No ano de 2012, o Brasil continuou como um dos grandes destinos de atração de “Investimento Estrangeiro Direto” (IED)*, efeito que vem sendo notado desde a metade da década de 2000. Segundo o “Banco Central Brasileiro”, apenas no ano passado, o total investido no Brasil por empresas estrangeiras ou brasileiras com atividades em outros países foi de US$ 65.3 bilhões.
Esse resultado é apenas 2% menor que aquele apresentado pelo país em 2011, que foi de aproximadamente US$ 66 bilhões[1]. As atividades de IED representam investimentos vindos do exterior que são direcionados e visam gerar resultados na área de produção doméstica de um país. Isso inclui, entre outras atividades, criação e ampliação de plantas fabris, fusões e aquisições, criação de novas empresas por parte de um ente estrangeiro ou empréstimo de dinheiro entre matrizes e filiais em diferentes países.
Neste quesito, o Brasil cada vez mais vem ocupando um espaço maior como um mercado atrativo para estas empresas multinacionais. De acordo com relatório liberado no último dia 25 de março pela “Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento” (UNCTAD – “United Nations Conference on Trade and Development”)**, o país tem emergido como um grande destino para a realização de IED[2]. Seja individualmente, devido ao seu mercado consumidor, seja dentro do espectro do BRICS***, o Brasil tem se destacado como um grande mercado de recepção deste tipo de investimento.
A realização da atividade representa um movimento de intensidade do desenvolvimento econômico brasileiro. Investimentos deste tipo são realizados de forma a gerar resultados e aumentar a lucratividade das empresas em longo prazo, as mesmas que, atualmente, enfrentam dificuldades devido principalmente à estagnação econômica da Europa e dos Estados Unidos. Ademais, elas vislumbram o Brasil como uma nova fronteira para suas atividades e estão realizando estes investimentos na ampliação de suas incursões no mercado brasileiro.
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* Ou Investimento Externo Direto.
** Atualmente, fazem parte da UNCTAD todos os Estados-Membros da ONU e a Santa Sé, representando o Estado do Vaticano.
*** Em especial dos quatro países que têm sido considerados os novos motores econômicos do mundo e têm resistido melhor à crise financeira e econômica mundial: Brasil, Rússia, Índia e China.
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Imagem “Banco Central afirma que o investimento estrangeiro direto no Brasil somou mais de US$ 130 bilhões em 2011 e 2012” (Fonte – Governo do Brasil/Divulgação):
http://www.brasil.gov.br/imagens/linha-do-tempo-1/economia/1947
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Fontes consultadas:
[1] Ver:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/01/130123_unctad_df.shtml
[2] Ver “The Rise of BRICs FDI and Africa”, Relatório da Unctad de 25 de março de 2013:
https://ceiri.news/wp-content/uploads/2013/04/webdiaeia2013d6_en.pdf