O número de turistas chineses nos Estados Unidos da América (EUA) caiu pela primeira vez em 15 anos, depois de uma década de rápido crescimento. As viagens da China para os EUA caíram 5,7% em…
O Presidente da China, Xi Jinping,
enfatizou a necessidade de a China focar em independência e inovação para lidar
com os desafios de longo prazo dos Estados Unidos, informa
o jornal South China Morning Post.
“A
inovação tecnológica é a raiz da vida dos negócios”, afirmou
Xi na segunda-feira (20 de abril), durante uma visita à Província de Jiangxi. O
Presidente asseverou:
“Apenas se nós possuirmos propriedade
intelectual e tecnologias-chave, poderemos fabricar produtos com grande
competitividade e nós não seremos derrotados com a intensificação da competição”.
Xi Jinping, Presidente da China
Os comentários do Mandatário chinês,
transmitidos para toda a China na noite de quarta-feira (22 de abril), ocorrem
após o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar
uma ordem executiva que baniu do mercado americano os produtos fabricados
pela empresa de telecomunicações chinesa, Huawei, pois acredita
que eles representam “um risco
injustificado de sabotagem”ao
sistema de telecomunicações dos Estados Unidos. Os comentários também seguem o
colapso das negociações comerciais entre os dois países, deflagrando o aumento de
tarifas sobre importações por parte de Washington e Pequim.
O Presidente chinês também lembrou:
“Este ano é o 70º aniversário da fundação
da Nova China. Nós devemos ter em mente de onde vem o nosso poder e como a Nova
China foi construída, de forma que nós protejamos o socialismo com
características chinesas defendido pelo Partido Comunista”, pedindo
ao público que se lembre dos sacrifícios feitos pelos comunistas pioneiros.
Xi usou os discursos durante a viagem
para destacar várias
políticas governamentais, sinalizando que Pequim não comprometerá suas
prioridades domésticas ao lidar com os Estados Unidos. As políticas abrangem o
apoio a pequenas empresas, energia limpa, desenvolvimento, bem-estar social e
combate à pobreza.
Na avaliação
de Zhang Yansheng, diretor de pesquisa no Centro Chinês para Intercâmbios
Econômicos Internacionais, um think tank afiliado
ao governo, a China e os Estados Unidos vão continuar a se confrontar nos anos
vindouros. Zhang apontou:
“Eu acho que nos próximos 17 anos, até
2035, a China e os Estados Unidos vão continuar a dialogar e a se enfrentar, e
a dialogar e a se enfrentar novamente”.Mas, para o analista, ambos os países vão, eventualmente, retornar a um
sistema baseado no respeito a normas internacionais para governar o comércio e
a economia globais. E frisou:
“A China fará o que for necessário para
alcançar seus objetivos”.
O Primeiro-Ministro chinês, Li Keqiang, jurou
mobilizar todos os recursos disponíveis para criar empregos e estabilizar o
mercado de trabalho, à medida que a guerra comercial entre Washington e Pequim
ameaça impactar a economia chinesa, informa
o jornal South China Morning Post.
Presidindo uma conferência nacional sobre
emprego em Pequim, na segunda-feira retrasada (13 de maio), Li pediu
que os oficiais do Partido Comunista da China, em todos os níveis, priorizem a
criação de empregos. O Primeiro-Ministro disse
que se deve dar primazia aos recém-graduados, aos militares desmobilizados e
aos trabalhadores imigrantes: todos aqueles que enfrentam desafios no mercado
de trabalho. Li explicou:
“Apoiar o emprego e o empreendedorismo,
especialmente dos graduados nas universidades, é uma garantia importante para
alcançar o desenvolvimento saudável da economia, melhorando a vida do povo, bem
como garantindo a estabilidade social”.
O pedido de Li ocorre logo após o seu aviso
no Congresso Nacional do Povo, que ocorreu em março, sobre o fato de que a
China enfrenta uma séria situação de desemprego neste ano, com 15 milhões de
desempregados. Ele afirmou
que espera que, em 2019, o governo consiga criar 13 milhões de novas ocupações,
o mesmo número alcançado em 2018.
Li Keqiang, Primeiro-Ministro da China
Na sexta-feira (10 de abril), os Estados
Unidos aumentaram
as tarifas de 10% para 25% sobre produtos chineses, avaliados em 200
bilhões de dólares (aproximadamente 819,8 bilhões de reais, conforme a cotação
de 17 de maio de 2019), depois de meses sem novas tarifas entre os dois países.
O especialista em relações
internacionais, Shen Dingli, de Xangai, observa
que a questão do emprego é crucial para a China, em meio à guerra comercial com
os Estados Unidos. Shen aponta:
“No ano passado, testemunhamos o
fechamento de 6 milhões de fábricas [na China] e isso, inevitavelmente, levou a
um certo grau de desemprego. Contudo, nós também assistimos à abertura de 13
mil fábricas por dia, gerando 5 milhões de novas indústrias. Então, as nossas
perdas globais foram limitadas”.
Gao Lingyun, especialista em economia e
política internacional da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse
que além de estabilizar o mercado de trabalho, Pequim está se preparando para
apoiar outros setores. Gao afirmou
que o governo poderia ajudar áreas como o mercado financeiro e as pequenas e
médias empresas a enfrentar a guerra comercial por meio da eliminação de
impostos, oferecendo empréstimos baratos e descontos fiscais para os
exportadores. O especialista relembrou:
“Nós vamos continuar a incentivar o
investimento estrangeiro, particularmente no setor de alta tecnologia”.
Gao também indicou
que a China está bem preparada para responder aos aumentos tarifários impostos
pelos Estados Unidos. “Por exemplo, os
aumentos tarifários da China estão sob diferentes taxas tarifárias a fim de
evitar um impacto generalizado sobre as importações e nós também permitimos que
as empresas se candidatem a isenções [de tarifas]”, declarou.
E procurou
reiterar: “Apesar de nós querermos
resolver a questão comercial por meio de negociações, isso não significa que
nós temos que aceitar os acordos ditados pelos Estados Unidos. A presidência
americana muda a cada quatro ou oito anos… O tempo está do lado da China”.
Investidores estrangeiros continuam a desembarcar nos distritos fabris do Vietnã, à medida que a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China se aproxima de seu segundo ano. Os Estados Unidos aumentaram as tarifas…
Segundo o Ministro de Investimentos da
Indonésia, Thomas Trikahish Lembong, o país considerou a abertura da China para
seus pedidos de melhoria da “Iniciativa
do Cinturão e Rota” (ICR) “altamente
encorajadora”e afirmou que
Jacarta prevê investimentos chineses da ordem de bilhões de dólares em quatro
regiões selecionadas como motores do crescimento do arquipélago: Sumatra do
Norte, Kalimantan do Norte, Sulawesi do Norte e Bali. O objetivo do governo
indonésio é canalizar os investimentos chineses para essas regiões a fim de
tornar o país um centro importante do comércio marítimo internacional, informa
o jornal South China Morning Post.
Lembong, que preside o Conselho de
Coordenação de Investimentos da Indonésia (CCII), sugeriu
que Pequim envolva profissionais que possam estruturar acordos justos e
financeiramente viáveis para o seu plano de aumentar o comércio e a
conectividade globais. Para tanto, o CCII assinou um acordo, na semana passada,
com o Banco chinês de investimentos Corporação de Capital
Internacional da China (CCIC) para que analise os investimentos da ICR na
Indonésia. O Ministro afirmou:
“Eu acredito que entre os próximos 5 e 10
anos, a ICR vai estimular o investimento adicional de vários bilhões de
dólares. O que ambos os lados estão tentando garantir agora é a qualidade do
investimento, não apenas a quantidade”.
Ministro de Investimentos da Indonésia, Thomas Trikahish Lembong
Atualmente, o
único projeto da ICR na Indonésia é uma linha de trem de alta velocidade de
142 quilômetros, avaliada 6 bilhões de dólares (em torno de 23,63 bilhões de
reais, conforme a cotação de 4 maio de 2019), que conecta a capital, Jacarta, à
cidade de Bandung. O comércio bilateral cresceu nos últimos anos, atingindo a
marca de 72,66 bilhões de dólares (próximos de 286,1 bilhões de reais, de
acordo com a mesma cotação), em 2018, enquanto os investimentos da China para a
Indonésia foram de 2,38 bilhões de dólares (aproximadamente 9,37 bilhões de
reais na mesma cotação), no mesmo ano.
Espera-se que esses números aumentem nos
próximos anos, pois em torno de 100 empresários indonésios participaram do Segundo Fórum do
Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional, que ocorreu em Pequim
entre os dias 26 e 29 de abril. Entre eles, estava Mochtar
Riady, um dos homens mais ricos da Indonésia e fundador do Grupo Lippo, um conglomerado que abrange os
setores de mídia, imóveis, tecnologia e finanças. Além disso, houve a
assinatura de mais de 20 acordos entre entidades de ambos os países. Esses
acordos tratam de diversas atividades econômicas: desde a construção de usinas
de geração de energia até a construção de áreas industriais estimadas em 14,2
bilhões de dólares (ou, próximos de 55,91 bilhões de reais, ainda conforme a
cotação de 4 de maio de 2019). Tais investimentos serão de grande importância
no aumento da conectividade entre Pequim e Jacarta e para o desenvolvimento da
região do Sudeste Asiático como um todo.
Na quinta-feira (25 de abril), a China
anunciou a publicação de um memorando sobre a sustentabilidade de dívidas para
os países participantes da “Iniciativa do
Cinturão e Rota” (ICR), informa
o jornal South China Morning Post.
O documento foi apresentado pelo Ministro das Finanças, Liu Kun, no dia de
abertura do Segundo Fórum do
Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional, que ocorre em Pequim até o
dia 29 de abril, no qual participam 37 líderes estrangeiros.
O Ministro afirmou
que o memorando é baseado em padrões similares aos usados pelo Banco Mundial (BM)
e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e que o seu objetivo é “prevenir e evitar problemas de dívidas”associados com projetos da ICR. Liu
também lembrou
que o memorando será um guia para avaliar o risco da dívida de países
envolvidos na ICR, por meio da classificação de seu risco potencial como “baixo, médio ou alto”, procurando enfatizar
que “mesmo que um país seja avaliado como
de ‘risco alto’ ou mesmo ‘em risco de sobre-endividamento’, não significa
automaticamente que sua dívida seja insustentável no longo-prazo”.
Yi Gang, Governador do Banco Popular da
China (BPC), o Banco Central chinês, apontou
que a sustentabilidade da dívida de longo prazo deve levar em consideração
indicadores como: melhorias de infraestrutura, melhoria do padrão de vida das
pessoas, produtividade e redução da pobreza. As instituições financeiras
chinesas contribuíram para a maior parte dos fundos da ICR, com o BPC
contribuindo com o valor
de 440 bilhões de dólares (aproximadamente, 1,73 trilhão de reais, conforme
a cotação de 26 de abril de 2019).
Porto de Hambantota, no Sri Lanka
A adoção desse padrão de avaliação de
risco financeiro pode ser considerada como uma forma de Pequim rebater as
acusações de alguns
membros da comunidade internacional de que existe o risco de que países
economicamente vulneráveis que participam dos projetos da ICR se encontrem
envoltos em uma “armadilha de dívidas”
(“debt trap”, em inglês), na qual
entram em uma espiral de dívidas e aumentam sua dependência em relação à China.
A preocupação internacional em relação às
“armadilhas de dívidas” se elevou
desde que o Sri Lanka teve que entregar o controle do porto
de Hambantota à China por 99 anos, depois de constatar que não conseguiria
honrar seus débitos com Pequim. Atualmente, a China detém
a maior parte da dívida de vários países ao longo da ICR, como são os casos
do Quirguistão, Laos, Maldivas, Mongólia, Montenegro e Paquistão. Desse modo, a
implementação do novo documento é um passo importante na construção de
confiança entre o governo chinês e seus parceiros ao redor do mundo.
A Suíça assinará um acordo apoiando a “Iniciativa do Cinturão e Rota” (ICR), quando o Presidente suíço, Ueli Maurer, visitar a China no final de abril (2019). Enquanto muitas nações do Ocidente veem o projeto…
A Comissão de Desenvolvimento Nacional e Reforma da China publicou na segunda-feira (8 de abril) seu plano de urbanização para 2019, afirmando que cidades com uma população com menos de 3 milhões de pessoas devem levantar todas as suas restrições para novos imigrantes domésticos, ao passo que as cidades com populações entre três e cinco milhões de pessoas devem “flexibilizar, de forma compreensiva, seus requisitos para residência permanente”. Recentemente, cidades de médio porte, como Hangzhou, na Província de Zhejiang, e Xian, na Província de Xianxim, já flexibilizaram os requisitos para a residência permanente de imigrantes, exigindo somente comprovação de ensino superior. O plano prevê que as cidades grandes, como Pequim e Xangai, podem manter suas atuais medidas de controle populacional, que permitem uma quantidade um pouco maior de imigrantes, mas, sob o plano, devem permitir que mais pessoas se estabeleçam dentro de suas jurisdições,informa o jornal South China Morning Post.
Documento de registro (hukou)
A China implementou um sistema de registro de cidadãos (chamado de hukou, em mandarim) para gerir os grandes fluxos migratórios que ocorrem dentro do país. Um hukou é um documento de registro que todos os cidadãos chineses devem possuir e que controla o seu acesso a serviços públicos, de acordo com o seu local de nascimento. Desse modo, os trabalhadores imigrantes possuem o hukou de sua cidade natal, o que significa que a possibilidade de usufruir de serviços públicos será bastante limitada em qualquer outra cidade para a qual eles se mudem. Esses imigrantes domésticos são chamados de “população flutuante” pelas autoridades chinesas (liudong renkou, em mandarim) e seu número aumentou significativamente desde 1980, atingindo a marca de 244 milhões de pessoas em 2017. A maioria deles é formada por trabalhadores rurais que se dirigem para as cidades para trabalhar como operários nas indústrias de manufatura e exportação.
Muitos imigrantes rurais partem em busca de trabalhos nas cidades
A preocupação das capitais de províncias em atrair imigrantes domésticos sinaliza um foco maior em urbanização, que também é motivada pela percepção das autoridades locais de que elas precisam de um fluxo constante de pessoas parasustentar os mercados locais de propriedades e para fomentar o crescimento econômico. Os esforços dos governos locais são endossados por Pequim, pois a autoridade central promove a “urbanização do povo” como o principal motor de crescimento econômico do país. Apenas em 2018, 14 milhões de trabalhadores rurais imigrantes conseguiram obter o hukou das cidades para as quais se mudaram. De acordo com um plano publicado em 2016, a China planeja fornecer residência permanente para 100 milhões de pessoas até 2020.
De acordo com o governo
de Manila, 200 navios chineses foram vistos nas proximidades da Ilha Thitu,
desde janeiro, o que causou desconforto nas Forças Armadas filipinas, informa o
jornal
South China Morning Post. A Ilha
Thitu está localizada no Mar do Sul da China e pertence ao arquipélago das
Ilhas Spratly. Atualmente, as ilhas estão em disputa entre a China, as
Filipinas, o Vietnã e Taiwan. A área abriga importantes rotas de transporte
comercial do Leste da Ásia e possui reservas de gás natural avaliadas em
bilhões de dólares.
O General filipino, Benjamin Madrigal
Junior, declarou que a Marinha das Filipinas vai continuar a patrulhar a área
em litígio e pediu que um painel formado por representantes de Pequim e de
Manila se reúna com o intuito de pôr fim às disputas no Mar do Sul da China.
Madrigal afirmou:
“Isto não é apenas uma preocupação para
as Forças Armadas, mas para outras agências também, incluindo a guarda costeira”.No dia 1º de abril, as Filipinas e os
Estados Unidos iniciaram uma série de exercícios
militares na região, nos quais participaram mais de 7.000 soldados de ambos
os países.
O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, se encontra com o Presidente da China, Xi Jinping em Pequim (outubro de 2016)
Apesar das diferenças de posicionamento
entre a China e as Filipinas em relação às ilhas, ambos os países se encontram
em um momento de aproximação, pois o governo filipino está interessado nos
empréstimos chineses para a realização de projetos de infraestrutura e está
realizando negociações para um possível projeto
bilateral de exploração de petróleo. Entre 2008 e 2017, a China investiu
aproximadamente 9,5 bilhões de dólares nas Filipinas (aproximadamente, 36,7
bilhões de reais, conforme a cotação de 8 de abril de 2019) e levou para o país
17 projetos voltados para as áreas de turismo, construção e transportes.
Observadores apontam que dados como esses demonstram que a integração econômica
promovida pela China com seus vizinhos contribui para a manutenção da segurança
internacional em uma região marcada por disputas territoriais.
Os uigures são uma minoria islâmica da Região Autônoma de Xinjiang, localizada no extremo oeste da China. Pertencem à etnia turca dos povos da Ásia Central e falam dialeto próprio. O Partido Comunista da China…