Há décadas que a Ucrânia debate a regulamentação de seu mercado de terras. Grupos antagônicos divergem sobre vantagens e desvantagens da formulação de uma legislação do setor. O fato é que essa reforma é necessária…
A
inauguração do gasoduto “Poder da Sibéria” foi um marco nas relações bilaterais entre Rússia e China, em tempos
de sanções do ocidente contra ambos os países. Em uma empreitada de cooperação
sem precedentes, Moscou e Pequim consolidam sua posição de parceiros comerciais,
assumida em 2014, com a crise da Crimeia. Conforme reportado pelo Sputnik, o comércio Sino-Russo atingiu, em 2019, a
marca dos 110 bilhões de dólares
(aproximadamente,446,6 bilhões de reais)*, representando um crescimento de
3,1%, com base no mesmo período do ano passado (nomeadamente, de janeiro a
novembro de 2018).
O Primeiro-Ministro russo, Dmitry
Medvedev, anunciou a ambição
do Kremlin de dobrar o comércio entre Federação Russa e China até 2024, o
que acarretaria um faturamento de 200 bilhões de dólares (em torno de 812
bilhões de reais)* em negócios mútuos. As áreas de foco da cooperação seriam a agricultura
(principalmente a soja), por intermédio da remoção de barreiras tarifárias; a
indústria de alta tecnologia e, é claro, o setor energético.
Reunião do presidente Vladimir Putin com o presidente Xi Jinping, Novembro de 2019
Os líderes da China prometeram
fomentar o crescimento econômico em 2020, diante da guerra tarifária com os
Estados Unidos, e reduzir a pobreza e a poluição. Segundo uma declaração da
mídia estatal chinesa na sexta-feira (13 de dezembro de 2019), os líderes do
Partido Comunista Chinês se comprometeram
a promover o desenvolvimento nacional baseado na tecnologia e na competição,
por meio de uma maior abertura da parte da economia que ainda é dominada pelo
Estado, informa
o jornal South China Morning Post.
A Reunião Anual de Trabalho Econômico,
que terminou na quinta-feira (12 de dezembro de 2019), estabelece as metas do
governo para o ano que vem (2020). A reunião “enviou um forte sinal de que a estabilidade é a primeira prioridade”,
afirmou
a empresa americana do ramo de serviços financeiros, Citigroup, em um
relatório. Mas, destacou
que “alguns dos elementos que afetaram a desaceleração da China em 2019
continuarão a moldar a economia do próximo ano”.
Os governantes chineses estão em meio a
uma campanha de orientar o país em direção a um crescimento
mais sustentável, embora mais lento, com base no consumo doméstico, em vez
de comércio e investimento. Seus planos foram desafiados pela guerra comercial
com os Estados Unidos e por uma queda inesperadamente
acentuada na demanda dos consumidores. No terceiro trimestre de 2019, o
crescimento econômico caiu
para uma das menores taxas nas últimas décadas, em torno de 6% ao ano, em
relação ao mesmo período de 2018.
Fábrica às margens do Rio Yangtzé, na China
Pequim prometeu
combater “três grandes batalhas”:
contra a pobreza, a poluição e o risco financeiro. Segundo
o governo, “o Partido Comunista
garantiria crescimento razoável na economia e o crescimento estável do comércio”.
Não houve menção direta à guerra comercial com Washington, mas afirmou-se
que o país enfrenta “crescentes riscos e desafios em casa e no exterior”.
A China tentou manter
o crescimento econômico por meio do afrouxamento dos regulamentos sobre
empréstimos bancários e da injeção de dinheiro na economia por intermédio do
aumento do investimento em obras públicas. Mas, a liderança governamental deseja
evitar o aumento da dívida e declarou
que prefere contar com reformas estruturais a gastar com estímulos econômicos.
As tarifas comerciais dos Estados Unidos atingiram
os exportadores chineses, que, por sua vez, responderam
aumentando as vendas para outros mercados, deixando o país com poucas perdas no
comércio global no ano de 2019.
Percorrendo incríveis 8.111 quilômetros de extensão (3.000 km na Rússia, e 5.111 km na China) e com capacidade de exportação de 38 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, Vladimir Putin e Xi Jinping…
No mês de novembro de 2019, o preço do
barril de petróleo Brent* demonstrou uma acentuada volatilidade no mercado
mundial, com picos que chegaram aos 5,64% na alta (US$ 64,05 p/ barril**) e
5,15% na baixa, fechando o período com o valor do barril em torno de US$ 60,75***.
É evidente que um ativo financeiro como o petróleo seja submetido a oscilações
de preço e, como é de conhecimento geral, nesse ativo existem fortes
correlações com investimentos de âmbito internacional, levando a uma flutuação
de preços de forma direta ou indireta.
Preço barril de petróleo Brent – Novembro 2019
Fatores como a produção, determinada pela
OPEP**** (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), certamente são
indicadores muito acompanhados pela maioria dos grandes investidores a nível
mundial, e isso determinará se o preço do barril irá subir ou descer.
Arábia Saudita e Rússia, que são os
maiores produtores de petróleo dentro e fora da OPEP, respectivamente,
assumiram em dezembro de 2018 a responsabilidade pela estabilidade do mercado
global de petróleo, elaborando acordos para a estruturação de mecanismos de
regulação de preços, e que, juntamente com os demais países participantes do
bloco, definiram os montantes que cada um deveria produzir para que o equilíbrio
fosse respeitado.
O pacto de redução da produção previa o
corte de 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em relação aos níveis de outubro de
2018, dos quais 800 mil barris seriam de responsabilidade de membros do cartel
(OPEP) e os 400 mil barris restantes seriam de responsabilidade de países
aliados (10 principais países exportadores não
pertencentes ao cartel, liderados pela Rússia). De acordo com o pacto
global, a Federação Russa (terceiro maior
produtor de petróleo do mundo e maior exportadora fora da OPEP) deveria
controlar seus níveis de produção em torno dos 11,17 milhões de bpd, o que,
atualmente, transcorre em torno dos 11,23 milhões bpd (produção de outubro de
2019), ultrapassando o acordo firmado em 60 mil bpd.
Sede da OPEP em Viena, Áustria
O presidente russo Vladimir Putin declarou
que tem um “objetivo comum” com a
OPEP em manter o mercado de petróleo equilibrado e previsível, mas, certamente,
deverá rever seu excedente produtivo quando se reunir com o grupo e seus
aliados, em 5 de dezembro, em Viena, capital da Áustria, onde o grupo terá que
decidir se deve ou não aprofundar seus atuais cortes de produção para manter o
mercado equilibrado diante do que se espera ser mais um ano lento de
crescimento da demanda.
Apesar das restrições produtivas, a
Rússia tem uma vantagem financeira sobre a Arábia Saudita, pois, pela primeira
vez em oito anos, o estoque total de dinheiro, ouro e
outros títulos do Banco daRússia,
está prestes a superar as reservas da Arábia Saudita,
destacando a vantagem do Kremlin nas negociações entre grandes produtores de
petróleo sobre o volume de corte da produção.
Enquanto a Arábia Saudita tem drenado
suas reservas para cobrir gastos sociais em meio aos baixos preços do petróleo,
a Rússia reforçou seu orçamento e está gerando superávits em meio a temores de
novas sanções. Como a Rússia tem cada vez
mais poder de decisão nas discussões com a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo, a vantagem financeira é o mais recente sinal da
mudança da sorte entre grandes produtores.
A mudança do equilíbrio
de poder no mundo do petróleo começa a ficar evidente em um novo indicador: as
reservas de Bancos Centrais.
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Nota:
* O petróleo Brent foi batizado assim porque era extraído de uma base da
Shell com o mesmo nome. Atualmente a palavra Brent designa todo o petróleo
extraído no Mar do Norte e comercializado na Bolsa de Londres. A cotação Brent
é referência para os mercados europeu e asiático.
** Aproximadamente, 271,28 reais, conforme a cotação de 29 de novembro de
2019.
*** Em torno de 257,3 reais, também de acordo com a cotação de 29 de
novembro de 2019.
**** Criada em 14 de setembro de 1960, a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma organização intergovernamental, que tem
como objetivo a centralização da elaboração das políticas sobre produção e
venda do petróleo dos países integrantes (Angola, Argélia, Arábia Saudita,
Catar, Emirados Árabes Unidos, Equador, Gabão, Indonésia, Iraque, Irã, Kuwait,
Líbia, Nigéria e Venezuela).
Além disso, a
delegação da Colômbia visitou a Província de Hoa Binh para conhecer o
modelo de homestay em alojamento
rural, em que o turista desfruta da experiência de convivência com a cultura
local. Esse tipo de iniciativa tem forte apelo turístico, inclusive um projeto
similar equatoriano mereceu destaque em publicação conjunta da Organização
do Estados Americanos (OEA) e Organização Mundial do Turismo (UNWTO, em
inglês), e foi objeto de artigo no Ceiri News.
De acordo com dados do Relatório
Barômetro da UNWTO, o Vietnam recebeu 19,9 milhões de turistas em 2018
(29,1% da recepção mundial) enquanto a Colômbia foi visitada por 6,6 milhões. A
visita da Colômbia se deu como parte das
atividades previstas em Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês)
assinado entre os dois Estados, cuja primeira ação foi a visita de vietnamitas
aos cafezais colombianos em 2018. As autoridades esperam que o intercâmbio
permita o aperfeiçoamento das práticas em ambos os países.
Gana fechou um acordo de 2 bilhões de dólares (aproximadamente 8,3 bilhões de reais, segundo a cotação de 22 de novembro de 2019) com a China, no qual, o país asiático construirá estradas e pontes em troca…
Podem participar do
concurso pessoas maiores de idade, nacionais de qualquer país membro da ALADI.
Os vídeos devem ter, no máximo, 30 minutos, e terem sido produzidos entre 1º de
janeiro de 2018 e julho de 2019, nos formatos .mov, .avi ou .mp4. Estas e outras informações
complementares podem ser vistas no Edital
divulgado no site da Associação.
A primeira
edição do Concurso de Curtas-Metragens ocorreu em 2015, com inscrições
também no mês de novembro daquele ano. Participaram mais de 250 filmes e a
cerimônia de premiação se deu por ocasião do 34º Festival Cinematográfico
Internacional do Uruguai, em abril de 2016. A entrega dos prêmios – 3º para o
Brasil, 2º Argentina e 1º México – podem ser vistas em vídeo no YouTube, no canal da ALADI.
Loja da Mothercare na Rússia – operações ainda continuam lucrativas no exterior
A Mothercare é mais um nome tradicional
que se vê obrigado a fechar as portas, causando a perda de milhares de empregos
e mudando
a paisagem das High Street*
britânicas. Um
artigo recente do jornal The Guardian listou empresas como a Bonmarché
(venda de roupas), Bathstore (acessórios para banheiros) e a Debenham’s (loja
de departamentos) entre as que estão atualmente em processo de falência, ou
reorganização administrativa. O fechamento destas três pode afetar quase 30.000
postos de trabalho.
Agência da Thomas Cook, em Sutton, Londres, entrou em falência após 178 anos de operação
O Brexit tem certa influência sobre essa
crise. O referendo de 2016 trouxe uma queda no valor da Libra Esterlina, que,
somado às indefinições políticas em relação ao desfecho da saída da União
Europeia, resultaram emum ambiente de incerteza ao Comércio. Mas
estes não são os únicos fatores.
Comparação entre vendas online e vendas físicas (store) no Reino Unido entre 2008 e 2017. O Comércio online apresenta crescimento constante, enquanto as vendas nas lojas físicas sofrem estagnação
* As
“High-Streets” são as ruas
principais dos bairros e cidades no Reino Unido, onde geralmente se concentra o
comércio local. A palavra “high–street” também é utilizada como
sinônimo para o termo “comércio popular”.
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Fontes das
Imagens:
Imagem 1 “Loja da rede Bon Marché no bairro de Sutton,
Londres, anuncia fechamento”
(Fonte):
O Governo do Equador declarou que pretende investir na melhoria de qualidade do café equatoriano para posicioná-lo como produto premium no mercado internacional. A declaração foi feita por Iván Otaneda, titular do Ministério de Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca…