Anualmente, 20 de novembro foi estabelecido como data para celebrar o dia da Industrialização da África, com a finalidade de conscientizar países e demais atores locais e internacionais sobre a necessidade de fomentar o comércio e a indústria no continente. Para este ano (2017), a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), em parceria com a União Africana e com a Comissão Econômica das Nações Unidas para a África, promoveu simpósio sobre o tema.


Senai na África
Com o título “African Industrial Development: A Pre-Condition for an Effective and Sustainable Continental Free Trade Area (CFTA)”, o evento reuniu líderes africanos e representantes de organizações internacionais, com o propósito de fazê-los refletir sobre mecanismos sustentáveis para enfrentar os desafios industriais do continente. Ressalta-se que, embora tenha contingente populacional significativo, a África representa apenas 2% na cadeia de comércio internacional em manufaturas.
A organização do evento acredita que momentos como o deste ano facilitam na concretização de área de livre-comércio entre os países africanos, o que poderia impulsionar o comércio na região e garantir melhores perspectivas para a erradicação da pobreza.
Muito do aumento da industrialização na África também passa por ampliar a aquisição de Investimentos Externos Diretos (IED) e, em decorrência disso, por melhorar a imagem do continente, com o intuito de gerar confiança nos possíveis investidores. Para tanto, o site Africa.com fez levantamento apontando dez motivos para fazer negócios nos países do Continente. Dentre eles, está o conselho de que, para investir lá, é necessário contratar consultores locais, a fim de garantir a compreensão sobre costumes e a cultura representadas em cada um dos países.
Dentro desses esforços para melhorar a capacidade industrial africana, também está o Brasil. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) apoiou, nos últimos anos, na qualificação do quadro de mão-de-obra industrial de alguns países africanos.
Em 2014, capacitou cerca de 700 angolanos em atividades voltadas para o setor sucroalcooleiro e bioenergético. Mais recentemente, em julho deste ano, iniciou curso de formação prática para docentes moçambicanos que trabalham nas áreas de mecânica e eletricidade. A capacitação durará dez meses.
Além disso, o SENAI construiu um centro de formação em São Tomé e Príncipe, em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O local oferece cursos de informática, hidráulica, elétrica, construção civil, mecânica automotiva e alimentos. Após quase três anos desde a sua inauguração, o SENAI foi reconhecido pela ONU como uma das mais importantes instituições de ensino profissional no hemisfério sul.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Dia da Industrialização da África 2017” (Fonte):
https://www.unido.org/aid2017.html
Imagem 2 “Senai na África” (Fonte):
http://www.portaldaindustria.com.br/agenciacni/noticias/2014/06/senai-aumenta-presenca-no-exterior-com-mais-uma-escola-na-africa/