A indústria cafeeira da Indonésia é a terceira maior produtora do mundo da variedade Robusta (também chamada de Conilon) e está em uma missão para aumentar a produção de café, num momento em que os…
Entre os dias 2 e 5 de outubro de 2019, o
Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, esteve na Rússia, como convidado de
honra para participar do Clube de Discussão Valdai, fórum global no qual o
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressa
suas ideias relativas à política externa. Duterte também foi levado em um tour
pelo Kremlin e recebeu um título honorário. Os Mandatários filipino e russo concordaram
em fortalecer os laços de defesa e comércio, e Duterte pediu
para as empresas russas investirem em ferrovias e infraestrutura de transporte
nas Filipinas como parte do seu programa “Construir,
Construir, Construir”, que visa incentivar o crescimento do país, informa
o jornal South China Morning Post.
A viagem de Duterte foi apenas uma das
várias visitas de Chefes de Estado de países do Sudeste Asiático à Rússia, que
ocorrem em meio aos esforços de Moscou em fortalecer os laços com a região.
Desde o ano 2000, a Rússia tem procurado se engajar
com a região de forma bilateral e por meio de diversos fóruns, como a
Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e a Organização para
Cooperação de Xangai (SCO).
Contudo, a visita de Putin à Cingapura em
novembro de 2018 indicou que Moscou passou a se focar na região. Na ocasião,
Putin participou
pela primeira vez da Cúpula do Leste da Ásia (EAS), encontro anual que reúne os
líderes dos países da ASEAN e de oito Estados parceiros. Após o evento, a ASEAN
assinou um memorando para aumentar o comércio com o corpo executivo da União
Econômica Eurasiática, que é capitaneada pela Rússia.
Mapa dos países do Sudeste Asiático
Em maio de 2019, o Primeiro-Ministro
vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, visitou
Moscou para celebrar os 70 anos de laços diplomáticos entre a Rússia e o
Vietnã, e, em setembro de 2019, o Primeiro-Ministro da Malásia, Mahathir
Mohamad, viajou
à Vladivostok para participar do Fórum Econômico do Oriente, uma plataforma
anual que o Governo russo utiliza para atrair investimentos para as suas
províncias na Ásia e no Ártico. Em outubro de 2019, o governo de Cingapura assinou
um Tratado de Livre-Comércio com a União Econômica Eurasiática.
Analistas dizem que os esforços da Rússia para construir vínculos em toda a região fazem parte de sua política de diversificação, pois aumenta o comércio e fortalece sua economia, que é a 12ª maior do mundo, alcançando a marca de 1,6 trilhão de dólares (pouco mais de 6,57 trilhões de reais, de acordo com a cotação de 11 de outubro de 2019), de acordo com o Fundo Monetário Internacional. A pesquisadora Sharana Rajiv, da Carnegie India, de Nova Délhi, destaca: “O foco da Rússia no Leste marca uma mudança do foco no lado europeu das fronteiras da Rússia. Moscou reconhece que não pode ter um interior pouco desenvolvido na fronteira com a Ásia”. A estratégia de engajamento russo na região inspirou-se no modelo chinês, que opta por uma posição de não-interferência nos assuntos domésticos das nações parceiras e que visa a promoção de comércio, investimento e venda de armamentos e recursos energéticos sem a imposição de uma ideologia.
Contudo, a China ainda possui uma
influência maior no Sudeste Asiático, exatamente pelo fato de a região se
encontrar no seu entorno estratégico. Moscou ainda não é capaz de substituir e
nem de concorrer com Pequim no que concerne ao fornecimento
de uma ampla variedade de bens, serviços e tecnologia às nações da região. Além
disso, a China exerce grande pressão no campo da segurança regional, devido aos
seus esforços no processo de militarização
do Mar do Sul da China, o que acaba causando litígios territoriais com os
estados da ASEAN. Segundo
o pesquisador da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Dmitry Gorenburg,
“existe um grande ceticismo entre
os países do Sudeste Asiático acerca da capacidade da Rússia defender seus
interesses frente à China, o que faz com que eles evitem uma aproximação
demasiadamente forte de Moscou em assuntos de defesa”.
Uma nova espécie híbrida de soja pode
ajudar a China a arcar com os custos mais altos de sua importação durante a
guerra comercial com os Estados Unidos, informa o
jornal South China Morning Post.
Os testes com um grão de soja na Região
Autônoma de Xinjiang, no oeste da China, alcançaram um rendimento recorde
depois que cientistas do nordeste do país criaram uma espécie híbrida que
produz favas extras e é mais resistente a intempéries. Essa nova variedade de
soja, chamada de Henong-71,produz quatro vezes a
quantidade média produzida pela soja plantada na China.
As importações da planta dos Estados
Unidos caíram depois que Pequim aplicou
tarifas punitivas de 25% sobre a soja americana, em julho de 2018. Isso forçou
a China, o maior consumidor de soja do mundo, a comprar de outros países e a
aumentar a produção doméstica. O país importou
88 milhões de toneladas do grão no ano de 2018.
Plantação de soja na Carolina do Sul, nos Estados Unidos
O plantio de transgênicos é ilegal em
território chinês, então os pesquisadores do Instituto de Geografia e
Agroecologia do Nordeste, em Changchun, foram obrigados a encontrar formas
alternativas de aumentar a produtividade e reduzir os custos. Uma equipe
liderada pelos professores Guo Tai e Feng Xianzhong criou
várias novas espécies híbridas domesticadas e selvagens, e depois colocou as
sementes em uma câmara radioativa para acelerar a mutação que ocorre na luz
solar.
Ao contrário das espécies transgênicas,
essa soja não contém genes artificiais, mas os pesquisadores selecionaram
e aumentaram os genes que já possuíam para melhorar o rendimento e aprimorar
características específicas, como fortalecer a haste da planta para ajudá-la a
prosperar em condições de vento.
O Henong-71, que cultivou
um número maior de vagens e ramos do que as espécies existentes, e resistiu a
ventos mais fortes, foi o híbrido com o melhor desempenho até agora. As
sementes dessa variedade produziram
6,7 toneladas por hectare enquanto o rendimento médio nos Estados Unidos é de
cerca de três toneladas por hectare.
Existe a possibilidade de que essa
novidade também afete o Brasil, pois o país asiático figura como o principal
mercado consumidor da soja brasileira. A China importou
27,6 milhões de toneladas de soja do Brasil apenas no primeiro quadrimestre de
2019. Contudo, a produtividade média da soja brasileira é de 3,3 toneladas por hectare.
Assim, o Brasil precisará investir em desenvolvimento agrícola e biotecnologia
para garantir a sua atual fatia do mercado chinês, frente à competitividade da
variedade Henong-71.
A União Europeia (UE) e o Japão estão tomando medidas para fazer frente à Iniciativa do Cinturão e Rota (ICR), da China. Discursando em Bruxelas, na Bélgica, na sexta-feira (20 de setembro de 2019), o…
O drone espião supersônico chinês foi
apresentado pela primeira vez durante um ensaio da parada militar que ocorrerá
no Dia Nacional, em 1º de outubro de 2019, data de fundação da República
Popular da China. O drone aparece em fotos que estão circulando nas redes
sociais chinesas. Nas imagens, aparecem pelo menos dois exemplares do Veículo
Aéreo Não-Tripulado (VANT), identificado como DR-8 ou Wuzhen 8,
informa o jornal
South China Morning Post.
A aparência do drone de reconhecimento
despertou o interesse dos analistas porque se parece com um VANT supersônico
que foi aposentado pelos Estados Unidos há
mais de quarenta anos, o D-21. Washington utilizava o D-21 em
missões de espionagem na China e vários deles se acidentaram durante as
operações, deixando seus destroços espalhados
por todo o país. Um dos VANTsdestruídos chegou a ser exposto
no Museu Militar de Pequim.
O drone chinês DR-8 possui a
função de avaliar o impacto do ataque do míssil antinavio DF-21D, e do
míssil balístico DF-26. Segundo
Zhou Chenming, um comentarista sobre assuntos militares de Pequim, o DR-8 pode
viajar mais rápido que o D-21, permitindo que ele penetre nas defesas aéreas
do inimigo e retorne intacto e com dados para a inteligência militar.
Drone americano D-21, utilizado na década de 1960
O Exército de Libertação Popular (ELP)
tem utilizado
o equipamento não tripulado já há algum tempo e ele possui a capacidade de
alcançar localidades distantes no Pacífico Ocidental. Outro drone
de relevância que estará presente na parada do Dia Nacional é o Sharp
Sword, um VANT de ataque que pode carregar diversos mísseis ou bombas
guiadas por laser.
Os mísseis também ocuparão posições de
destaque durante a parada militar. Um deles é o míssil hipersônico DF-17,
que pode lançar um veículo de reentrada capaz de selecionar
os alvos durante o voo. Além disso, o DF-41 estará nas comemorações
do Dia Nacional. Trata-se de um míssil de combustível sólido que pode ser
transportado por terra e que possui a capacidade de carregar até dez
ogivas nucleares.
Por fim, a Força Aérea chinesa também revelou
um novo bombardeiro estratégico, o H-6N, durante o ensaio de domingo (15
de setembro de 2019). Analistas apontam que sua principal característica é a
capacidade de reabastecimento durante o voo, o que o coloca em vantagem
operacional em relação ao seu antecessor, o H-6K.
Os fuzileiros navais americanos
conduziram exercícios de tomada de bases aéreas e de ilhas nos Mares do Leste e
do Sul da China, o que, segundo analistas, possui a função de relembrar à China
das capacidades militares dos Estados Unidos no Indo-Pacífico. Os exercícios
navais de 11 dias (entre 9 e 19 de agosto de 2019) foram conduzidos nas
proximidades das Filipinas e ao redor da ilha japonesa de Okinawa pelas tropas
americanas estacionadas no Japão, informa o jornal South
China Morning Post.
Observadores afirmaram que Washington deseja
mostrar para Pequim que as suas Forças Armadas podem realizar campanhas
anfíbias em territórios longínquos, caso os Estados Unidos decidam intervir nas
disputas territoriais entre a China e seus aliados na região.
A “31ª
Unidade Expedicionária” e o “Esquadrão
Anfíbio 11” conduziram exercícios conjuntos a
partir de seus navios, pertencentes ao Grupo de Prontidão Anfíbio. O Pelotão de
Reconhecimento Anfíbio também realizou uma missão de
vigilância e reconhecimento de grande altitude e um salto de paraquedas sobre a
ilha de Okinawa. Posteriormente, um heliplano Osprey* enviou uma equipe de operações
terrestres, a partir de um navio Wasp**, a uma localidade a mais de 400
quilômetros de distância, para que estabelecesse um posto de rearmamento e de
reabastecimento. O time alcançou o objetivo em pouco
mais de uma hora.
Heliplano Osprey utilizado pela Marinha dos Estados Unidos
O tenente Guiron Cai, da Equipe de
Controle do Tráfego Aéreo da Marinha da China, afirmou: “A velocidade com a qual os fuzileiros
navais americanos foram capazes de estabelecer o posto de rearmamento e de
reabastecimento demonstra uma habilidade crítica para o exercício de operações
expedicionárias em uma região contestada”.
Adam Ni, especialista em China da
Universidade Macquarie, em Sydney, na Austrália, apontou: “É um claro lembrete para a China acerca
da supremacia militar dos Estados Unidos apesar da aproximação das capacidades
militares dos dois países nos últimos anos. A mensagem é que as Forças Armadas
americanas ainda podem tomar pontos controlados por Pequim no Mar do Sul da
China em um conflito de alta intensidade”.
A China possui um litígio com o Japão em
relação às Ilhas Diaoyu/Senkaku no Mar do Leste da China, enquanto Pequim e
Manila clamam soberania sobre o Atol de Scarborough, no Mar do Sul da China. Desde a eleição do presidente Donald
Trump, os Estados Unidos têm reforçado sua presença militar no
Indo-Pacífico como forma de conter a presença chinesa nos Mares do Sul e do
Leste da China, e a fim de garantir a liberdade de navegação e o respeito ao
Direito Internacional na região.
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Notas:
* HeliplanoOsprey: Osprey (‘águia pescadora’, em inglês) é um tipo de
aeronave militar polivalente. É classificada como um convertiplano, ou seja,
como uma aeronave com capacidade de decolagem e aterrissagem verticais (VTOL), bem
como como decolagem e aterrissagem curtas (STOL). Seu projeto junta a função de
um helicóptero convencional com a de um avião turboélice.
** Navio Wasp:
Classe de Porta-Aviões Leves da Marinha dos EUA.
O Presidente da China, Xi Jinping, declarou que manterá sua promessa de abrir a economia chinesa, na ocasião de seu encontro com a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Xi apontou que a China e a…
O Ministro de Negócios Estrangeiros
chinês, Wang Yi, viajará para a Coreia do Norte entre os dias 2 e 4 de
setembro, antes de uma possível visita de Kim Jong-un à China, em outubro de
2019. Será a quinta visita do líder norte-coreano ao país, informa
o jornal South China Morning Post.
O Porta-Voz do Ministério de Negócios
Estrangeiros, Geng Shuang, afirmou
que Wang visitará Pyongyang a convite de seu congênere norte-coreano, Ri
Yong-ho. Geng ressalta:
“A visita de Wang é um importante
evento para a China e para a Coreia do Norte, pois possui o intuito de produzir
consenso entre os líderes de ambos os Partidos e países, e de promover o
desenvolvimento das relações bilaterais”.O Porta-Voz também indicou:
“Nós desejamos exercer um papel
construtivo no processo de desnuclearização da Península Coreana, e na
realização da paz e estabilidade de longo-prazo no Nordeste da Ásia”.
Espera-se que o Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visite a China em outubro de 2019
Especialistas apontaram
que as visitas de representantes de alto-nível entre a China e a Coreia do
Norte são evidência de aproximação entre as duas nações. Zheng Baohui, diretor
do Centro de Estudos para a Ásia-Pacífico, da Universidade Lingnan, em Hong
Kong, observa: “Desde
a normalização das relações entre a China e a Coreia do Norte, as visitas de
alto-nível se tornaram rotina e se institucionalizaram. Tal normalização
permitiu que os dois países busquem cooperação em questões de política externa
que preocupam a ambos”.
Segundo
Ryo Hinata-Yamaguchi, professor visitante da Universidade Nacional de Pusan, na
Coreia do Sul, “a visita de Wang em
Pyongyang está mais voltada para a manutenção da influência de Pequim sobre a
Península Coreana”.O
professor completa:
“O objetivo principal para a China
é permanecer relevante e aumentar o seu papel nas questões da Península
Coreana, enquanto a Coreia do Norte busca cooperação nas esferas relativas a questões
econômicas e de segurança”.
De
acordo com Hinata-Yamaguchi, é possível que Kim visite a China ainda neste
ano (2019) “para discutir assuntos
econômicos e de segurança com Xi Jinping”, mas a natureza desse
encontro “dependeria das questões de segurança envolvendo a Península
Coreana, o progresso das relações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos e
o resultado da visita de Wang ao país”.
Os Ministros de Negócios Estrangeiros da
China, do Japão e da Coreia do Sul terminaram o seu encontro na quinta-feira
(22 de agosto de 2019), com a promessa de trabalhar em direção à maior
cooperação econômica entre seus países. Na ocasião, o Primeiro-Ministro chinês,
Wang Yi, encontrou-se com seus congêneres do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente,
Taro Kono e Kan Kyung-wha, no Grande Hall do Povo, em Pequim, informa o jornal
South China Morning Post.
O Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang, pediu que Tóquio e Seul apoiem a promoção do multilateralismo. Li indicou: “A cooperação entre a China, a Coreia do Sul e o Japão é uma importante salvaguarda e catalisador para a região e para o mundo. Nós devemos defender a paz regional e a estabilidade, o sistema multilateral de comércio e os princípios do livre-comércio”. Além disso, reiterou que um Acordo de Livre-Comércio garantiria uma competição mais justa e que a China deveria exercer um papel importante na promoção da cooperação entre os três países e o Leste da Ásia.
Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang
Wei Jianguo, ex-Vice-Ministro de Comércio
da China, afirmou
que um acordo trilateral forneceria uma plataforma para que o Japão e a Coreia
do Sul resolvam sua atual disputa
comercial, que possui raízes na história colonial japonesa. Tóquio declara
que já cumpriu suas obrigações em um Tratado de 1965, mas um Tribunal
sul-coreano decidiu
que as empresas japonesas devem compensar as vítimas de trabalho escravo
durante a Segunda Guerra Mundial.
Li Keqiang também fez
referência às preocupações de Pequim em relação à possibilidade da instalação
de mísseis estadunidenses de alcance intermediário em países vizinhos e
solicitou que Seul e Tóquio pensem cuidadosamente caso recebam alguma proposta
de Washington. O governo chinês alertou
que a presença de mísseis americanos na Coreia do Sul e no Japão pode
comprometer as suas relações.
Os Ministros de Negócios Estrangeiros Taro Kono, do Japão, e Kang Kyung-wha, da Coreia do Sul, se encontrarão com o seu congênere chinês, Wang Yi, em Pequim, entre terça-feira e quinta-feira (dias 20 a 22…