A London Bridge, ponte localizada próxima ao centro financeiro de Londres, foi mais uma vez palco de um ataque*, considerado como um atentado terrorista pela polícia local. Na tarde do dia 29 de Novembro de…
Porto de Zeebrugge, de onde saiu o container com os imigrantes vietnamitas em sentido à Inglaterra
Não se sabe exatamente quantos dias os vietnamitas
permaneceram dentro do container. O que se sabe é que o
compartimento chegou na Inglaterra através do porto de Zeebrugge, na Bélgica.
Segundo a reportagem do jornal The Independent, os
envolvidos com o tráfico de pessoas costumam chamar o caminho, que passa pelo
Canal da Mancha, de a rota do “CO2” (gás carbônico). Justamente pelo fato de
que os imigrantes são colocados dentro de containers com pouca ventilação. O
percurso até o Reino Unido não é fácil, muitos dos vietnamitas que passam pela rota são jovens e chegam a pagar
entre £8.000 e £40.000 libras* aos traficantes.
Boris Johnson (líder dos Conservadores e Primeiro-Ministro incumbente) e Jeremy Corbyn (líder dos Trabalhistas)
Atrás dos três temas acima, as
preocupações com a Economia e o Meio-Ambiente aparecem empatadas na 4º
colocação, sendo citadas por 25% dos entrevistados. Em quinto vêm a questão da
Imigração, mencionada em 22% das entrevistas.
A Mothercare, maior rede de vendas de artigos para bebês e crianças do Reino Unido, anunciou o fechamento de suas 79 lojas no país, pondo em risco o emprego de 2.800 trabalhadores. A empresa foi…
Não é a primeira vez que
Nigel promete apoiar os Conservadores. A rusga entre o Brexit Party e o Partido do atual Primeiro-Ministro, contudo, pode
dividir o voto dos eleitores favoráveis à saída da UE. Nigel Farage,
atualmente, é membro
do Parlamento Europeu e é uma figura importante na política do país. Por
muitos anos ele foi uma das principais lideranças do UKIP (United Kingdom Independence Party – Partido pela Independência do
Reino Unido), que, desde seu início,
em 1993, advoga pela desvinculação do Bloco Europeu. Em 2019 ele lançou o Brexit Party, que em pouco tempo obteve votação recorde nas
eleições ao Parlamento Europeu.
Na segunda-feira, dia 28 de outubro de
2019, Donald Tusk, o Presidente do Conselho
Europeu*, confirmou a concessão de uma nova data para a saída do Reino
Unido da UE. Agora marcado para o dia 31 de janeiro de 2020, Tusk apelidou a
concessão de “flextensão” (derivado
de “extensão flexível”), já que os
britânicos terão a oportunidade de sair previamente, caso o Parlamento aprove
em tempo o acordo sobre a nova relação com o Bloco europeu.
The EU27 has agreed that it will accept the UK's request for a #Brexit flextension until 31 January 2020. The decision is expected to be formalised through a written procedure.
Em dia de eleições é comum ver placas indicando a localização das urnas, que geralmente ocorrem em igrejas, escolas e centros comunitários
As eleições no Reino Unido
tradicionalmente acontecem nos meses de maio ou junho. Esta será, desde 1923, a
primeira a ocorrer em dezembro. Existem
algumas preocupações em relação à logística do evento. Uma delas é de que
não haverá tempo suficiente para disponibilizar espaços em escolas, igrejas e
centros comunitários, onde geralmente se encontram as urnas. Próximo à esta
data, muito desses lugares já estão reservados para festividades natalinas. O
clima úmido e frio, desta época do ano, também pode afugentar alguns eleitores.
Além disso, o período coincide com o fim do trimestre escolar, que pode afastar
jovens estudantes em época de exames.
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Nota:
* O
Conselho Europeu é o órgão da União Europeia que reúne os Chefes de Estado ou
Governo dos países membros. O polonês Donald Tusk é o atual Presidente do órgão.
Dia 31 de outubro de 2019, a data atualmente marcada para a saída oficial do Reino Unido da União Europeia (UE), é a mesma em que se comemora o Halloween (chamado de Dia das Bruxas…
No dia 7 de outubro de 2019, ativistas
iniciaram uma onda de protestos ambientais nas ruas da capital britânica.
Somente na primeira semana, mais de 1.000 manifestantes foram presos, a
maioria devido a distúrbios causados ao trânsito na cidade. Uma das
demonstrações que ganhou destaque da mídia foi a do atleta paraolímpico James
Brown, que escalou um avião da companhia British Airways no
aeroporto London City, próximo ao centro da cidade.
Polícia prende um dos manifestantes durante os protestos – Foto de Stefan Muller
Gráfico sobre a preocupação dos britânicos com as mudanças climáticas
Apesar de ser um movimento pacífico e com
um forte apelo às preocupações climáticas da maioria da população* (ver
gráfico), o grupo enfrenta diversas críticas. O jornal Daily Mail, por exemplo, acusa que
uma pequena parte dos manifestantes têm recebido mais de 400 libras esterlinas
(cerca de 2.000 reais, conforme cotação de 14 de outubro de 2019) por semana
para protestar, porém, sem declarar os devidos impostos. Além disso, o jornal
chama a atenção para a falta de representatividade social do grupo, formado em
sua maioria por brancos de classe média, sem a participação significativa de
minorias étnicas. A BBC divulgou também críticas em relação aos
recursos utilizados para policiar as manifestações. Mais de 7,5 milhões de
libras, quase de 39 milhões de reais, também de acordo com a cotação de 14 de
outubro de 2019, foram gastos pelo governo, além disso, muitos pedestres e
motoristas tiveram suas rotas interrompidas, atrapalhando a circulação de
veículos importantes, como ambulâncias.
Apesar das críticas, o grupo defende suas
ações. Sobre a acusação do movimento não representar minorias, o
site da organização declara que “o
Extinction Rebellion é formado por
pessoas de várias idades e origens de todo o mundo” e que “trabalham para melhorar a diversidade
[…] sem se alinhar a qualquer partido
político”. Sobre os distúrbios causados nas cidades, onde acontecem os protestos,
o movimento afirma que se
“o governo quer diminuir a perturbação
pública, eles precisam agir” e não há intenção, por parte do grupo, de “atrasar veículos de emergência”, além de
estarem trabalhando juntamente com a polícia para “assegurar que casos assim não ocorram”.
Logotipo do Extinction Rebelion – O símbolo tem o X, significando a extinção, as linhas horizontais sugerindo um relógio de areia, e o círculo, o planeta terra
O Ministério da Defesa Italiano formalizou
oficialmente, durante a feira
DSEI*, realizada em Londres, a participação no projeto de desenvolvimento
do caça Tempest – aeronave de combate militar de nova geração. O país se une ao
Reino Unido e à Suécia, que
recentemente também aderiu ao projeto (em julho de 2019). O anúncio marca a entrada dos 3 países na
corrida armamentista pela criação de caças de “sexta-geração”, que irão substituir os mais modernos atualmente em
produção (ditos de “quinta-geração”).
Porém, o concorrente mais polêmico do
projeto Tempest é o FCAS
(Future Combat Air Systems), dirigido pelos Ministérios da Defesa da
Alemanha, França e Espanha, e que está sendo desenvolvido pela francesa Dassault e Airbus (multinacional europeia).
Apesar de diálogos para que o Reino Unido se unisse à iniciativa franco-alemã,
o país desistiu da parceria e levou à frente a concepção do Tempest. A saída
gerou crítica sobre as consequências de uma Europa dividida em relação aos dois
projetos. O Ministério da Defesa Britânico declarou em julho (2019) que o país
não se associou aos franceses e alemães devido ao fato de
o programa não se encaixar aos objetivos estratégicos do país, mas, que, mesmo
assim, o plano será de maximizar a interoperabilidade entre os distintos
projetos. Vale lembrar que os países envolvidos tanto na concepção do FCAS
como do Tempest são aliados estratégicos na OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte).
Protótipo do caça FCAS, em exibição na Paris Air Show 2019
Os dois projetos foram lançados em um
momento incerto para o futuro da geopolítica europeia, com a saída do Reino
Unido da UE. Isso pode gerar uma rivalidade desnecessária entre as potências do
continente. Sobre o assunto, o presidente francês Emmanuel Macron declarou em
junho, durante a Paris Air Show (Feira Aeronáutica internacional na França),
que “a competição entre os Europeus quando ela
‘nos’ enfraquece contra os Americanos, os Chineses, é algo ridículo”.
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Nota:
* DSEI: Defence and Security Equipment International – Defesa e Equipamentos
de Segurança Internacional, é a maior
feira da Europa e uma das principais do mundo para a Indústria de Defesa.
Em pesquisa recente para a YouGov[1], realizada entre os dias 17 e 18 de setembro, os Liberais Democratas aparecem na segunda posição em intenção de votos do eleitorado, ultrapassando, pela primeira vez, os Trabalhistas (Labour…