No dia 31 de julho de 2013, o Ex-Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, anunciou que o governo brasileiro, por mera liberalidade, decidiu perdoar, parcialmente, o crédito que possuía junto à “Guiné Conakry”. A benesse abrangeu 98% dos valores devidos, restando a monta de U$S200 mil a serem pagos futuramente. A razão esposada para tal atitude, segundo Patriota, foi que isso facilitará a concessão de créditos ao país africano, bem como dará impulso aos setores de comércio e investimentos, desenvolvendo, consequentemente, a Nação.
No ato de publicização da medida, o Ministro à época afirmou que “O acordo foi alcançado e deve ser aprovado pelo Congresso Nacional antes do fim do ano”[1]. Tais palavras foram proferidas após realização de encontro com o “Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Conakry”, Louncény Fall, o qual disse: “O perdão da dívida vai aliviar as finanças do país, que poderá investir em grandes projetos de infraestrutura como barragens e estradas”[1].
Anteriormente à reunião entre os dois Ministros, por ocasião da comemoração do aniversário de 50 anos da “União Africana”, em maio de 2013, a presidente brasileira Dilma Rousseff anunciara que perdoaria ou renegociaria as dívidas de 12 países africanos, sendo que o valor total desta manobra é de, aproximadamente, U$S900 milhões, beneficiando: a “República Democrática do Congo”, a “Costa do Marfim”, Tanzânia, Gabão, Senegal, “República da Guiné”, Mauritânia, Zâmbia, “São Tomé e Príncipe”, Sudão e “Guiné Bissau”.
Patriota destacou, ademais, o projeto de criação de uma nova “Diretoria para a África” no “Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social” (BNDES), bem como a instalação de um escritório deste Banco, em Joanesburgo, na “África do Sul” – um dos maiores parceiros brasileiros atuais no continente africano – e que há planos para se aprofundarem acordos com diversos países da região, notadamente nos setores de comércio, investimento e cooperação econômica, visando o desenvolvimento local.
Analistas vêem a medida acima como uma forma de “continuidade” aos eixos da “Política Externa do Governo Lula”. Um exemplo é Paulo Fagundes Visentini que em seus estudos sobre a África chega a essa conclusão[2].
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Imagem (Fonte):
http://www.e-passagensaereas.
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Fontes consultadas:
Ver [1]:
Ver [2]:
VISENTINI, Paulo Fagundes. A África na Política Internacional. O Sistema Interafricano (http://www.elsamootcourt.org/