O “Serviço Federal de Segurança da Rússia” (FSB / Федера́льная слу́жба безопа́сности Росси́йской Федера́ции – ФСБ России )[1] frustrou nesta segunda-feira, dia 19 de maio de 2013, um “Atentado Terrorista” em Moscou, ao matar dois suspeitos e deter um terceiro[2]. A porta-voz do “Comitê Nacional Antiterrorista” (CNA – Национальный антитеррористический комитет / НАК)[3] apontou: “A ação das forças de segurança impediu a tentativa de atentado na capital. Os criminosos, cidadãos russos, vieram da região afegã-paquistanesa, onde receberam instrução militar e terrorista”[4].
Os agentes do “Serviço Federal de Segurança” investigaram a informação recebida sobre os preparativos de um atentado e chegaram a uma casa localizada a 90 quilômetros de Moscou, na cidade de Orehóvo-Zúevo. Na operação, houve tiroteio entre as forças de segurança e os suspeitos terroristas, que provocou as duas mortes. Um dos membros da “Força Especial” foi levemente ferido. O presidente russo, Vladímir Pútin, já foi informado do resultado da ação, segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitrí Peskóv. A intenção da quadrilha terrorista era organizar um grande atentado numa área movimentada, no centro da capital russa (Moscou).
Além desse caso, que foi frustrado, um duplo atentado com automóveis minados em Makhatchkalá, capital da “República do Daguestão”, provocou a morte de três pessoas e trinta ficaram feridas, informaram as autoridades locais. Um primeiro balanço dava conta de oito mortos. Segundo as autoridades regionais, a primeira das duas explosões, acontecida na frente da sede do “Serviço Federal de Oficiais de Justiça”, não causou vítimas, enquanto a segunda ocorreu alguns minutos mais tarde, quando ao lugar chegaram agentes de segurança. “Constatámos que a primeira bomba estava debaixo do automóvel”[4], informou um porta-voz da polícia. O Daguestão[5] é uma república do norte do Cáucaso russo, onde, regularmente, ocorrem ações atribuídas a grupos terroristas islâmicos que lutam pela separação desse território da “Federação da Rússia”.
As resposta por parte das autoridades estão ocorrendo. Nma operação especial das forças antiterroristas em Nazrán, a maior cidade na “República Ingushétia”[6], foi morto Djamaléil Mutalíev, o chamado “Emir Militar” da organização “Emirado Cáucaso”*, que fora apontado como a mão direita do Dóku Umárov**. Também foi morto Alihán Ozdóev, o ajudante de Mutalíev. A informação foi revelada pelo presidente da Ingushétia, Iunús-Bek Evkúrov[7].
Segundo o “Comitê Nacional Antiterrorista”, foi Mutalíev quem preparou o atentado com bomba numa praça comercial na cidade de Vladikavkáz, em 2010, o qual deixou 18 mortos. A organização “Emirado Cáucaso”** assumiu o atentado suicida no aeroporto de Moscou, “Domodédovo”, em janeiro de 2011, com 38 fatalidades (incluindo o homem-bomba) e o atentado duplo no metrô da capital russa em 2010, quando 40 pessoas morreram.
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* O Emirado do Cáusaso (russo: Кавказский Эмират), é um estado virtual proclamado parcialmente como sucessor da República chechena da Ichkeria e foi oficialmente anunciado em 31 de outubro de 2007, pelo ex-presidente da Ichkeria, Dokka Umarov, que se tornou o primeiro Emir. Seu ramo militar é a “Frente do Cáucaso”.
** Doku “Dokka” Khamatovich Umarov (Em checheno: Ӏумар КӀант Доккa. Em russo: Доку Хаматович Умаров), também chamado em árabe, Dokka Abu Usman, (13 de abril de 1964) é um militante islâmico checheno, responsável por vários ataques a civis, ganhando o apelido “Bin Laden do Cáucaso”.
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Imagem “A intenção da quadrilha terrorista foi de organizar atentado grande numa area movimentada no centro da capital russa” (Fonte):
http://www.oz-on.ru/news/295/247809/
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Fontes consultadas:
[1] Ver:
[2] Ver:
http://nac.gov.ru/nakmessage/2013/05/21/neitralizovany-bandity-gotovivshie-terakt-v-moskve.html
[3] Ver:
Ver também:
[4] Ver:
http://www.oz-on.ru/news/295/247809/
[5] Ver:
http://www.pravitelstvo-rd.ru/
[6] Ver:
[7] Ver: