A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a partir de seu último informe epidemiológico, emitiu um alerta para a região da América Latina e Caribe em razão da vigência de um novo ciclo epidemiológico de dengue,…
Na última quarta-feira, 14 de agosto de
2019, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe lançou em Santiago
(Chile) seu relatório anual sobre Investimento Estrangeiro Direto
na região. No documento, há uma análise sobre a evolução das entradas
desse tipo de investimento, bem como sobre a contribuição desses fluxos para os
processos de desenvolvimento produtivo.
Com base nas informações do
estudo, o
discurso da Secretária-Executiva – Alicia Bárcena (CEPAL), sinaliza que “ao analisar os diferentes componentes do
IED, observa-se que a recuperação do dinamismo em 2018 não se baseou na entrada
de aumentos de capital, que seria a fonte mais representativa do interesse
renovado das empresas para se estabelecerem nos países da região, mas no
crescimento do reinvestimento dos lucros e dos empréstimos entre empresas”.
Em linhas gerais, 16 países
apresentaram aumento das entradas em comparação com 2017 e, em 15 países,
ocorreu o oposto. A maior parte do crescimento em 2018 é explicada pela
ingestão estrangeira de recursos na economia do Brasil (88,3 bilhões de
dólares, em torno de 357 bilhões de reais, 48% do total regional) e do México
(36,9 bilhões de dólares, aproximadamente, 149 bilhões de reais, 20% do total).
Relatório da CEPAL avalia oscilações do investimento estrangeiro direto na América Latina e Caribe – Foto: PEXELS
Sobre a situação apresentada na América
Central, houve saldo positivo de 9,4% em relação a 2017 devido ao impulso do
Panamá. No Caribe, as entradas diminuíram 11,4%, devido aos menores
investimentos na República Dominicana (-29%), o principal receptor nessa
sub-região.
Em se tratando dos setores que captaram
estes recursos, 47% das entradas de IED direcionaram-se para a indústria
manufatureira, 35% para serviços e 17% para recursos naturais. Assim, os
principais investidores são oriundos da Europa (que tem uma maior presença no
Cone Sul) e Estados Unidos (principal investidor no México e na América
Central).
Por fim, a atuação de países asiáticos, a
China, por sua vez, perdeu participação em fusões e aquisições na América
Latina e no Caribe. No mesmo período, a República da Coreia destacou-se com a
modalidade de novos projetos de investimento (greenfield) e tem apoiado o
desenvolvimento de manufaturas de alto valor agregado na região, especialmente
na indústria automobilística do México e do Brasil.
Para maiores informações o texto pode ser
lido na íntegra neste link
(em espanhol).
Na última quinta-feira, 8 de agosto de 2019, realizou-se em São Paulo o
Seminário “Mulheres, Empresas e o Direito 19: uma
análise de avanços e desafios à participação feminina na economia”. Promovido pelo Banco Mundial, em
parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o intuito do evento foi promover o
debate sobre os principais desafios a serem enfrentados para a promoção da
participação feminina na economia, especialmente no Brasil.
Para tanto, houve o
lançamento do estudo Mulheres, Empresas e o Direito 19: Uma
década de Reformas, do Banco Mundial. Este material visa
identificar como as discriminações legais afetam o emprego e o empreendedorismo
das mulheres a partir da análise de dez anos de dados, por meio de um índice
estruturado com base nas decisões econômicas tomadas pelas mulheres ao longo de
suas vidas profissionais.
A metodologia do estudo
utiliza trinta e cinco perguntas que são pontuadas em oito indicadores, sendo o
índice para cada país equivalente à média não ponderada das pontuações nos oito
indicadores, em uma escala de 0 a 100. Com base nesses critérios, a pontuação do Brasil é 81,88.
A pontuação global média é
de 74,71 pontos, o que indica que há desigualdade de gênero em um quarto das
áreas examinadas. No entanto, seis economias – Bélgica, Dinamarca, França,
Letônia, Luxemburgo e Suécia – acumulam 100 pontos, portanto, as mulheres estão
em condição de igualdade com os homens em todos os oito indicadores.
Segundo a advogada e especialista
sênior do Banco Mundial Paula Tavares, “a
pontuação de 81,8 coloca o Brasil entre os 40% de países com pontuação mais
alta, o que não é necessariamente mau, mas, se formos comparar com países da
América Latina e do Caribe, o Brasil está no meio, na posição 16, com vários
países acima e que realizaram reformas nos últimos 10 anos. O Brasil não
realizou nenhuma reforma nos pontos avaliados nos últimos 10 anos, então, não
houve nenhum avanço, ficou estagnado”.
Deve-se salientar que o
tema apresentado molda uma ferramenta para a estratégia de promoção de
igualdade de gênero. Mais ainda, emprega-se como precursora do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 05.
Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5 – Igualdade de Gênero – Foto: ONU Brasil
Com base no relatório, o Estado
brasileiro deve melhorar seus índices nos seguintes critérios:
em “Recebendo Remuneração”, ao buscar
introduzir um dispositivo na legislação que garanta igual remuneração para
trabalho de igual valor; em “Empreendendo”,
com a adoção de uma cláusula de não-discriminação, com base no gênero no acesso
ao crédito; e, por fim, em “Recebendo
Pensão”, se equiparasse a idade de aposentadoria para homens e mulheres.
No entanto, faz-se importante destacar
que a Lei Maria da Penha (Lei 11.340) de 2006 é considerada uma lei-modelo no
combate à violência contra as mulheres, que inspirou vários países a adotar
proteção semelhante.
Aproximadamente 40 atletas que compõem um grupo de refugiados oriundo de países como Afeganistão, Camarões, República Democrática do Congo, Eritreia, Etiópia, Irã, Sudão do Sul, Sudão e Síria estão na expectativa de disputar a Olimpíada de…
Em outubro de 2016, os Estados Partes do Protocolo de Montreal decidiram,
na 28ª Reunião das Partes ocorrida em Kigali, Ruanda, pela aprovação de uma
emenda que inclui os hidrofluorcarbonos (HFCs) na lista de substâncias
controladas pelo Protocolo. A Emenda de Kigali, como ficou conhecida, define um
cronograma de redução da produção e consumo dos HFCs até um patamar
mínimo a ser atingido pelos Estados Partes.
“Ao reduzir o
uso de hidrofluorocarbonetos podemos evitar até 0,4°C do aquecimento global ao
final do século. Até agora, 68 países do Protocolo de Montreal ratificaram a
emenda e estamos esperançosos que muitos outros irão aderir e continuar o
trabalho fantástico feito através do Protocolo de Montreal”, explica
Tina Birmpili, a Secretária Executiva do Secretariado do Ozônio.
O Pnuma destaca que os parques urbanos podem reduzir a temperatura ambiente durante o dia em uma média de aproximadamente 1°C
As soluções baseadas na natureza estão entre as
abordagens desenvolvidas pelo referido Programa
Kigali, que reúne governos, empresas, sociedade civil e organizações
internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(PNUMA), a fim de permitir a troca de experiências e promover a transformação
de métodos usuais para aqueles que sejam orientados ao desenvolvimento
sustentável e à economia verde.
Portanto, um dos seus objetivos é impulsionar
serviços de refrigeração à base de energia renovável. Nesse sentido, busca-se
evitar o chamado “resfriamento ativo”,
isto é, quando se utilizam técnicas e aparelhos pouco sustentáveis para
amenizar o calor. Para isso, aposta-se na construção civil inteligente e no
planejamento urbano. Abaixo, no rodapé, o vídeo descreve e apresenta a nova
realidade local da cidade de Medellín com seus Corredores Verdes*.
Imagem 1 “Jardineiros cuidam de corredor botânico instalado nos arredores de um curso d’água em Medellín – #Para cego ver: a imagem mostra uma mulher e um homem, ambos jardineiros, em frente ao Corredor botânico instalado em Medellín – Foto: Ashden”(Fonte): https://nacoesunidas.org/cidade-colombiana-cria-corredores-verdes-para-combater-calor/
Imagem 2 “O Pnuma destaca que os parques urbanos podem reduzir a temperatura ambiente durante o dia em uma média de aproximadamente 1°C – #Para cego ver: a imagem mostra a copa de uma árvore acompanhada da legenda ‘O Pnuma destaca que os parques urbanos podem reduzir a temperatura ambiente durante o dia em uma média de aproximadamente 1°C’ – Foto: FAO/Rudolf Hahn” (Fonte): https://news.un.org/pt/story/2019/07/1680671
Liderada pelo Global Green Growth Institute, Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), ONU Meio Ambiente, UNIDO e
Banco Mundial, possui na sua proposta de criação a formulação de estudos e o
desenvolvimento de estratégias que permitam o florescimento de economias verdes
com melhor aproveitamento das potencialidades locais e, sobretudo, com a
diminuição da exploração incorreta de recursos naturais escassos.
As duas plataformas vão usar recursos da
já existente Green Growth Knowledge Platform — GGKP (Plataforma
de Conhecimento do Crescimento Verde), que, lançada em 2012, reúne um compilado
de informações de especialistas de temas que vão desde o retorno do
investimento em energias renováveis até os títulos verdes, infraestrutura
sustentável, normas e regulamentos.
As análises são divididas por setor da
economia, país, região, ou eixos como gênero, emprego, mudanças climáticas,
economia circular e capital natural. O acesso a GGKP pode ser realizado por
este link.
Na celebração do Dia Mundial de População, em 11 de julho (2019), houve a publicação do estudo “Fecundidade e Dinâmica da População Brasileira”, elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em…
Durante o mês de junho (2019), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) defendeu a necessidade de concepção de um espaço econômico compartilhado entre o México e países da América Central, especificamente, El Salvador, Guatemala e Honduras. Na visão da Comissão, o foco do referido espaço deveria ser ampliado para abranger questões de segurança humana, incluindo acesso a emprego, educação, proteção social e aos meios de subsistência.
Em média, nos países do norte da América Central, a desigualdade social faz com que os 10% mais ricos possuam rendimentos até 70 vezes maiores que os 10% mais pobres. Na sub-região, em torno de 362 mil jovens buscam ingressar no mercado de trabalho anualmente, porém, apenas 127 mil novos postos de trabalho são abertos.
Da direita para a esquerda, Marcelo Ebrard, Secretário de Relações Exteriores do México; Andrés Manuel López Obrador,Presidente do México; Alicia Bárcena, Secretária–Executiva da CEPAL; e Maximiliano Reyes, Subsecretário para a América Latina e o Caribe do México
Também, o objetivo é garantir que a migração seja uma alternativa e não a única opção para que os centro-americanos possam desenvolver suas capacidades e expectativas de vida. Para isso, a CEPAL realizará um Plano de Desenvolvimento Integral a partir de um diagnóstico da região e recomendações pontuais para avançar rumo ao enfrentamento e superação dos desafios populacionais.
O Plano está estruturado em quatro eixos programáticos acordados pelos quatro países: desenvolvimento econômico; bem-estar social; sustentabilidade ambiental e gestão de riscos; e gestão integral do ciclo migratório com segurança humana.
Por fim, busca-se o reforço na demanda de integração dos quatro países no comércio, energia e logística. Além disso, deverá se gerenciar conjuntamente os riscos e respostas aos desastres e à mudança climática em prol da Agenda 2030.
Ao longo do mês de junho (2019), a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) desenvolveu uma série de atividades em relação ao reforço no debate sobre a Agenda 2030 e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Nesse sentido, destaca-se o acordo para a promoção de um modelo de Gestão Pública Justa.
Firmado entre a secretária-executiva Alicia Bárcena e a diretora-executiva do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), Grete Faremo, buscar-se-á promover por meio de ações conjuntas a construção de melhores serviços públicos que maximizem transparência, eficiência e eficácia dos gastos.
A proposta visa unir a experiência da CEPAL no desenvolvimento de soluções para os desafios econômicos e sociais mais urgentes da região, juntamente com a vocação da UNOPS na execução integral de projetos, com base na correta aplicação de recursos para compras e infraestrutura pública.
O Acordo firmado vai ao encontro do 17º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável
Especificamente, o texto do ODS 17 em que se sustenta a proposta de cooperação internacional entre as instituições é o seguinte:
17.16 Reforçar a parceria global para o desenvolvimento sustentável, complementada por parcerias multissetoriais que mobilizem e compartilhem conhecimento, expertise, tecnologia e recursos financeiros, para apoiar a realização dos objetivos do desenvolvimento sustentável em todos os países, particularmente nos países em desenvolvimento
17.17 Incentivar e promover parcerias públicas, público-privadas e com a sociedade civil eficazes, a partir da experiência das estratégias de mobilização de recursos dessas parcerias
Também, ressalta-se que o compartilhamento de experiências procura enfrentar as causas estruturais da exclusão, das desigualdades e da pobreza, a partir da melhoria da qualidade de acesso a bens e serviços. Além disso, torna-se uma estratégia de combate à corrupção e a práticas ineficientes de gestão governamental.
Segundo dados do relatório “Tendências Globais”, publicado no dia 20 de junho (Dia Mundial dos Refugiados) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o número de pessoas fugindo de guerras, perseguições e conflitos…