O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançou um estudo[1] que analisa o capital humano no setor público na América Latina. Em seu comunicado, ressalta que alcançar uma melhor gestão pública depende, entre outros fatores, da qualidade dos funcionários. Considerando essa premissa, o Relatório apresenta os pontos fortes e fracos da gestão dos recursos humanos no setor público em 16 países latino-americanos e caribenhos.
O Relatório inclui ferramentas para medir o desenvolvimento do serviço público, recomendações sobre quais reformas deveriam ser feitas no futuro em diferentes contextos e lições de experiências internacionais sobre como fazer essas reformas.
A Gerente do Departamento de Instituições para o Desenvolvimento do BID, Ana María Rodríguez-Ortiz, declarou que “a profissionalização do serviço público ajuda a construir instituições governamentais mais efetivas, mais eficientes e mais abertas”[1].
O BID aponta[1] que apesar das melhorias na maioria dos países, os maiores avanços se deram em países que partiram de linhas de base mais baixas, sendo eles: El Salvador, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana. Estes países avançaram na geração de instrumentos normativos e técnicos, no fortalecimento dos órgãos de gestão de recursos humanos em nível central e, em menor medida, na ampliação dos concursos baseados em mérito para o acesso aos empregos públicos. A Bolívia, Guatemala e Honduras, países com base relativamente mais baixa que a média, apresentaram uma estagnação na última década.
Já o grupo dos países que aparecia com as maiores pontuações no diagnóstico realizado em 2004 não registrou grandes avanços. Neste grupo estão: Brasil, Costa Rica, Colômbia, México e Uruguai. O estudo aponta que estes têm a difícil tarefa de empreender reformas de maior complexidade. Por fim, o Chile registrou um avanço relevante desde a medição inicial, que já atestava um nível de qualidade relativamente elevado.
A pesquisa apresenta uma agenda para o futuro com 10 tarefas-chave para continuar melhorando o serviço público, entre elas “obter um melhor equilíbrio entre o princípio do mérito e a flexibilidade nas decisões de gestão de recursos humanos, profissionalizar o espaço de gestão, avançar com realismo na gestão do desempenho e melhorar a gestão das remunerações para atrair, reter e motivar o capital humano”[1].
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Imagem (Fonte)
Wikipedia
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Fonte Consultada:
[1] Ver: