O Exército egípcio realizou nesta semana um ataque a militantes islamitas no Sinai. De acordo com oficiais de segurança, pelo menos nove militantes foram mortos. A operação foi realizada com tropas de soldados, tanques e helicópteros e atingiu cidades ao longo da “Faixa de Gaza”. Aparentemente, o ataque foi o maior do tipo nos últimos anos nessa região.
A tensão entre as Forças de Segurança e os militantes aumentou desde o início de Julho, quando o ex-presidente Mohamed Morsi foi deposto pelo Exército. Os grupos islamitas em questão utilizam a região do Sinai para atividades de cunho militante, tanto em relação ao governo egípcio quanto em relação a Israel.
Postados no lugar, combatentes destes movimentos conseguem atingir cidades israelenses a partir da localidade com foguetes de longo alcance. Além disso, ocorre simultaneamente o tráfico de armas pelo deserto, desde o Sudão e da Líbia, até o governo do Hamas, em Gaza.
O Exército acusou Morsi de ser leniente em relação à atividade militante no Sinai, especialmente após a ocasião em que o presidente deposto libertou islamitas que estavam presos e proibiu operações militares na região. De acordo com analistas[1], a repressão do Exército a Morsi, à Irmandade Muçulmana e a seus apoiadores está acrescentando ainda mais ímpeto aos militantes islamitas no “Deserto do Sinai”.
Também nesta semana, soldados egípcios encontraram e desarmaram morteiros e outros explosivos em uma linha de trem próxima ao “Canal de Suez”. Ataques frequentes a oleodutos e a bases militares têm ocorrido desde a derrubada do ex-presidente Hosni Mubarak, em 2011.
Na última quinta feira uma forte explosão teve como alvo o ministro do interior Mohamed Ibrahim no momento que ele saiu de sua casa no Cairo para trabalhar. O Ministro sobreviveu ao ataque ileso, mas, segundo oficiais, outra pessoa foi morta.
Estes tipos de ataques entre militantes islamitas e militares vem se tornado cada vez mais correntes. No dia 24 de agosto, pelo menos 24 policiais egípcios foram assassinados em uma emboscada realizada pelos militantes na “Península do Sinai”. Ressalte-se que a presença e permanência do Egito na região está sujeita ao tratado de paz com Israel, assinado em 1979.
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Imagem (Fonte):
http://www.bbc.co.uk/news/
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Fontes Consultadas:
[1] Ver: