Uma nova espécie híbrida de soja pode ajudar a China a arcar com os custos mais altos de sua importação durante a guerra comercial com os Estados Unidos, informa o jornal South China Morning Post….
Em termos conceituais, a Economia Azul se refere às atividades econômicas que se utilizam do mar como principal recurso, aliado a princípios de sustentabilidade, políticas de gestão consciente de recursos naturais e desenvolvimento econômico-social. A insularidade cabo-verdiana posiciona o país dentro das dinâmicas da Economia Azul como um possível vetor da iniciativa para além do continente.
Como evidenciou o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, em ocasião da 74a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorreu em setembro de 2019, há grande potencial no posicionamento geográfico de Cabo Verde. Complementarmente, ele ressaltou a necessidade de investimentos para impulsionar as capacidades do arquipélago para a geração de energias limpas, turismo e outros setores ligados ao oceano.
Nesse contexto observa-se o estreitamento das relações de Cabo Verde com a península chinesa da Região Administrativa Especial de Macau. Esse foi o pano de fundo da Conferência Plataforma Azul, também realizada em setembro (2019), na cidade de Gaia, em Portugal. O evento, que contou com representações do meio acadêmico e delegações de cidades dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e de Macau, teve como objetivo o desenvolvimento de uma rede sub-regional de apropriação do mar em uma perspectiva ecológica.
Mapa de Macau
Tal iniciativa de aproximação chinesa com os Estados Insulares da lusofonia africana se deve ao desenvolvimento da “Grande Baía Guangdong – Hong Kong – Macau”, ao estabelecimento de conexões além-mar, e ao fortalecimento da ligação cultural e histórica entre as ex-colônias portuguesas.
O turismo, como uma das vertentes da Economia Azul, também é uma pauta contemplada nas relações entre Cabo Verde e China, tanto que se busca a captação de investimentos privados neste setor. Como exemplo, pode-se citar a recepção do Grupo Macau Legend, que anunciou a construção de um complexo de hotel e cassino no ilhéu Santa Maria, com um investimento de 90 milhões de euros (cerca de 409,9 milhões de reais, de acordo com a cotação de 1o de outubro de 2019), cuja conclusão é prevista para o ano de 2020.
Pesca artesanal
Na esfera governamental será divulgado em novembro de 2019 o Plano para a Economia Azul. Desenvolvido pelo Comitê de Pilotagem para Economia Azul, o documento fundamentará os futuros projetos infraestruturais e novos empreendimentos externos, seguindo as diretrizes de preservação do meio ambiente. Além da preservação da saúde dos mares, a preocupação com as populações costeiras torna-se relevante, tendo em vista a maior vulnerabilidade e dependência das questões ambientais. Nesse sentido, para uma plena execução dos princípios basilares da Economia Azul, a integração das populações tradicionais se faz fundamental para a promoção do desenvolvimento social e econômico.
Durante os dois dias do evento foram
realizados painéis e conferências para ampliar a consciência do que
representa a economia laranja como vantagem competitiva para
empresas, instituições e empresários, facilitando a transição para um modelo
econômico. Os
temas abordados foram: Economia Laranja; Propriedade Intelectual; Educação
para fomentar o talento e a criatividade; Cinema, Televisão e Animação; Cultura
e Arte como geradores de riqueza; Desenho e Economia Digital; Inteligência
Artificial e Redes Sociais; Políticas Públicas para a Criatividade e Inovação.
Cidade de Medellín
Um dos objetivos da Cúpula
é formar uma rede de influenciadores e disseminadores denominados Embaixadores
da Economia Laranja. Para tanto, o Governo Nacional da Colômbia, juntamente com
a Prefeitura de Medellín e a Fundação Advanced Leadership abriram
vagas para a capacitação de 300 líderes do ecossistema criativo do país.
Depois de treinados, os Embaixadores estarão incumbidos de realizar 10 conferências
ou diálogos em suas regiões, para atingir, em até 12 meses, o total de 3.000
eventos com cerca de 120 mil participantes.
A Corte Constitucional (CC) do Equador negou, em 17 de setembro de 2019, dois pedidos distintos de consulta popular sobre a atividade de mineração. Um pedido havia sido encaminhado por Yaku Perez, Prefeito Provincial de…
O comércio de mercadorias é um dos
principais pontos de contato dos Estados, pois favorece o diálogo político, o
fluxo econômico e a própria sociedade, que lucra com os benefícios. Diante das
oportunidades futuras, os letões esperam poder fazer uso da linha de trem de
alta velocidade, a Rail Báltica, para intensificar sua logística e atrair o
comércio exterior russo.
A Rail Báltica possui previsão inicial de
construção em 2021 e conta com um planejamento de 870 Km de extensão. O
transporte de passageiros e de carga fará a conexão entre a Estônia, Letônia, e
Lituânia com uma possível ligação diária, respectivamente para as capitais
Varsóvia, na Polônia, e Berlim, na Alemanha.
A Letônia busca reduzir os custos
operacionais de cargas que tenham como origem a Federação Russa e, mediante
essa questão, realiza projetos de eletrificação de sua rede ferroviária,
justamente com o propósito de facilitar o comércio entre ambos os países. Esse
estímulo poderia contribuir para melhorar as relações dos Estados bálticos com
a Federação Russa, visto que as mesmas possuem tendência a tensões, acarretadas
esporadicamente por fatores políticos.
Embaixador letão na Federação Russa, Maris Riekstins
Nessa perspectiva, o
jornal The Baltic Times trouxe a declaração do embaixador da Letônia na Federação
Russa, Maris Riekstins, sobre o caso, o qual afirmou: “O projeto da linha ferroviária europeia
de alta velocidade do Báltico para ligar Tallinn, Lituânia, Polônia e Alemanha
é um grande projeto que acho interessante para os empresários russos. Haverá um
ponto perto de Riga, onde acreditamos que poderíamos pegar uma parte do fluxo
de carga vindo da Rússia e colocá-lo na linha férrea; caso contrário, uma parte
das mercadorias transportadas da Rússia poderia ser redirecionada para o
aeroporto de Riga e transportada por via aérea. Haverá oportunidades
interessantes no futuro”.
Os analistas compreendem
que a cooperação comercial internacional é fundamental para o exercício de
relações amigáveis entre as nações, pois, além das vantagens econômicas, existe
o fator humano, o qual amplia a valorização das identidades. A manutenção do
diálogo facilita a confiança e evita possíveis mal-entendidos e proporciona à
Letônia e à Federação Russa, assim como a todos os países bálticos, um meio de
transposição de quaisquer diferenças negativas do presente ou do futuro.
Como comemoração de 70 anos da abertura de seu escritório brasileiro, a Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas
realizou, em parceria com o Instituto de Economia da Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), o evento
de lançamento de seu novo livro denominado “Alternativas para o desenvolvimento brasileiro: novos horizontes para a
mudança estrutural com igualdade”.
Assim, o título organizado por Marcos
Vinicius Chiliatto Leite, Oficial de Assuntos Econômicos, busca impulsionar
o debate sobre alternativas de desenvolvimento para o Brasil, articulando uma
mudança estrutural com igualdade. Além disso, tem como objetivo reunir “jovens estruturalistas” e suas propostas
a fim de se delinear um caminho para a compreensão dos desafios brasileiros em
meio ao contexto de grandes transformações na economia internacional e das
incertezas oriundas da crise doméstica.
O novo livro teve o apoio da Friedrich-Ebert-Stiftung (FES) e da Young Scholars Initiative do Institute for New Economic Thinking. Foto: CEPAL
Perpassam pelas sete décadas de atividades da CEPAL no Brasil os
seguintes temas: a industrialização para a América Latina (1949-1959); reformas
(tributária, financeira, agrária, administrativa etc.) para irromper o processo
de industrialização na década de 60; a reorientação dos estilos de
desenvolvimento para a homogeneização social e diversificação das exportações
nos anos 70; a transformação produtiva com equidade nos anos 1990 e 2000; e o
“imperativo da igualdade” que permeia o debate atual como princípio da mudança
estrutural.
Portanto, deve-se destacar que o pilar que sustenta os argumentos
apresentados ao longo dos capítulos que compõem a obra trata-se do entendimento
da condição periférica da América Latina.
Dessa maneira, salienta-se que o estruturalismo identifica a existência
de um mundo assimétrico, com concentração de renda em escala mundial em alguns
poucos países que detêm o progresso técnico e, por consequência, a
especialização da periferia em produtos primários de baixo valor agregado. A
publicação está disponível para download gratuito neste link.
Ministros de Minas e Energia do continente africano e delegações do setor privado reuniram-se na Austrália para a Conferência Africa Down Under Conference, realizada na primeira semana de setembro de 2019. A iniciativa, criada no…
A Agência
ProColombia visitou o Peru e o Chile, de 2 a 6 de setembro de 2019, com objetivo
de atrair investimentos. O giro pelas cidades de Lima e Santiago, que foi
comandado por esta agência de promoção de exportações, turismo, investimentos
estrangeiros e gestão de marca país, incluiu outras instituições colombianas.
Acompanhando
a ProColombia estiveram quatro agências regionais de investimentos (Armenia, Barranquilla, Manizales
e Pereira) e quatro Zonas Francas, a saber: Barranquilla, Bogotá, La Cayena e
Pacífico. A
estratégia visa destacar o potencial de cada região e atrair investidores
que contribuam para a inserção de empresas locais nas cadeias de valor global.
Algumas
das vantagens destacadas foram a localização privilegiada de Barranquilla,
que facilita alcançar o resto do país, bem como a América Central e o Caribe.
Manizales oferece apoio institucional, mão-de-obra qualificada e custo
competitivo. Os pontos fortes de Armenia é a baixa carga tributária e
facilidades de abrir empresas. Pereira apresenta uma boa estrutura logística
como atrativo.
O Presidente da China, Xi Jinping, declarou
que manterá sua promessa de abrir a economia chinesa, na ocasião de seu
encontro com a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Xi apontou
que a China e a Alemanha precisam intensificar sua cooperação estratégica “mais do que nunca”para
garantir que seus povos tenham acesso a uma maior parcela dos benefícios dessa
relação, informa
o jornal South China Morning Post.
O Presidente afirmou
que o mercado chinês se desenvolverá ainda mais e indicou:
“A abertura se estenderá do setor
manufatureiro para os setores financeiro e de serviços. Isso trará maiores
oportunidades para a Alemanha e para todos os outros países do mundo”.Merkel,
que está visitando oficialmente Pequim pela décima-segunda vez, declarou
que a disputa comercial prolongada entre a China e os Estados Unidos “afeta a todos no mundo”, apontando
que é preciso chegar a uma solução.
A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o Presidente da China, Xi Jinping, durante o encontro do Grupo dos 20 (G20) em Hamburgo, na Alemanha (2017)
Xi observou
que a China e a Alemanha devem explorar áreas tecnológicas de forma conjunta,
como veículos elétricos, manufatura inteligente, inteligência artificial,
digitalização e redes de comunicação 5G. Ele também elogiou
a participação de empresas alemãs no Plano do Cinturão Econômico do Rio
Yangtzé, um dos principais projetos de Xi para o alcance de um desenvolvimento
econômico mais sustentável para a China.
Merkel, que estava acompanhada de uma
delegação comercial, também encontrou o primeiro-ministro Li Keqiang, em
Pequim, na sexta-feira (6 de setembro de 2019). A Chanceler afirmou
para Li que a Alemanha está aberta para o investimento chinês, mas indicou
que o governo alemão deseja manter escrutínio sobre setores estratégicos e de
segurança. Li também prometeu
abrir ainda mais a economia da China e disse
que ele espera
que os alemães abrandem as regras de exportação. Merkel também visitou a cidade
de Wuhan no sábado (7 de setembro de 2019).
A China tem figurado como a
maior parceira comercial da Alemanha nos últimos três anos, e o comércio
entre ambas alcançou
a cifra de 183,9 bilhões de dólares em 2018 (aproximadamente 748,4 bilhões de
reais, de acordo com a cotação de 6 de setembro de 2019). Pela primeira vez em sete meses, o comércio
entre os dois países aumentou
2,4% comparado ao mesmo período do ano passado (2018), atingindo
os 107 bilhões de dólares (aproximadamente 435, 4 bilhões de reais, ainda de
acordo com a cotação de 6 de setembro de 2019).
Nas últimas semanas a União Europeia (UE) e o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) chegaram a um consenso e decidiram pela realização de um Acordo de Livre Comércio. A notícia trouxe ânimo nos mercados de…