Segundo a ONU Mulheres, os conflitos armados e os desastres naturais têm consequências devastadoras, inclusive no agravamento das disparidades entre mulheres e homens. Muitas vezes, as mulheres têm menos recursos para se proteger e, com as…
Durante o 57º Conselho Diretivo da
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), ocorrido em outubro de 2019, os
Ministros da Saúde dos diferentes países que constituem a instituição lançaram
em conjunto a Estratégia
e o Plano de Ação sobre Doação e Acesso Equitativo ao Transplante de Órgãos,
Tecidos e Células 2019-2030. O intuito é fortalecer as ações entre os
países membros, tendo como apoio a melhoria da qualidade de vida dos
beneficiários, bem como as relações de custo-benefício diante da efetividade
dos transplantes realizados.
Estima-se que com 53,3
transplantes em cada 1 milhão de pessoas, as Américas compõem a maior taxa
de realização desses procedimentos, seguida pela Europa. Na América Latina, o
Uruguai lidera a doação de órgãos (16,8 por milhão de pessoas), seguido pelo
Brasil (14,2) e Argentina (12). A Espanha é o líder mundial (47).
Estima-se, portanto, que são necessários 14,3
bilhões de dólares (aproximadamente 60 bilhões de reais, conforme cotação de 18
de outubro de 2019) para atender essa parcela que sofre com problemas
visuais que poderiam ser amenizados, como miopia, hipermetropia e cataratas.
Além disso, diferente do que se imagina, a concentração de grande parte dos
casos ocorre em áreas rurais, com baixa renda, afetando diretamente mulheres,
idosos, minorias étnicas e populações indígenas.
Para Tedros
Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, “é inaceitável que 65 milhões de pessoas sejam cegas ou tenham visão
prejudicada quando sua visão poderia ter sido corrigida com uma operação de
catarata, ou que mais de 800 milhões de pessoas lutem com suas atividades
diárias porque não têm acesso a óculos. A inclusão de atendimento oftalmológico
nos planos nacionais de saúde e pacotes essenciais de atendimento é uma parte
importante da jornada de todos os países em direção à cobertura universal de
saúde”.
Campanha. Primeiro relatório sobre visão mundial é lançado pela OMS
Ressalta-se no estudo que as condições
oculares que normalmente não prejudicam a visão, como xeroftalmia (ressecamento
patológico associado à falta de vitamina A) e conjuntivite, não devem ser
negligenciadas, pois estão entre os principais motivadores de busca a atenção
primária de saúde. No entanto, devido a serviços oftalmológicos frágeis ou
integrados de forma inadequada, a falta de acesso a verificações de rotina
inviabiliza a prestação de cuidados ou tratamento preventivo apropriado.
Assim, este relatório pioneiro cumpre o papel de trazer à tona o debate sobre
a valorização dos serviços de oftalmologia. A partir de seu informe público, há
o convite aberto a governos de diferentes países e sociedade civil para
engajarem-se e em conjunto compartilharem boas práticas com impacto direto na
qualidade de vida dos povos.
Na última segunda-feira (7 de outubro de 2019), comemorou-se o Dia Mundial do Habitat. No sistema das Nações Unidas este tema faz parte do escopo de trabalho do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos…
Assim, países e instituições
internacionais diversas buscam partilhar e desenvolver soluções integradas para
o desenvolvimento urbano, a fim de mitigar a desigualdade social e,
proporcionalmente, reduzir os danos ao meio ambiente.
Pensando neste desafio intrínseco ao
crescimento da população do planeta, estabeleceu-se o Objetivo do
Desenvolvimento Sustentável 11. A partir desse respectivo ODS, segurança,
sustentabilidade e resiliência são princípios designados como norteadores de
planos urbanos.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 11 diz: ‘Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis’ – Foto: ONU
Por fim, a Declaração de
São Paulo convida os atores do teatro de operações das relações internacionais
a aplicarem as seguintes medidas:
·
Definir metas de baixa emissão com o
objetivo de tornar-se neutra em carbono;
·
Elaborar e implementar planos de ação de
biodiversidade locais para conservar e melhorar a biodiversidade urbana e
as áreas de proteção urbanas;
·
Incorporar as informações sobre o clima e a
biodiversidade ao ordenamento espacial e, ao mesmo tempo, investir no
desenvolvimento urbano compacto e interligado;
·
Aproximar a natureza das pessoas, restaurando a
conectividade e os corredores verdes entre as áreas urbanas, as paisagens do
entorno e as áreas de proteção;
·
Defender a inclusão social e, ao mesmo
tempo, abordar soluções para a mudança climática, a perda de biodiversidade e o
desenvolvimento econômico;
·
Promover soluções baseadas na natureza para
melhorar as funções dos ecossistemas, ampliar a infraestrutura urbana verde e
aumentar a resiliência urbana.
Para mais informações,
consulte a página dos 17 Objetivos para Transformar o Mundo neste link.
Imagem 2 “O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 11 diz:‘Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis’ – Foto: ONU” (Fonte): https://nacoesunidas.org/tema/ods11/amp/
Em 25 de setembro de 2015, 193 líderes
mundiais se comprometeram com 17 Metas Globais para alcançar 3
objetivos extraordinários nos próximos 15 anos: 1) Erradicar a pobreza
extrema; 2) Combater a desigualdade e a injustiça; e 3) Conter
as mudanças climáticas. Esses objetivos são conhecidos como os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Na escala global, os ODS e as metas são
acompanhados e revisados a partir de um conjunto
de indicadores desenvolvidos pelo Grupo Interagencial de Peritos sobre os
Indicadores dos ODS (Inter-Agency Expert
Group on SDG Indicators – IAEG-SDG). Tal metodologia foi validada pela
Comissão de Estatística das Nações Unidas.
Dessa maneira, asseguram-se a
coordenação, a comparabilidade e o monitoramento dos progressos dos países em
relação ao alcance de seus compromissos para com a Agenda 2030, por parte da
Organização das Nações Unidas (ONU). Para fazer o monitoramento ocorre,
anualmente, o Encontro do Alto Fórum Político dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (High-Level Political Forum
on Sustainable Development Goal – HLPF).
Tal acompanhamento permite a essa
instituição identificar os países e as áreas temáticas que necessitam de maior
assistência dos organismos internacionais e de maior cooperação para o
desenvolvimento.
No
encontro da Cúpula dos ODS deste ano (2019), líderes de governos, empresas
e sociedade civil demonstraram uma maior preocupação no que tange ao combate às
mudanças climáticas, incluindo iniciativas para financiar e construir uma nova geração
de cidades sustentáveis; ajudar pessoas a garantir empregos; melhorar a saúde;
e promover igualdade de gênero; entre outros.
Algumas das ações propostas
depois de quatro anos do primeiro Acordo internacional são:
·
Brasil: reduzir a mortalidade prematura causada
por doenças não transmissíveis para 1/3 até 2030 (ODS Nº 03);
·
Finlândia: alcançar neutralidade de carbono até
2035 (ODS Nº 13);
·
Maldivas: parceria com American Express, ABinbev, Adidas e Parley for the Oceans para
criar um esquema nacional capaz de alcançar diversos ODS;
·
México: garantir acesso à internet para todos,
incluindo pessoas em comunidades vulneráveis (ODS Nº 09);
·
Grécia: crescimento verde com economia circular
(ODS Nº 11);
·
Holanda: dobrar o número de pessoas com acesso à
justiça através do apoio a partes da África e do Oriente Médio (ODS Nº 16);
·
Empresas de 25 países: atingir emissão zero de
carbono até 2050, como parte do Pacto Global da ONU (ODS Nº 17);
·
Projeto Maior Lição do Mundo: engajar mais de
500 mil estudantes da Nigéria em aprender mais sobre os ODS (ODS Nº 04);
Para mais informações, consulte
a lista completa de ações neste link.
Imagem 2 “ODS 3 – Assegurar uma vida sustentável e promover o bem–estar para todas e todos, em todas as idades. Foto: GT Agenda 2030” (Fonte): https://gtagenda2030.org.br/ods/ods3/
Representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Escritório de Coordenação de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDCO) na América Latina e no Caribe reuniram-se pela primeira vez em Lima, no Peru, entre os dias…
Como comemoração de 70 anos da abertura de seu escritório brasileiro, a Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas
realizou, em parceria com o Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), o evento
de lançamento de seu novo livro denominado “Alternativas para o desenvolvimento brasileiro: novos horizontes para a
mudança estrutural com igualdade”.
Assim, o título organizado por Marcos
Vinicius Chiliatto Leite, Oficial de Assuntos Econômicos, busca impulsionar
o debate sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil, articulando uma
mudança estrutural com igualdade. Além disso, tem como objetivo reunir “jovens estruturalistas” e suas propostas
a fim de se delinear um caminho para a compreensão dos desafios brasileiros em
meio ao contexto de grandes transformações na economia internacional e das
incertezas oriundas da crise doméstica.
O novo livro teve o apoio da Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) e da Young Scholars Initiative do Institute for New Economic Thinking. Foto: CEPAL
Perpassam pelas sete décadas de atividades da CEPAL no Brasil os
seguintes temas: a industrialização para a América Latina (1949-1959); reformas
(tributária, financeira, agrária, administrativa etc.) para irromper o processo
de industrialização na década de 60; a reorientação dos estilos de
desenvolvimento para a homogeneização social e diversificação das exportações
nos anos 70; a transformação produtiva com equidade nos anos 1990 e 2000; e o
“imperativo da igualdade” que permeia o debate atual como princípio da mudança
estrutural.
Portanto, deve-se destacar que o pilar que sustenta os argumentos
apresentados ao longo dos capítulos que compõem a obra trata-se do entendimento
da condição periférica da América Latina.
Dessa maneira, salienta-se que o estruturalismo identifica a existência
de um mundo assimétrico, com concentração de renda em escala mundial em alguns
poucos países que detêm o progresso técnico e, por consequência, a
especialização da periferia em produtos primários de baixo valor agregado. A
publicação está disponível para download gratuito neste link.
A Agência Brasileira de Cooperação (ABC)
do Ministério das Relações Exteriores, em parceria com a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), realizou uma
visita técnica à sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), no local denominado “EMBRAPA Arroz e Feijão”. Esta agenda foi um
complemento à participação das delegações de países da América Latina e da
África no 12º Congresso Brasileiro do Algodão, ocorrido entre os dias 27 e 29
de agosto em Goiânia (Estado de Goiás, Brasil).
Com o objetivo de aproximar produtores,
cientistas, pesquisadores e agrônomos da cadeia produtiva do algodão,
participaram do encontro representantes da Colômbia, Mali e Moçambique. Na
oportunidade, técnicos da EMBRAPA apresentaram os principais desafios da
produção brasileira, a fim de compartilharem a nossa experiência com o intuito
de desenvolver capacidades nas instituições públicas dos países parceiros
Esta estratégia faz parte da Cooperação
Técnica denominada Projeto + Algodão. Em
execução desde 2013, conta com o envolvimento de sete países parceiros
(Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai e Peru), com a
finalidade de apoiar o fortalecimento do setor algodoeiro.
Especificamente, esta atividade
desenvolvida entre o organismo internacional e os demais Estados trata-se de um exemplo
de Cooperação
Sul-Sul Triangular (CSST). Essa CSST, em síntese, é baseada em intercâmbios
financeiros e não financeiros entre pares.
Visita técnica à EMBRAPA (Arroz e feijão), Goiás. FAO e OIT
Desde sua criação, um total
de 17 projetos foram implementados ou se encontram em plena atividade, com um
montante de cerca de 20 milhões de dólares (aproximadamente, 81,21 milhões de
reais, conforme a cotação de 6 de setembro de 2019) e 35 países envolvidos:
Angola, Argentina, Bahamas, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Granada, Guatemala, Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Mali, México, Moçambique,
Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, São Tomé e Príncipe,
Suriname, Tanzânia, Timor Leste, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
Para mais informações, a
página da Agência Brasileira de Cooperação apresenta um balanço de seus
projetos neste link.
Na América Latina e no Caribe, as taxas de subnutrição vêm aumentando nos últimos anos. Especificamente, a América do Sul concentra 55% da população que sofre de subnutrição na região, sendo um dos fatores principais…