Os protestos organizados pela oposição ao governo do presidente Mnangagwa, corridos no dia 16 de agosto de 2019, foram suspensos na cidade de Harare, no Zimbabwe. O Movimento para a Mudança Democrática (MDC)* comunicou a…
Durante os três dias que duraram a
Cúpula, artistas dos cinco continentes se apresentaram “desarmando
guerras, por um pacto de ternura pela Mãe Terra”. Estiveram presentes a
pintura, a música, a dança, a escultura, o teatro, a literatura e a poesia. Uma
matéria da Televisión
del Sur (TeleSUR) apresenta um resumo do que foi programado para o
espetáculo multicultural.
Ricardo
Taco, organizador do evento, declarou que não esperam que os Exércitos deponham
suas armas, mas acredita que a sociedade unidade mundialmente pode dar um basta
à violência e, assim, proteger da guerra as gerações, atual e futuras.
Os Ministros de Negócios Estrangeiros da
China, do Japão e da Coreia do Sul terminaram o seu encontro na quinta-feira
(22 de agosto de 2019), com a promessa de trabalhar em direção à maior
cooperação econômica entre seus países. Na ocasião, o Primeiro-Ministro chinês,
Wang Yi, encontrou-se com seus congêneres do Japão e da Coreia do Sul, respectivamente,
Taro Kono e Kan Kyung-wha, no Grande Hall do Povo, em Pequim, informa o jornal
South China Morning Post.
O Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang, pediu que Tóquio e Seul apoiem a promoção do multilateralismo. Li indicou: “A cooperação entre a China, a Coreia do Sul e o Japão é uma importante salvaguarda e catalisador para a região e para o mundo. Nós devemos defender a paz regional e a estabilidade, o sistema multilateral de comércio e os princípios do livre-comércio”. Além disso, reiterou que um Acordo de Livre-Comércio garantiria uma competição mais justa e que a China deveria exercer um papel importante na promoção da cooperação entre os três países e o Leste da Ásia.
Primeiro-Ministro da China, Li Keqiang
Wei Jianguo, ex-Vice-Ministro de Comércio
da China, afirmou
que um acordo trilateral forneceria uma plataforma para que o Japão e a Coreia
do Sul resolvam sua atual disputa
comercial, que possui raízes na história colonial japonesa. Tóquio declara
que já cumpriu suas obrigações em um Tratado de 1965, mas um Tribunal
sul-coreano decidiu
que as empresas japonesas devem compensar as vítimas de trabalho escravo
durante a Segunda Guerra Mundial.
Li Keqiang também fez
referência às preocupações de Pequim em relação à possibilidade da instalação
de mísseis estadunidenses de alcance intermediário em países vizinhos e
solicitou que Seul e Tóquio pensem cuidadosamente caso recebam alguma proposta
de Washington. O governo chinês alertou
que a presença de mísseis americanos na Coreia do Sul e no Japão pode
comprometer as suas relações.
De acordo com a agência Bloomberg*, a Federação Russa está prestes a se colocar na quarta posição global entre os maiores detentores de moeda, ouro e outros títulos, devido a um constante processo de limitações…
Na última quarta-feira, 14 de agosto de
2019, a Comissão Econômica para América Latina e Caribe lançou em Santiago
(Chile) seu relatório anual sobre Investimento Estrangeiro Direto
na região. No documento, há uma análise sobre a evolução das entradas
desse tipo de investimento, bem como sobre a contribuição desses fluxos para os
processos de desenvolvimento produtivo.
Com base nas informações do
estudo, o
discurso da Secretária-Executiva – Alicia Bárcena (CEPAL), sinaliza que “ao analisar os diferentes componentes do
IED, observa-se que a recuperação do dinamismo em 2018 não se baseou na entrada
de aumentos de capital, que seria a fonte mais representativa do interesse
renovado das empresas para se estabelecerem nos países da região, mas no
crescimento do reinvestimento dos lucros e dos empréstimos entre empresas”.
Em linhas gerais, 16 países
apresentaram aumento das entradas em comparação com 2017 e, em 15 países,
ocorreu o oposto. A maior parte do crescimento em 2018 é explicada pela
ingestão estrangeira de recursos na economia do Brasil (88,3 bilhões de
dólares, em torno de 357 bilhões de reais, 48% do total regional) e do México
(36,9 bilhões de dólares, aproximadamente, 149 bilhões de reais, 20% do total).
Relatório da CEPAL avalia oscilações do investimento estrangeiro direto na América Latina e Caribe – Foto: PEXELS
Sobre a situação apresentada na América
Central, houve saldo positivo de 9,4% em relação a 2017 devido ao impulso do
Panamá. No Caribe, as entradas diminuíram 11,4%, devido aos menores
investimentos na República Dominicana (-29%), o principal receptor nessa
sub-região.
Em se tratando dos setores que captaram
estes recursos, 47% das entradas de IED direcionaram-se para a indústria
manufatureira, 35% para serviços e 17% para recursos naturais. Assim, os
principais investidores são oriundos da Europa (que tem uma maior presença no
Cone Sul) e Estados Unidos (principal investidor no México e na América
Central).
Por fim, a atuação de países asiáticos, a
China, por sua vez, perdeu participação em fusões e aquisições na América
Latina e no Caribe. No mesmo período, a República da Coreia destacou-se com a
modalidade de novos projetos de investimento (greenfield) e tem apoiado o
desenvolvimento de manufaturas de alto valor agregado na região, especialmente
na indústria automobilística do México e do Brasil.
Para maiores informações o texto pode ser
lido na íntegra neste link
(em espanhol).
As exportações chilenas para os Estados
Unidos e para a China tiveram redução de 11% no primeiro semestre de 2019 em
comparação ao mesmo período de 2018. Os dados são do Ministério de Relaciones
Exteriores do Chile (Minrel) e foram veiculados pelo periódico chileno La
Tercera, que considera ser a guerra
comercial EUA x China um dos fatores causais.
Embora a queda nas exportações para
países parceiros tenha também sofrido queda (6,9 %) de janeiro a junho de 2019,
o percentual de redução foi maior (11%) especificamente para a China e para os
Estados Unidos. Segundo o La
Tercera, o Subsecretário de Relações Econômicas e Internacionais do
Chile, Rodrigo Yánez, esclareceu que a
diminuição de envios da China aos EUA causou efeito cascata nas exportações
chilenas, porque estas são parte da cadeia produtiva chinesa.
Perante a disputa entre as duas
megapotências políticas e que são também gigantes do comércio internacional, o
Chile tem evitado fazer alinhamento e buscado uma postura pragmática. Essa
visão de relação comercial com as ambas as partes ficou evidenciada em
declaração dada pelo presidente Sebastían Piñera
em visita feita a Pequim, em abril de 2019.
Recentemente, em junho de 2019, o Minrel,
em conjunto com a agência de promoção de exportações do Chile, ProChile, lançaram
a primeira plataforma de e-commerce
transfronteiriço. Denominado de ChileB2B, o site tem como objetivo conectar
exportadores chilenos, sobretudo as MPEs, com importadores mundiais.
Diversificar a oferta, de modo inclusivo e ampliar o número de mercados
atingidos é a estratégia adotada.
As inovações tecnológicas e a descoberta de reservas em alto mar possibilitaram a extração de petróleo e gás em plataformas offshore. Tal mudança nas dinâmicas produtivas com relação aos hidrocarbonetos tornou-se uma das principais atividades…
A China concordou
comprar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos após diálogo comercial
considerado como “franco, eficiente
e construtivo”,realizado na quarta-feira (31 de julho de
2019), o primeiro entre os dois países, desde que as negociações foram
suspensas em maio de 2019. Enquanto o lado chinês não especificou quais
produtos comprará, afirmou
em nota que levará em conta sua demanda interna, após meio dia de negociações
em Xangai, na quarta-feira (31 de julho de 2019). Os representantes chineses
também disseram
que os Estados Unidos “criarão
condições favoráveis para as importações”, informa o jornal
South China Morning Post.
A Casa Branca, que classificou
o diálogo desta semana como “construtivo”,
declarou
na quarta-feira (31 de julho de 2019) que os negociadores chineses viajarão
para Washington para continuar as negociações “acerca de um acordo comercial exequível”, no início de
setembro de 2019.
A delegação estadunidense chegou
à China na terça-feira (30 de julho de 2019) para um jantar de trabalho e
as discussões oficiais ocorreram na manhã de quarta-feira e se estenderam até o
período da tarde. As negociações ocorreram entre o Representante Comercial dos
Estados Unidos, Robert Lighthizer, o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o
Vice-Primeiro-Ministro chinês, Liu He.
Plantação de soja no Estado de Ohio, nos Estados Unidos
O professor de Relações Internacionais da
Universidade de Pequim, Wang Yong, analisou o estado do diálogo realizado e explica:
“A China começou a comprar soja dos
Estados Unidos, o que pode ajudar [Donald] Trump a conter a pressão política
doméstica, enquanto as empresas de tecnologia americanas levantaram suas vozes
para fazer lobby junto ao governo estadunidense para que diminua o controle
sobre as exportações para [a empresa de tecnologia chinesa] Huawei”.
E completa:
“Os banqueiros de Wall Street
também esperam investir mais na China. Se ambos os lados não conseguirem chegar
a um acordo, eles vão perder o mercado chinês, o qual se espera que se abra
ainda mais nos próximos anos”.
Além de comprar mais produtos agrícolas,
Pequim pode prometer mudar algumas de suas regulamentações para facilitar a
operação de empresas estrangeiras no país, aponta
Pang Zhongying, especialista em Relações Internacionais da Universidade
Oceânica da China. Pang também indica
que “as questões difíceis que emperram o relacionamento comercial [entre
China e Estados Unidos] não serão superadas imediatamente”.
O ex-Vice-Ministro do Comércio, Wei
Jianguo, observa:
“Nós não podemos encarar as atuais
negociações entre China e Estados Unidos como aptas a resolver os problemas no
relacionamento, mas nós podemos ver como podemos usar esses diálogos para
construir confiança mútua e para acabar com a desconfiança entre os dois lados”.
Assim, podemos concluir que ainda há um
longo caminho para a conclusão da guerra comercial entre Washington e Pequim,
mas, diálogos como o que ocorreram nesta semana indicam que as negociações
estão avançando gradativamente e lançam as bases para a construção de um
relacionamento mais harmonioso entre as duas grandes potências comerciais do
planeta.
A Acron*, uma
das principais produtoras russas na área de fertilizantes minerais, entrou na
fase de finalização do acordo de compra da Unidade de Fertilizantes
Nitrogenados 3 (UFN3) da Petrobras (Petróleo Brasileiro S.A.), localizada no
município de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Este processo vinha se
desenrolando desde outubro de 2017, época em que foi anunciada a pretensão de
venda e teve a participação de seis empresas interessadas na aquisição da
unidade.
Com a
formalização da venda esperada para agosto (2019), haverá a retomada das obras
do complexo cujo cronograma havia sido paralisado desde dezembro de 2014, por
conta de bloqueio de bens a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o qual
constatou envolvimento de dois ex-presidentes da estatal brasileira em
pagamentos irregulares na construção da fábrica, onde, até o momento, 83% das
obras foram concluídas.
Os investimentos previstos pela Acron a
serem direcionados para a unidade totalizam cerca de R$ 8,2 bilhões, onde a
empresa russa vai investir R$ 5 bilhões na fábrica e pagar R$ 3,2 bilhões à
Petrobras pelas obras executadas. Em contrapartida, o conglomerado russo já
sinalizou, em reunião realizada com a Secretaria Estadual da Fazenda de MS, a
pretensão de receber os mesmos incentivos fiscais concedidos à estatal
brasileira, e ficaria isenta do pagamento de impostos estaduais, entre eles
estão a alíquota de 10% sobre Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) para aquisição de equipamentos e, também, 75% de redução no tributo para
as operações de saída de ureia da unidade fabril.
Fábrica de fertilizantes da Petrobras
A empresa russa juntamente com o Governo
do Estado estimam que o complexo vai gerar cerca de mil empregos diretos e aproximadamente
10 mil postos de trabalho indiretos quando suas atividades derem início em
2024, de acordo com programação, considerando que a planta de fertilizantes
nitrogenados tem capacidade
de produção de 761,2 mil toneladas/ano de amônia e 1,223 milhão de
toneladas/ano de ureia granulada. O complexo é composto por unidade de
geração de hidrogênio, unidade de produção de amônia, unidade de produção de
ureia, de granulação, utilidades, áreas de estocagem e expedição.
* A
Acron é uma das principais produtoras russas e mundiais de fertilizantes
minerais, com um portfólio diversificado de produtos compostos por
fertilizantes com múltiplos nutrientes, como NPK [Nitrogênio (N), Fósforo (P) e
Potássio (K)] e misturas a granel, bem como produtos diretos à base de
nitrogênio, como ureia [CO(NH2)2] e nitrato de amônio [NH4NO3]. O Grupo também
gera produtos de síntese orgânica, incluindo metanol, formaldeído e UFR, e
produtos de síntese inorgânicos, como nitrato de amônia de baixa densidade,
dióxido de carbono e carbonato de cálcio. O Acron Group opera em seis países e,
em 2017, vendeu seus produtos para 65 países, sendo os principais mercados de
vendas do grupo a Rússia, o Brasil, a Europa e os Estados Unidos. A empresa é
membro da Associação Internacional da Indústria de Fertilizantes, reunindo mais
de 450 produtores de 80 países. Em 2017, o volume de vendas da empresa russa
atingiu mais de 7,3 milhões de toneladas, com receitas consolidadas de US$ 1,6
bilhão (R$ 5,99 bilhões, pela cotação de 20/07/19 >> 1US$ = R$ 3,7457) e
EBITDA** de US$ 511 milhões (R$ 1,91 bilhão – cotação de 20/07/19 >> 1US$
= R$ 3,7457), de acordo com o International Financial Reporting Standards. A
Acron é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa
de Valores de Moscou e de Londres.
** EBTDA é a sigla em inglês para “Earnings
before interest, taxes, depreciation and amortization”, em português, “Lucros antes de juros, impostos,
depreciação e amortização” (LAJIDA)
Estima-se que os investimentos da China na rede de 5G ultrapassem os da América do Norte entre 2019 e 2023, à medida que a segunda maior economia do mundo vem substituindo o 4G para a…