Estima-se que os investimentos da China na rede de 5G ultrapassem os da América do Norte entre 2019 e 2023, à medida que a segunda maior economia do mundo vem substituindo o 4G para a…
O número de turistas chineses nos Estados
Unidos da América (EUA) caiu pela primeira vez em 15 anos, depois de uma década
de rápido crescimento. As viagens da China para os EUA caíram 5,7% em 2018, de
acordo com o Escritório Nacional de Turismo e Viagens dos Estados Unidos. Foi a
primeira vez, desde 2003, que as idas de chineses para lá foram menores do que
no ano anterior, informa
o jornal South China Morning Post.
Como a China é um dos países que mais
enviam turistas ao território norte-americano, qualquer queda já é sentida
pelos destinos turísticos, que possuem grande dependência em relação aos gastos
dos visitantes chineses. Em 2017, o Estado asiático figurou como o
quinto maior país de origem de turistas para os Estados Unidos, logo atrás
do Canadá, México, Reino Unido e Japão. O gasto desse segmento de chineses
aproximou-se da quantia de 18,9 bilhões de dólares (aproximadamente 74,2
bilhões de reais, conforme a cotação de 31 de maio de 2019) entre 2008 e 2016.
Em 2017, caiu 1%, para 18,8 bilhões de dólares (em torno de 73,8 bilhões de
reais, ainda conforme a cotação de 31 de maio de 2019).
Em 2000, 249.000 chineses visitaram
o Estado norte-americano. O número triplicou para 802.000 visitantes, no
período até 2010, e triplicou novamente no período até 2015. Isso ocorreu, em
parte, devido à renda maior dos cidadãos chineses, melhores conexões para voos
de longo-curso e afrouxamento das regras para a obtenção de visto de turista
nos EUA. A nação americana recebeu
mais de 3 milhões de chineses nos anos de 2016 e 2017. Contudo, o número
cresceu apenas 4% em 2017, a
taxa mais lenta em mais de uma década.
No verão de 2018, a China lançou
um aviso de viagem em relação aos EUA, alertando seus cidadãos sobre os altos
custos de cuidados médicos no país e para tomarem cuidado com tiroteios e
roubos. Os norte-americanos posteriormente retaliaram
com seu próprio alerta sobre viagens à China.
Outra razão para a queda do número de
visitantes chineses em território estadunidense é a incerteza econômica na
China, que faz com que muitos dos viajantes de menor poder aquisitivo prefiram
passar férias em locais próximos de casa, afirma
Wolfgang Georg Arlt, diretor do Instituto de Pesquisa de Turismo Internacional
Chinês. Um estudo do instituto demonstrou que 56% dos turistas que saíram de
seu país nos últimos três meses de 2018 foram para Hong Kong, Macau ou Taiwan, comparado
a 50% em 2017. Além disso, os que viajam para locais distantes estão optando
por destinos mais exóticos para eles, como a Croácia, o Marrocos e o Nepal.
Larry Yu, professor de gerenciamento de
hospitalidade na Universidade George Washington, aponta
que os turistas chineses, particularmente os mais jovens, estão cada vez mais
planejando viagens usando aplicativos de mídias sociais, como o WeChat, e são
menos propensos a viajar com grupos de excursão. Eles também adotaram os
sistemas de pagamento que utilizam smartphones, como o Alipay. David Becker,
ex-presidente da consultoria Attract China, de Nova York, indica
que os destinos dos EUA precisam investir nessas novas tecnologias se quiserem
continuar a atrair os turistas chineses.
Vista da cidade Washington, D.C., capital dos EUA
Em 2017, Washington tornou-se a
primeira cidade norte-americana a lançar um guia interativo para o WeChat.
Os visitantes do país asiático podem usá-lo para acessar rotas para as
atrações, acessar guias de viagem em mandarim e encontrar restaurantes e lojas.
A capital americana também lançou um programa chamado “Bem-Vinda China”, que ensina hotéis,
restaurantes e outros estabelecimentos comerciais sobre costumes chineses e os
encoraja a oferecer amenidades, como cardápios em língua chinesa e pantufas
para serem usadas nos quartos. Até o momento, 44 hotéis e restaurantes
participaram do programa.
A maioria dos analistas da indústria de
turismo avalia que a queda de visitantes da China nos EUA será temporária,
porque a classe média daquele país continua a expandir. O governo americano prevê
que o turismo chinês vai crescer 2% em 2019 e atingir a marca de 3,3 milhões de
visitantes. Estima-se
que alcançará o número de 4,1 milhões de visitantes em 2023.
Na balança comercial entre os países, os
EUA se encontraram em posição deficitária de U$ 67,6 bilhões, aproximadamente
R$ 262,5 bilhões*, representando uma queda de 1,8% em relação ao ano de 2017,
com as exportações alcançando uma margem de crescimento de 10,9% no mesmo
período.
O Japão foi o 4º maior mercado de
exportação do ano passado (2018), porém, considerando somente produtos
agrícolas, ocupa a 3ª posição. Quanto a importações, a quantidade de produtos
importados do Japão teve um aumento de 4,5%, correspondendo a cerca de U$142,6
bilhões, aproximadamente R$ 552,5 bilhões*.
Encontro entre Shinzo Abe, Primeiro-Ministro japonês, e Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, em novembro de 2017
O Documento foi divulgado antes das
negociações possivelmente agendadas neste mês de abril de 2019, a depender de
data do encontro de Trump com Xi Jinping, Presidente da China, também esperada
para este mês. Em setembro do ano passado (2018), Trump, Presidente dos Estados
Unidos, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, conversaram a respeito da
criação de um Acordo Comercial Japão-EUA.
Espera-se que Abe e Trump se reúnam para
discutir o Acordo, que, no entanto, difere-se entre as Partes: Trump gostaria
de um acordo de livre comércio, abarcando serviços, investimentos e produtos,
enquanto Abe deseja um baseado somente em produtos. É interessante notar que,
apesar das altas tarifas, segundo a análise do Relatório, o Japão ainda
permanece em altas posições no ranking de parcerias comerciais.
Seguindo a manutenção das boas relações,
três encontros possivelmente ocorrerão em meses consecutivos: em abril, Abe
pretende ir aos EUA; Trump visitará o Príncipe Naruhito em maio, após sua
ascensão ao trono, substituindo o Imperador Akihito em 1º de maio; e Abe
convidará Trump para a cúpula do G20, em junho, em Osaka. Não somente o aspecto
comercial, como também a questão das sanções da Coreia do Norte, devem ser
abordados.
Líderes do setor agrícola do México estão pedindo “tarifas equivalentes” sobre as importações agrícolas norte-americanas em produtos politicamente sensíveis, como milho amarelo e frango, em retaliação às tarifas aplicadas por Trump sobre produtos mexicanos. O…
Um dos símbolos da extinta União Soviética, o fuzil automático AK-47*, está sendo estudado para que tenha sua fabricação realizada dentro do território norte-americano, segundo declarações do Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (USSOCOM – United States Special Operations Command), órgão encarregado de supervisionar as várias operações dos comandos de forças especiais que fazem parte do Exército, da Força Aérea, da Marinha e dos Fuzileiros Navais, das Forças Armadas dos EUA.
Especificamente, o USSOCOM quer que as empresas americanas explorem se é viável fazer engenharia reversa ou reengenharia e produzir internamente tal armamento com o objetivo de desenvolver uma capacidade doméstica inovadora para produzir “réplicas” em pleno funcionamento de armas fabricadas no exterior que sejam iguais ou melhores do que está sendo produzido internacionalmente, segundo a proposta do Centro de Pesquisas em Pequenas Empresas (SBIR – Small Business Innovation Research), departamento ligado à USSOCOM.
Considerada por analistas militares como a “senhora da guerra”, o fuzil de assalto AK-47 é a mais letal e a mais produzida arma de combate individual na história, pois, segundo registros internacionais, foram fabricados mais de 100 milhões de unidades, tendo equipado mais de 50 Exércitos Nacionais em todo o mundo. Ainda sob o regime soviético, a manufatura do fuzil foi compartilhada entre mais de 10 países comunistas que ganharam licença de produção e, atualmente, a China se apresenta como maior produtora, tendo como principais clientes diversos países do continente africano.
O Governo russo, juntamente com representantes da empresa JSC Kalashnikov Concern**, fabricante do fuzil, deixou claro a preocupação sobre a alta proliferação de fabricantes não licenciados espalhados mundialmente, o que representa um alto risco contra a qualidade e os direitos autorais do armamento original, a reputação da empresa russa, além da facilitação do contrabando e desvio para grupos rebeldes em todo o mundo.
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Notas:
* Denominação do fuzil de assalto russo calibre 7.62x39mm: A de automático, K de Kalashnikov (criador do projeto – Mikhail Kalashnikov) e 47 (ano do início de fabricação – 1947).
** Indústria russa do ramo de defesa localizada na cidade de Ijevsk, cerca de 900km de Moscou, capital da Rússia. A empresa é controlada majoritariamente pelo grupo Rostec, que detêm 51% de participação acionária, seguida por investidores privados que possuem os outros 49%. Seus principais produtos são armas automáticas leves, veículos blindados e tecnologia robótica militar.
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Imagem 1 “Exposição de armas Kalashnikov” (Fonte):
O Ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, disse ao Conselheiro de Estado da China, Wang Yi, em um telefonema no último sábado (dia 13 de outubro), que o novo acordo comercial do México com os Estados Unidos e o Canadá não impedirá as relações econômicas com outros países, informação que já constava em um comunicado da Secretaria de Relações Exteriores mexicana (SRE).
Porto de Lázaro Cárdenas
O pacto estabelecido para substituir o Acordo de Livre Comércio da América do Norte destaca que, se um dos parceiros aderir a um acordo de livre comércio com um país “não mercantil”, como a China, por exemplo, os outros podem renunciar em seis meses e formar seu próprio acordo bilateral.
O mecanismo apoiaria os esforços do Presidente dos EUA, Donald Trump, de isolar economicamente os chineses em meio a uma crescente guerra tarifária entre as duas potências e dar a Washington um veto efetivo sobre qualquer acerto comercial com a China feito pelo Canadá ou pelo México.
Videgaray não detalhou se o México buscaria tal tratativa, mas disse que o novo pacto, chamado de Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), não bloquearia acordos bilaterais com países não incluídos nele.
No dia seguinte, em um comunicado divulgado no site do Ministério das Relações Exteriores da China, no domingo (dia 14 de outubro), Wang chamou a China e o México de “parceiros estratégicos globais” e observou que ambos apoiaram, entenderam e confiaram consistentemente um no outro nas principais questões.
Contudo, apesar desse dispositivo para excluir parcerias econômicas entre os membros do USMCA e terceiros dar força aos norte-americanos, o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, chamou a disposição no acordo com o México e o Canadá de uma “pílula venenosa” que poderia ser replicada.
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Imagem 1 “Zócalo, principal praça na Cidade do México” (Fonte):
Nos últimos anos, a abundância de petróleo e gás natural atraiu dezenas de empresas de energia para a região de Eagle Ford, no sul do Texas, o segundo maior sistema petrolífero dos EUA, à medida…
A Organização Mundial do Comércio (OMC) é responsável por regularizar e supervisionar o comércio internacional de seus países membros*. Dessa forma, é um órgão que também avalia a conduta de seus participantes, de acordo com as regras impostas, podendo julgar denúncias feitas e aplicar devidamente sanções aos transgressores.
Reunião do G7 ocorrida em junho deste ano (2018), onde houve a discussão sobre as tarifas impostas pelos EUA sobre o aço e o alumínio
Nesse sentido, a Federação Russa abriu um processo no âmbito da OMC contra os Estados Unidos (EUA). A principal alegação feita é que o Governo norte-americano aumentou as tarifas de importação do aço e do alumínio de uma maneira que viola os acordos do Órgão quanto às medidas protecionistas. De fato, em março deste ano (2018), os EUA anunciaram o aumento dos impostos da importação de produtos do aço, em 25%, e dos de alumínio em 10%, sob a justificativa de ser uma questão de segurança nacional. Tal medida foi efetivada no dia 1º de junho, afetando grandes fornecedores mundiais.
Essa conduta é mal vista pela OMC, sendo considerada ilegal pelo Acordo sobre Salvaguardas. Por esse Tratado, a salvaguarda só seria permitida em relação a um único produto e com a condição de que seja provado que a mercadoria é importada em grande quantidade pelo país, prejudicando a produção nacional. Mas não é apenas a Federação Russa que encara as ações do governo norte-americano como ilegais, muitas outras nações já tentaram negociar com o país dentro da OMC e em outras conversas multilaterais, como na reunião do G7, realizada em junho deste ano (2018).
Assim, a China, a Rússia, o Japão, a Índia, a Turquia e a União Europeia apoiam a acusação de protecionismo aplicado pelos EUA e já ameaçaram retaliação. No caso do Governo russo, este tinha a intenção de aplicar medidas de represália que fariam os americanos perderam em torno de 538 milhões de dólares, montante que representa exatamente o tanto que a própria Rússia vem perdendo com essas restrições. A situação segue bastante crítica e não se sabe até que ponto a administração Trump está disposta a negociar, visto que várias tentativas já foram realizadas por outras tantas nações em outros fóruns internacionais.
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Nota:
* No total, 156 países são membros da OMC.
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Imagem 1 “Logo oficial da Organização Mundial do Comércio” (Fonte):
Imagem 2 “Reunião do G7 ocorrida em junho deste ano (2018), onde houve a discussão sobre as tarifas impostas pelos EUA sobre o aço e o alumínio” (Fonte):
Após meses de tensão nas relações bilaterais entre Estados Unidos (EUA) e China, o presidente norte-americano Donald Trump cumpriu com uma de suas principais promessas de campanha: o endurecimento da posição do país no comércio com a China. Inicialmente, os EUA impuseram tarifas de 25% sobre a importação do aço e 10% sobre a importação do alumínio. A China respondeu mediante a imposição de tarifas para a importação de alumínio, carne de porco, frutas e outros bens provenientes dos EUA.
Gráfico demonstrando o comércio entre China e Estados Unidos
No segundo round da disputa, os norte-americanos impuseram tarifas de 25% sobre a importação de 11.102 produtos chineses do gênero de máquinas e diversos bens intermediários, totalizando uma perda de US$ 46.3 bilhões no comércio bilateral. Por sua vez, a China respondeu taxando os alimentos e produtos agrícolas oriundos dos EUA, ocasionando uma perda estimada de US$ 50 bilhões para a economia norte-americana. Estas medidas serão implementadas oficialmente no dia 6 de julho (2018).
Os consumidores de ambos os países serão os principais prejudicados por estes movimentos. Visto que a economia mundial está organizada através de cadeias globais, nas quais os produtos passam por diferentes etapas de processamento através de várias fronteiras nacionais, a elevação de tarifas poderá promover distorções de comércio que produzam prejuízos sistêmicos. Adicionalmente, estimativas apontam que mais de 312.000 empregos poderão ser negativamente afetados na economia doméstica dos EUA.
Território da China sobreposto sobre o mapa mundi
Somando esta difícil conjuntura à possibilidade de elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos, produz-se um sinal de alerta para os países em desenvolvimento. O aumento das taxas de juros nas economias desenvolvidas tende a provocar a fuga de investimentos em economias emergentes. A escalada de medidas protecionistas recíprocas entre as duas maiores economias do mundo tende, nesse sentido, a provocar perdas para o conjunto da economia global.
Recentemente, o presidente Donald Trump anunciou tarifas adicionais totalizando um valor de US$ 200 bilhões, além de restrições à entrada de investimentos chineses. As restrições aos investimentos, que provavelmente serão impostas pelos EUA à aquisição de empresas de tecnologia do seu país, serão o golpe mais significativo realizado na disputa comercial até o momento. As disputas comerciais poderão afetar negativamente a atuação internacional das empresas destes setores. O contexto mais amplo do conflito (geo)econômico e geopolítico entre os dois gigantes reside no controle e desenvolvimento de tecnologias como a inteligência artificial e a robótica avançada.
Por fim, a China anunciou a redução de tarifas sobre a importação de 8.549 produtos oriundos da Índia, Coréia do Sul, Bangladesh, Laos e Sri Lanka. A lista inclui produtos químicos, commodities agrícolas, medicamentos, roupas e vestuário, além de aço e alumínio. O movimento estratégico serve como uma medida que atua indiretamente contra a competitividade dos produtos norte-americanos, simultaneamente promovendo o adensamento do comércio regional.
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Imagem 1 “Encontro entre os mandatários da China e dos Estados Unidos” (Fonte):
De acordo com o Jornal El País, o porta-voz da montadora General Motors anunciou na última quinta-feira (dia 21 de junho) que voltará a vender o modelo Blazer da marca Chevrolet, dado o aumento da…