Encontra-se no Irã uma nova “Missão das Nações Unidas” (a quarta, neste ano), por meio da “Agência Internacional de Energia Atômica” (AIEA) para tentar negociar o “Programa Nuclear” persa. Devido aos fracassos anteriores, quando vários estabelecimentos foram fechados aos inspetores, uma das exigências que a nova Missão, chefiada pelo vice-diretor geral Herman Nackaerts, será visitar todos os lugares suspeitos de abrigar o desenvolvimento do projeto bélico nuclear, dentre eles, a Usina Nuclear de Parshin*.
As autoridades iranianas anunciaram que estão otimistas com a visita, embora tenham reiterado que se deve “respeitar o direito”* de o país desenvolver um “Programa Nuclear” com fins pacíficos, algo não negado pelas potências ocidentais. Apesar do otimismo, está sendo divulgado na mídia que não há indícios de que a Missão terá permissão para visitar essas áreas**. A Agência iraniana ISNA informou que “nenhum plano foi anunciado ainda para os inspetores visitarem os estabelecimentos nucleares do Irã ou outros locais”**.
Apesar da predisposição ocidental em chegar a um Acordo, tal qual oi anunciado pela BBC informando que a chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, contatará o Irã nos próximos dias***, o clima continua definido em torno de uma corrida contra o tempo, pois não há garantias de que as visitas serão permitidas, se o Governo iraniano aceitará conversar com os europeus e fontes ocidentais acreditam que os técnicos iranianos estão próximos de chegar a Bomba atômica.
Diante do quadro, o Governo israelense anunciou na segunda-feira passada, dia 10 de dezembro, que, se necessário, os israelenses farão sozinhos um ataque contra as instalações nucleares do Irã, pois seguirão a “linha vermelha” traçada em setembro deste ano (2012). O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou: “Deixei claro que assim que o Irã atravessar esse limiar de enriquecimento, as chances de pararmos de maneira efetiva seu programa de armas nucleares seriam reduzidas dramaticamente. (…). O Irã está a dois meses e meio de cruzar essa linha e não há dúvida de que esse será um desafio importante com o qual teremos que lidar no próximo ano. (…). As sanções contra o Irã estão prejudicando a economia iraniana. Não há dúvida disso. Mas não estamos vendo nenhuma prova de que as sanções tenham paralisado o programa de armas nucleares do Irã. (…). Israel é mais capaz de lidar com esse desafio do que era quando assumi o cargo há quatro anos”****.
Há divergências entre os analistas se Teerã teria capacidade de produzir uma bomba já no primeiro semestre de 2013, mas parte significativa concorda que para o Irã o tempo é fundamental e o país poderá chegar à ter capacidade para tanto no futuro breve, caso não seja estagnado seu projeto bélico, cujas suspeitas recebem confirmação contínua à medida que o Governo persa recusa que haja supervisão internacional, descarta as propostas oferecidas pelo ocidente e impede que os centros desconfiáveis sejam visitados.
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Fonte Consultada:
* Ver:
** Ver:
*** Ver:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2012/12/121211_ue_ira_nuclear_lk_rn.shtml
**** Ver:
http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE8B907120121210