O duro golpe sentido pelos situacionistas no governo argentino não surgiu inesperadamente. Ao longo do período desde que assumiu a pasta, a presidente Cristina Kirchner não conseguiu manter o controle sobre os variados setores da sociedade que sentiram de perto a estagnação econômica.
Em termos de política externa, a presidente encenou aproximações com a Venezuela de Hugo Chávez e foi obrigada a retroceder, quando o venezuelano anunciou que estava estatizando empresa argentina em seu território. Adotou política para defender os produtores argentinos, quando sobretaxou produtos importados afetando o comércio com o Brasil e regras do MERCOSUL. Mas, se isso agradou a alguns setores, prejudicou outros, como os comerciantes importadores, e perdeu apoio no exterior.