O governo da Jordânia vem sendo objeto de recorrentes críticas de associações de direitos humanos pela maneira como vem lidando com a greve de professores no país. As denúncias incluem recorrente repressão policial, até o…
A recente negociação entre Israel e os Emirados Árabes Unidos ganhou espaço internacionalmente nos meios de comunicação. A aproximação entre os países acontece em meio a uma crescente tensão entre Israel e os vizinhos árabes pelo projeto de incorporação de territórios da Cisjordânia.
Painel no aeroporto internacional de Tel Aviv anuncia saída do primeiro voo direto com destino aos Emirados Árabes Unidos / Página oficial do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu no Twitter – @netanyahu
Nas próximas semanas, para além das novas etapas da aproximação entre ambos, serão demonstradas possibilidades de aproximação entre países da área e sobre o futuro das relações entre distintos Estados da região.
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Fonte das Imagens:
Imagem 1 “Bandeira de Israel é hasteada em Abu Dhabi, entre as bandeiras dos Emirados Árabes Unidos e dos Estados Unidos da América, para marcar a realização do primeiro voo direto provindo de Tel Aviv / Página oficial do Primeiro–Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu no Twitter – @netanyahu” (Fonte): https://twitter.com/netanyahu/status/1300430295246811136
Imagem 2 “Painel no aeroporto internacional de Tel Aviv anuncia saída do primeiro voo direto com destino aos Emirados Árabes Unidos /Página oficial do Primeiro–Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu no Twitter – @netanyahu” (Fonte): https://twitter.com/netanyahu/status/1300319842222907392
O Primeiro-Ministro líbio, Fayez al-Sarraj, deu ordens a todas as forças militares do país para interromperem imediatamente as operações militares e respeitarem um cessar-fogo
A queda e morte do ditador Muammar Kadhafi, em 2011, desencadeou grave crise política na Líbia. Desde então, diversas milícias armadas passaram a atuar em todo o território nacional. O GNA foi criado em 2015 e tem buscado exercer o controle nacional. Nos últimos anos, houve uma polarização na disputa de poder. Por isto, parte dos grupos se aliou ao GNA, apoiado pela ONU, sediada em Trípoli, e outra ao ENL, que tem força no leste do território líbio e recebe apoio do Egito e dos Emirados Árabes Unidos.
Fayez Mustafa Al-Serraj, Presidente do Conselho Presidencial e Primeiro-Ministro do Governo do Acordo Nacional da Líbia, discursa na cúpula de alto nível da ONU sobre grandes movimentos de refugiados e migrantes
A União Europeia, Liga Árabe, Arábia Saudita, Jordânia e Egito saudaram os grupos rivais pelo alcance deste compromisso, após vivenciarem intensos e longos combates. Como aliados, o GNA conta com a Turquia e a maioria das democracias ocidentais e o ENL com a Rússia e o Egito, dentre outros. Conforme declarado à imprensa pelo Primeiro-Ministro líbio neste 21 de agosto, o objetivo do cessar-fogo é garantir a integridade territorial da Líbia e a saída dos mercenários e soldados estrangeiros do país. A efetividade do pacto será acompanhada por toda a comunidade internacional, através da implementação das condições anunciadas.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “O Primeiro–Ministro líbio, Fayez al-Sarraj, deu ordens a todas as forças militares do país para interromperem imediatamente as operações militares e respeitarem um cessar–fogo” (Fonte):
Imagem 2 “Fayez Mustafa Al–Serraj, Presidente do Conselho Presidencial e Primeiro–Ministro do Governo do Acordo Nacional da Líbia, discursa na cúpula de alto nível da ONU sobre grandes movimentos de refugiados e migrantes” / “Tradução livre do original: ‘Fayez Mustafa Al-Serraj, Chairman of the Presidential Council and Prime Minister of the Government of National Accord of Libya, addresses the UN high-level summit on large movements of refugees and migrants’ – UN Photo / 19 de setembro de 2016 United Nations, New York Photo # 692087” (Fonte):
Imagem 3 “Kadafi em uma cúpula árabe na Líbia, em 1969, logo após a Revolução de setembro que derrubou o rei Idris I. Kadafi está sentado em uniforme militar no meio, cercado pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser (à esquerda) e pelo presidente sírio Nureddin al–Atassi (à direita)” / “Tradução livre do original: ‘Gaddafi at an Arab summit in Libya in 1969, shortly after the September Revolution that toppled King Idris I. Gaddafi sits in military uniform in the middle, surrounded by Egyptian President Gamal Abdel Nasser (left) and Syrian President Nureddin al-Atassi (right)” (Fonte):
O governo turco iniciou, em 3 de julho de 2020, o julgamento dos acusados pelo assassinato do jornalista saudita Jamal Ahmad Khashoggi, morto em 2 de outubro de 2018. Khashoggi, crítico do governo da Arábia…
A declaração foi publicada horas depois de o Irã anunciar o lançamento de seu primeiro satélite militar, segundo informado pela imprensa. Além disso, Trump assinalou que 11 canhoneiras iranianas haviam se aproximado de forma perigosa dos navios de guerra americanos que estão no local, o Golfo Pérsico, o que poderia ser interpretado como ato de constrangimento ou ameaça ao país. As canhoneiras são barcos pequenos que carregam armas de grande porte. A Marinha dos EUA diz que, em um incidente, uma canhoneira iraniana cruzou em alta velocidade cerca de 9 metros em frente a um cortador da Guarda Costeira dos EUA.
A ameaça de uso da força contra o Irã, por Trump, e vice-versa, foi noticiada como a mais vigorosa e direta, desde a execução de Qasem Soleimani, o General do Corpo de Guarda Islâmica Iraniana, pelos EUA, em janeiro deste ano (2020).
O incidente é restrito a palavras e não gerou, ao longo da semana, desdobramentos práticos. Mas revela que persiste a tensão entre os dois Estados, cuja intensidade está em suspenso devido à cooperação mundial contra o inimigo comum que a pandemia representa.
[1]Tradução livre do original: “I have instructed the United States Navy to shoot down and destroy any and all iranian gunboats if they harass our ships at sea”.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Os navios da Marinha da Guarda Revolucionária Islâmica Iraniana (IRGCN) realizaram ações inseguras e não profissionais contra navios militares dos EUA, cruzando os arcos e popas dos navios à curta distância, enquanto operavam em águas internacionais do Golfo da Arábia do Norte. O Destróier de mísseis guiados USS Paul Hamilton (DDG 60) está conduzindo operações conjuntas de interoperabilidade em apoio à segurança marítima na área de operações da 5ª Frota dos EUA (Marinha) / Tradução livre do original: ‘Iranian Islamic Revolutionary Guard Corps Navy (IRGCN) vessels conducted unsafe and un professional actions against U.S. Military ships by crossing the ships’ bows and sterns at close range while operating in international waters of the North Arabian Gulf. The guided-missile destroyer USS Paul Hamilton (DDG 60) is conducting joint interoperability operations in support of maritime security in the U.S. 5th Fleet area of operations. (Navy)’ Military Times”. (Fonte): https://www.armytimes.com/resizer/MeK-of9Wi9Kphd5Q3CJK5mzJ7Mk=/1200×0/filters:quality(100)/arc-anglerfish-arc2-prod-mco.s3.amazonaws.com/public/SU2OAMBU25CGBJPKTZOD4V2AF4.jpg
Pouco após o início dos protestos, no dia
28 de outubro, o primeiro-ministro Saad Hariri apresentou sua renúncia frente
ao Parlamento. Esta fazia parte de um processo transitório, visando atender ao
menos parte das demandas, visto que Hariri havia endossado o projeto de
taxação.
Manifestantes na cidade de Trípoli, no Líbano, um dos principais focos dos protestos
O então Primeiro-Ministro do Líbano, Saad Hariri, reunido com o chefe do Departamento de Oriente Médio e África do Ministério das Relações Exteriores da França, Cristophe Varno
Com uma política de equilíbrio de poder
entre as diversas religiões, a Constituição requer que o Presidente seja sempre
um católico maronita, que o Primeiro-Ministro seja um muçulmano sunita e o
Presidente da Câmara um muçulmano xiita.
O Líbano se equilibra entre uma série de
disputas no Oriente Médio e estas também se refletem nas negociações. Para além
da falta de diálogo dentro do país, o apoio que os grupos no interior do Líbano
buscam em agentes externos é ponto de crítica pela população. Esta preferência
é bastante latente no alinhamento do grupo xiita Hezbollah com o Irã, dos
cristãos com a França, ou dos sunitas com países do Golfo Pérsico.
Imagem 3 “O então Primeiro–Ministro do Líbano, Saad Hariri, reunido com o chefe do Departamento de Oriente Médio e África do Ministério das Relações Exteriores da França, Cristophe Varno” (Fonte – Conta oficial de Saad Hariri no Twitter@saadhariri – Saad Hariri on Twitter): https://twitter.com/saadhariri/status/1194578073691267073
Na sexta-feira, dia 29 de novembro, o primeiro-ministro iraquiano Adil Abdul-Mahdi apresentou frente ao Parlamento sua carta de renúncia. Reunido em sessão extraordinária, no domingo, dia 1º de dezembro, o órgão legislativo decidiu por acatar…
O albinismo é uma condição genética associada à ausência ou pouca pigmentação da pele, cabelo e olhos dos indivíduos, e tal distinção física acaba se tornando um fator para a marginalização e preconceito.
Tendo em vista os desafios sofridos pela população com albinismo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, (Unesco, sigla em inglês para United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization) realizou em Moçambique uma conferência dedicada a este tema, ao final do mês de novembro (2019).
Além das questões que envolvem a saúde, como a disponibilidade de bloqueadores de alto fator de proteção solar e produtos oftalmológicos, os aspectos de integração social também foram abordados. Neste sentido, o pouco conhecimento da população em geral sobre o albinismo é o principal componente para a discriminação e segregação.
Localização dos PALOP
Constantemente são registrados ataques violentos aos indivíduos com albinismo em Moçambique. De acordo com o Relatório Independente sobre os Direitos Humanos da população com albinismo neste país, reportado à Assembleia Geral das Nações Unidas de 2016, as principais vítimas de sequestros, tráfico e mutilações são crianças. Aspectos culturais estão ligados aos atentados, principalmente associados à prática de atividades relacionadas a crenças religiosas, utilizando membros e cabelos de pessoas com albinismo em rituais para atração de fortuna.
Logo da ONG Under the Same Sun
Como destaca a Organização não-Governamental Under The Same Sun, a incidência do albinismo é maior no continente africano em comparação com os continentes americano e europeu, sendo identificado 1 caso desta condição genética a cada 5.000 a 15.000 pessoas no continente africano. Esta estimativa torna-se mais complexa no que se refere aos casos de câncer de pele, principalmente em crianças abaixo dos 10 anos, o que evidencia a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso à saúde e integração social da população com albinismo.
Desde o dia 15 de novembro, uma série de
protestos vêm ocorrendo no Irã. Milhares de pessoas tomaram as ruas de Teerã e
distintas cidades em protesto contra o aumento dos preços de combustíveis no
país, em
50% para os preços regulares e até 300% em compras que excedam um limite
pré-determinado de consumo individual. O preço do litro da gasolina no país
subiu de 10 mil para 15 mil rials (de cerca de R$0,99 para R$1,50, segundo o
câmbio de 22 de novembro de 2019).
As manifestações resultaram em uma série
de episódios violentos no país. Confrontos da população com as forças de
segurança foram denunciados em distintas cidades, bem como uma série de atos de
vandalismo, que incluem saques a lojas e incêndios em distintos prédios
públicos.
O Chefe de Estado iraniano também
condenou os atos de vandalismo, afirmando que aqueles que promovem saques ou
provocam incêndios em propriedades públicas são “bandidos
financiados pelos inimigos do Irã”. Rouhani também demandou que as
forças de segurança tomassem medidas, sem especificar detalhes da ação.
Prédio queimado por manifestantes durante protestos no Irã
O Irã se encontra em uma situação
sensível, em um momento no qual protestos abalam uma série de países na área,
como o vizinho Iraque, o Líbano e a Jordânia. Os protestos violentos e
repentinos revelam insatisfações reprimidas da população. A forma como o
governo lidar com a situação pode escalar, em um cenário que pode impactar
profundamente o equilíbrio do país e da região.
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Fontes das
Imagens:
Imagem 1 “O presidente do Irã, Hassan Rouhani, cumprimenta o supremo–líder religioso do país, aiatolá Ali Khamenei” (Fonte – Página oficial do Twitter do Centro para os Direitos Humanos no Irã @ICHRI): https://twitter.com/ICHRI/status/1196458711335817217
Imagem 2 “Manifestantes bloqueiam uma avenida durante protestos na cidade de Tabriz, capital da província do Azerbaijão Oriental no Irã” (Fonte – Página oficial do Twitter do Centro para os Direitos Humanos no Irã @ICHRI): https://twitter.com/ICHRI/status/1196458711335817217
Na segunda-feira passada, 18 de novembro, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou uma flexibilização na posição do país quanto aos assentamentos construídos por Israel em território ocupado na Cisjordânia. A decisão…