Com a assinatura de um acordo de cooperação militar entre a Federação Russa e a Venezuela no último dia 15 de agosto (2019), especialistas militares apontam que o Kremlin está muito próximo do seu objetivo…
Barack Obama é ex-Presidente dos Estados
Unidos (EUA) pelo Partido Democrata e governou o país por dois mandatos, entre
os anos de 2009 e 2017. Advogado de profissão, pela prestigiada Universidade de
Harvard, Obama possui um histórico de engajamento político e de ativismo
comunitário, sobretudo, no âmbito dos direitos civis.
Em visita oficial à Dinamarca, o ganhador
do Nobel da Paz, em 2009, fez-se presente no país para realizar lobby* para a cidade de Chicago, frente
à disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, e para as atividades
da Conferência da Organização das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas
(COP 15). Em caráter privado, Obama retornou ao Estado escandinavo para
discursar na Universidade do Sul da Dinamarca.
Recentemente, ele foi convidado para
participar no dia 28 de setembro deste ano (2019) de uma rodada de perguntas e
respostas. O evento será feito na Musikkens
Hus (Casa de Música) na cidade de Aalborg. O objetivo da conversa é tratar
de questões relacionadas à liderança e ao empreendedorismo para a comunidade
empresarial, e para cerca de 100 a 200 alunos da Universidade de Aalborg.
Thomas Kastrup Larsen, Prefeito de Aalborg
O jornal Copenhaguen
Post trouxe a afirmação de entusiasmo do Prefeito
de Aalborg, Thomas Kastrup-Larsen, o qual expressou: “Não duvido nem por um momento que isso seja um novo clímax para Aalborg
e toda a região norte da Jutlândia. Estou satisfeito que uma das personalidades
mais ilustres do mundo veja o potencial em visitar Aalborg e compartilhar sua
visão”.
Os analistas consideram a ida
de Obama à Dinamarca como parte de uma agenda de um policy maker** internacional, pois, o conhecimento e experiência do
ex-Presidente pode contribuir para a formação de líderes e ativistas de
diferentes nichos de atuação.
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Notas:
* Lobby: atividade de grupo de pressão da sociedade civil sobre políticos com
intenção de influência.
** Policy maker: pessoa detentora de poder ou prestígio
políticos, capaz de influenciar o meio que atua.
No dia 19 de agosto (2019), o Presidente
da Rússia, Vladimir Putin, desembarcou em Fort de Brégançon, na Riviera
Francesa, onde encontrou-se com o Presidente da França, Emmanuel Macron, em sua
residência de verão. A reunião entre os dois líderes ocorreu às vésperas da
Cúpula anual do G7, a qual, este ano (2019), ocorrerá também no sul da França.
Em 2014, após a reincorporação da Crimeia, a Rússia foi suspensa do grupo, que
antes era chamado de G8. Observadores internacionais destacaram que o gesto
francês de recepcionar os russos nesta semana é bastante significativo para as
relações exteriores do país europeu, colocando-o numa posição de liderança no
apaziguamento das relações entre o Ocidente e a Rússia.
A Conversa entre Macron e Putin era
bastante antecipada pela mídia por conta de a pauta de discussão envolver não
apenas questões bilaterais, como também assuntos de interesse internacional,
que outrora seriam discutidos num ambiente de negociação multilateral. Assim, a
situação na Ucrânia, na Síria e questões internas da Rússia foram abordadas no
diálogo entre os líderes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, o Presidente da França, Emmanuel Macron e a Primeira-Dama da França, Brigitte Macron em Fort de Brégançon, na França
Em relação à Ucrânia, Moscou e Paris
concordaram em retomar as negociações sobre a crise no país que envolve
movimentos separatistas e a reincorporação da Crimeia à Rússia. Para tanto, ambos
os lados consentiram que o Formato de Normandia seja revisitado, o qual envolve
Alemanha, França, Rússia e Ucrânia nas discussões de um possível Acordo.
Há ainda questões a serem convergidas
entre os dois países. Em muitos aspectos, Rússia e França se distanciam em sua política
externa e até interna. Entretanto, como tem sido apontado por especialistas, é
importante que o diálogo entre os dois permaneça. Da mesma forma, aponta-se ser
relevante, também, que a França esteja tomando partido em se aproximar mais do
Governo russo em um período marcado por conturbações entre o Ocidente e a
Rússia. Observa-se que a disposição para a realização de encontros bilaterais
já destaca um avanço na relação diplomática não só entre os dois países, como
entre a Europa e a Federação Russa.
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Notas:
* A
Província de Idlib, na Síria, é uma região situada no noroeste do país e um dos
últimos redutos dos rebeldes que lutam pela saída do Presidente sírio, Bashar
al-Assad, do poder.
As eleições parlamentares de 21 de julho levaram 254 cadeiras das 450 disponíveis para o Servo do Povo, o Partido Político do Presidente. Sem sombra de dúvida, uma grande vitória, mas, questiona-se qual o poder…
Andriy
Bohdan
foi o nome indicado para formação da equipe do presidente Zelenski para exercer
a função de Chefe
da Administração Presidencial, um cargo de alta confiança. Seu nome
envolveu polêmicas na indicação por ter trabalhado com o conhecido oligarca
ucraniano, Ihor Kolomoisky,
representando-o em julgamentos sobre a estatização do PrivatBank*. Bohdan também foi
Vice-Ministro da Justiça, entre 2007 e 2010; Vice-Ministro do Gabinete de
Ministros, entre 2010 e 2011; e Comissário do Governo para Questões de Combate
à Corrupção, entre 2013 e 2014.
Seu currículo impressiona, não fosse o
fato de que entre 2010 e 2014 o Presidente fosse Viktor Yanukovych, identificado
como o responsável pela repressão dos protestos do Euromaidan entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, que acabou
se refugiando na Rússia.
Pela Lei da Lustração de 2014, em seu Artigo 3, Parágrafo 5, tal cargo – de Chefe da Administração Presidencial – está entre os que
não podem
ser ocupados por funcionários que estavam no poder entre 25 de fevereiro de
2010 a 22 de fevereiro de 2014, podendo retornar às funções públicas somente em 2024.
Em
transmissão televisiva em 21 de maio, Bohdan se desculpou, afirmando, no entanto, que a lei não era justa, pois,
graças a seu trabalho combatendo a corrupção acabou com desvios da ordem de 2
bilhões de grívnias, aproximadamente, 313,4
milhões de reais, na cotação de 9 de agosto de 2019. Bohdan poderia estar sendo vítima de
perseguição política, pois, segundo sua afirmação, um dos responsáveis por esse
esquema de corrupção, cujo nome não forneceu, teria ajudado a criar a referida lei. Ainda disse que ao ser adotada a Lei da Lustração posições como Chefe da
Administração Presidencial e seus adjuntos deixaram
de ser considerados
cargos públicos, portanto, a mesma lei não
se aplicaria a ele.
Zelenski
afirmou já ter dispensado Bohdan do cargo, após uma petição exigindo sua demissão baseada na referida Lei. Mas, a
estratégia presidencial foi emitir um Decreto demitindo-o como Chefe
da Administração do Presidente em 25 de junho de 2019, após ter criado o cargo de Chefe
de Gabinete do Presidente em 20 de junho, no qual realocou Bohdan.
A atitude
do Presidente foi mal recebida e, embora Andriy Bohdan tenha se justificado,
afirmando que o cargo que ocupava não é considerado como público, a Lei da
Lustração, em seu Artigo 2, parágrafo 5, é clara sobre quais cargos não poderiam
mais ser exercidos por quem participou do governo Yanukovych, começando,
inclusive, com o de “Chefe da Administração do Presidente”.
Em 17 de
abril, poucos dias antes da votação do segundo turno da eleição presidencial,
que já tinha Zelenski como favorito, jornalistas relataram uma suposta reunião de Andriy Bohdan com Stanislav
Shevchuk, então Presidente do Tribunal Constitucional,
o que causou protesto e seu julgamento foi adiado.
Bohdan
construiu sua imagem na política lutando contra a corrupção e este legado é o
que o mantém firme contra os ataques de seus opositores. A questão toda seria
de fácil resolução, não fosse pelo fato de que estes opositores também se
utilizam da lei para atacar antigos inimigos políticos ou aqueles que de uma
forma ou outra colaboraram com o governo destes.
Logotipo da Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção – A Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção (NACC) é o órgão executivo para formação e implementação de políticas de combate à corrupção
Como já apresentado antes, a sobreposição de poderes constitucionais na Ucrânia, assim
como em qualquer país, ameaça a democracia e o frágil equilíbrio de forças
políticas e sociais obtidas graças a este regime. Por outro lado, não raro, uma
lei pode servir como instrumento para perseguir inimigos políticos que atuaram
corretamente, se alguma falha ocorrer em sua atuação ou posição, o que parece
ser o caso de Andriy Bohdan.
Segundo a
Lei da Lustração, que, conforme apresenta, visa a “purificação do poder político” no país, Bohdan deveria ficar afastado
dez anos do poder a partir de 2014, podendo então retornar à vida pública em
cargos governamentais somente em 2024. Isto não o impede de seguir atuando como
cidadão ucraniano em outras atividades, inclusive aconselhando o Presidente. A
questão que se coloca, no entanto, é se vale a pena um jogo de forças de
Vladimir Zelenski contra seus opositores em prol da sociedade ucraniana.
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Nota:
* O PrivatBank foi estatizado como parte da estratégia de reorganização do
sistema bancário apoiado pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI). O
Banco era acusado de práticas fraudulentas de empréstimo e “lavagem de dinheiro”.
Imagem 2 “Logotipo da Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção – A Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção (NACC) é o órgão executivo para formação e implementação de políticas de combate à corrupção” (Fonte– Автор: Tohaomg – Власна робота, Суспільне надбання[PublicDomain]): https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=59911547
A Noruega é um dos Estados de referência quando o assunto é o desenvolvimento e a qualidade de vida, pois, os noruegueses possuem um dos melhores sistemas sociais do mundo. A promoção dos direitos humanos, do igualitarismo e da sustentabilidade faz com que o país seja um dos candidatos ideais para propor e regular pautas de cooperação.
Diante dos desafios atuais no âmbito da cooperação para o desenvolvimento, a Noruega foi eleita para a presidência do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ECOSOC-ONU). Os noruegueses assumem a liderança do ECOSOC com o propósito de incentivar soluções comuns, e alavancar os financiamentos para a agenda do desenvolvimento sustentável.
O ECOSOC é um espaço de debates composto por 54 Estados membros e criado, em 1945, para propor recomendações e produzir atividades relacionadas ao desenvolvimento internacional. Sua ênfase engloba políticas de bem-estar social, industrialização, mulheres, comércio, ciência e tecnologia, mediante discussões, e no agrupamento de comissões específicas, tais como: a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas – ECOSOC
O site do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega apresentou a Embaixadora do país na ONU, Mona Juul, a qual foi encarregada de exercer a função de presidente no ECOSOC. A diplomata demonstra ânimo e também maior aproximação entre as atividades teóricas e a práticas: “As salas de reuniões da ONU, em Nova York, podem se parecer muito distantes da vida cotidiana das meninas em Uganda. Para mim, é importante que a cooperação na ONU e no ECOSOC seja significativa para todos nós. Por exemplo, o ECOSOC está acompanhando como a reforma da ONU está funcionando na prática”.
Os analistas observam a ascensão norueguesa à presidência do ESOCOC de forma positiva, pois a expertise do Estado pode contribuir para a resolução de possíveis divergências e equilibrar meios de alcance para o desenvolvimento de projetos. Todavia é imprescindível ressaltar as desigualdades existentes entre os Estados, assim como a capacidade dos atores para a execução das pautas acordadas.
A Ucrânia realizou suas eleições parlamentares no dia 21 de julho (2019). Seu Parlamento, a Verkhovna Rada, é eleito sob o regime de voto misto, no qual metade das 450 vagas são distribuídas em listas…
A EXPO é uma exposição internacional com
o propósito de estimular a organização das atividades e apresentação de
temáticas específicas. A EXPO ocorre anualmente e é gerenciada pelo Escritório
Internacional de Exposições (BIE – sigla em inglês para Bureau Internationalde
Exposições).
A BIE, por sua vez, é uma organização
internacional com sede em Paris, França, e se encontra responsável pela
vigilância e aplicação da Convenção Relativa às Exposições Internacionais, que nasceu
em 22 de novembro de 1928 e estabeleceu a antiga Oficina Internacional de
Exposições. Ela ficou sob administração da Sociedade das Nações (SN) até a
criação da Organização das Nações Unidas (ONU), quando se tornou autônoma. A
gestão da BIE recai sobre as exposições que possuam duração superior a 3
semanas e com limites de até 6 meses.
Diante do exposto, a cidade de Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos, foi a escolhida por votação para a realização da EXPO
2020, a qual acontecerá de 20 de outubro de 2020 a 10 de abril de 2021. O
evento possui como tema central “Conectando
Mentes, Criando o Futuro”, e reúne empresas privadas e organizações
governamentais e não-governamentais (ONGs) com o objetivo de discutir negócios,
tecnologia, sustentabilidade, ciências, cultura, gastronomia, urbanismo e
economia.
EXPO Dubai 2020
A importância da participação estoniana
na EXPO Dubai 2020 envolve a possibilidade de apresentar ao mundo o que o país
pode oferecer. Diante disso, as empresas de tecnologia de Tallinn* observam uma
oportunidade de inserção e de demonstrarem seus potenciais. Dentro dessa
perspectiva, as empresas da Estônia ganharam um fundo do Programa Expo Live na cifra de US$ 100 milhões (em
torno de 368,62 milhões de reais, conforme a cotação de 31 de julho de 2019) dados
a instituições que tenham desenvolvido produtos com implicações sociais,
humanitárias e ambientais.
O jornal The
Baltic Times trouxe a afirmação do Chefe da representação da Estônia na
EXPO, Andres Kask, sobre a pauta a qual vê com entusiasmo: “Até à data, o fundo EXPO Live de 100 milhões
de dólares financiou 121 projetos de 65 países. Empresas letãs e finlandesas já
receberam apoio, pelo que vale a pena agarrar a oportunidade e apresentar uma
candidatura. O apoio financeiro é uma coisa, mas outro é ser um membro do clube
de inovação da EXPO – a Comunidade de Inovadores Globais da Expo Live –, que
oferece uma excelente oportunidade para estabelecer contatos em todo o mundo”.
Os analistas compreendem que a EXPO Dubai
será um meio bom para a expansão do networking
das empresas estonianas, as quais, em sua maioria, são da área de tecnologia, e
o acesso aos recursos da EXPO Live
muito podem contribuir para ampliar as possibilidades de exposição de novas
ideias e produtos de pequenas empresas estonianas.
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Nota:
* Tallinn: capital da Estônia; utilizada como referência ao Estado e seu governo.
Neste mês (julho) de 2019, a Lituânia
empossou o economista e candidato independente Gitanas Nauseda como seu novo
Presidente, o qual foi eleito com 66,53% de aprovação, o que equivale a 881.495
votos. Em segunda colocação na disputa eleitoral ficou a ex-Ministra das
Finanças do país e candidata independente Ingrida Simonyte, com 33,47% de
aprovação, a qual é equivalente a 443.394 votos.
O presidente Nauseda foi eleito com um
discurso de combate às desigualdades sociais na Lituânia. As principais razões
para o distanciamento entre ricos e pobres no país são a migração de jovens
para o exterior e as dificuldades enfrentadas após o exponencial crescimento
econômico lituano. O novo Chefe de Estado irá substituir a ex-presidente Dalia
Grybauskaite, a qual liderou o país desde 2009 com o discurso de equilíbrio, em
meio a uma Lituânia em recessão.
O Jornal The
Baltic Times trouxe a declaração da ex-Mandatária, a qual expressa apoio ao
Presidente eleito: “Nós, Presidentes,
somos responsáveis perante o nosso povo e a Constituição, portanto, eu
realmente desejo que todos ajudem a liderar o Estado, pois, não é
responsabilidade de uma pessoa, é responsabilidade de todos que elegeram este
Presidente. Portanto, todas as pessoas são responsáveis por ajudar este
Presidente a fazer o trabalho”.
Ex-Presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite
O governo Grybauskaite teve momentos
difíceis e, por isso, diversas entidades sociais viram seus espaços políticos
serem diminuídos. Todavia, os investidores, sindicatos e empregadores já
demonstram interesse por maior participação no governo Nauseda. Os desafios que
o atual Presidente deverá enfrentar são de natureza econômica e social. O
primeiro tem o propósito de estimular o crescimento produtivo do país, e o
segundo visa proporcionar meios de integração social ao emprego e a renda, sem
perder de vista a assistência aos mais pobres.
O Jornal The
Baltic Times apresentou as expectativas de alguns setores sociais em
relação ao governo Nauseda, dentre as quais se destaca a do Chefe da
Confederação Lituana de Empregadores, Danas Arlauskas, que afirmou: “Acreditamos que a diplomacia econômica deve
ser levada a um nível totalmente diferente. Acho que o gabinete presidencial
não enfatizou o suficiente para os embaixadores e os estabelecimentos
consulares que os assuntos econômicos são realmente muito importantes. Nós
sentimos falta de uma instrução muito clara do ex-presidente para o Ministério
das Relações Exteriores de que as questões econômicas não devem ser esquecidas,
além das questões políticas”.
Os analistas compreendem que o futuro
governo lituano terá suas intempéries políticas para serem resolvidas. Seja no
âmbito econômico, seja no âmbito social, o caminho do progresso perpassa o
diálogo com a sociedade civil, e caberá aos políticos lituanos a
responsabilidade de trazer equilíbrio diante de um período assaz sensível.
A Turquia anunciou a compra de um sistema de defesa antiaérea S-400, como parte de um programa de aquisição de equipamento da Rússia. As primeiras baterias foram entregues em Ankara no dia 12 de julho…