ghanaweb.com/GhanaHomePage/NewsArchive/artikel.php?ID=319630
I have also read related to ebola virus by using search engine on http://bbcnewsplanet.com. Thanks for sharing the nice piece of information with us.