Pequim prometeu aumentar o número de soldados que fornece para as missões de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU), já que o Exército de Libertação Popular (ELP) completa 30 anos de envolvimento…
A
sétima edição da Conferência Internacional de Tóquio sobre o
Desenvolvimento Africano é um projeto conjunto entre o governo do Japão e
Instituições Internacionais, como as Nações Unidas, Banco Mundial e União
Africana. Realizado entre os dias 28 e 30 de agosto deste ano (2019), na cidade
de Yokohama, o evento, que em suas edições antecedentes contou com mais de
4.500 participantes, caracteriza-se como um dos maiores fóruns internacionais
sediados no país.
Este
encontro multilateral, além de um veículo promotor da cooperação e beneficiação
das relações entre o continente africano e o Estado asiático, debruça-se em
três pontos focais de debate: a expansão da
Cooperação Internacional Tecnológica; o Incentivo ao setor empresarial e à
promoção da participação feminina; e o Intercâmbio e inclusão das novas
gerações.
Logo dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Todos
estes tópicos acima citados se relacionam com as metas delineadas pelas Nações
Unidas para a promoção do desenvolvimento. Para tanto, entre as ações propostas
pelo anfitrião do evento também pode-se identificar a utilização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como, por exemplo, o objetivo
11, Criação de Comunidades e Cidades Sustentáveis, que pode ser observado no
âmbito da cooperação tecnológica e nos projetos entre a empresa estatal de
tratamento de água com os Estados de Ruanda e Malaui, entre outros.
Logo do Fundo Africano de Desenvolvimento
Faz-se
relevante observar as relações nipo-africanas voltadas para o desenvolvimento. Para
tanto, o Japão encontra-se entre os países doadores do Fundo Africano de Desenvolvimento desde sua criação, em 1972. O
Fundo corresponde ao Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento e atua como um
mecanismo de concessão de crédito a juros convencionalmente mais baixos para
países em menor nível de desenvolvimento, visando mitigar os efeitos das
debilidades socioeconômicas. Apenas em
2018, a Agência de Cooperação Internacional do Japão concedeu um empréstimo de
73,601 bilhões de ienes para o Fundo (cerca de 2,87 bilhões de real, de acordo
com a cotação do dia 27 de agosto de 2019).
Além
das questões voltadas para a promoção do desenvolvimento estatal por meio de
investimentos privados, uma das agências coorganizadoras da Conferência, o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento
(PNUD), apresentará outros aspectos deste processo. Neste sentido, o foco no
fator humano estará incluso nas dinâmicas públicas e privadas de investimentos.
A coordenação de um processo multidimensional de desenvolvimento no âmbito da
Conferência acompanha igualmente o incentivo à Agenda 2063 da União Africana, pautada no crescimento
inclusivo das nações africanas, respeitando os Direitos Humanos em um regime de
boa governança democrática.
O Presidente da República da Índia, Ram
Nath Kovind, esteve em visita
oficial ao Estado Plurinacional da Bolívia de 28 a 29 de março de 2019,
quando se reuniu com seu homólogo Evo Morales e com empresários bolivianos. A
viagem histórica – nunca um Presidente da Índia havia visitado a Bolívia – teve
o objetivo de estreitamento de
laços comerciais e deixou as autoridades bolivianas bastante otimistas.
Em final de janeiro de 2019, Morales anunciou a visita de
Kovind e, em seguida, no início de fevereiro, Mariana Prado, Ministra do
Planejamento do país andino, reuniu-se
em La Paz* com Mandarapu Sabbarayudu, Embaixador da Índia, para uma ação
prévia de revisão dos acordos de cooperação entre os dois países. O
aprofundamento do intercâmbio era visto com bons olhos pelo Governo de La Paz, em razão da importância da Índia,
que, além de ser a 6ª maior economia do mundo, foi o parceiro com o qual a
Bolívia teve o maior superávit na balança comercial em 2018.
A agenda a ser cumprida em Santa
Cruz de La Sierra* previa a reunião dos Executivos indiano e boliviano para a
assinatura de acordos bilaterais referentes à cooperação e complementação
comercial, integração energética e integração acadêmica. Um dia antes (27 de
março) da chegada da comitiva oficial, um grupo de homens de negócios indianos chegou ao
país com interesse na importação de ouro boliviano e no último dia (29 de
março) foi realizada uma rodada de
negócios entre empresários das duas nações. Havia tanta expectativa e
entusiasmo que nos dois dias que duraram a visita (28 e 29 de março) foram
publicadas mais
de 25 notícias alusivas ao tema no site da Agência Boliviana de Información
(ABI).
Reunião da equipe de governo da Bolívia e comitiva da Índia
Segundo notícia da ABI de 29 de março, ao
final do encontro foram firmados oito acordos nas áreas de saúde, tecnologia,
mineração, transportes, cultura e relações diplomáticas, dentre outras. Na área de saúde foram acordados
créditos de 100 milhões de dólares (aproximadamente, 386,05 milhões de reais,
conforme a cotação do dia 5 de abril de 2019) para implantação de indústria de
medicamentos contra o câncer e dinamização da medicina alternativa homeopática;
e a transferência de tecnologia para melhoria de equipamentos e infraestrutura
hospitalar.
A nota menciona também
investimentos para impulsionar o trem
bioceânico, que une o Atlântico ao Pacífico; intercâmbio de conhecimentos e
especialização na área de TI de bolivianos na Índia, que possibilitará
inclusive a
fabricação de um satélite de prospecção de mineral; investimento de 13 bilhões de
dólares (em torno, 50,2 bilhões de reais, conforme a cotação do dia 5 de abril de
2019) no setor de hidrocarbonetos, a serem aplicados na construção de uma
planta de Gás Natural Liquefeito (GNL) e de um gasoduto até o porto de Ilo,
no Peru, para exportação do gás para
outros continentes, via Oceano Pacífico.
A Rodada de Negócios, da qual
participaram 26 empresas indianas e 62 bolivianas, gerou 290 reuniões e mais de
32 milhões de dólares em intenções de negócios em diversos setores (próximos de
123,54 milhões de reais, também de acordo com a mesma cotação). Foram
consideradas mais promissoras as áreas de mineração, comércio, agricultura,
pecuária e agroindústria, além do compromisso de promover cooperação econômica
e tecnológica. Kovind, antes de se
despedir, afirmou que a Bolívia era um potencial parceiro em razão dos
recursos naturais e que a distância geográfica já tinha sido superada pelos
meios digitais. Morales enfatizou
que seu país tem um grande futuro e manifestou sua esperança de que a aliança
entre os setores públicos e também os privados de ambas as nações seja benéfica
para o bem-estar dos respectivos povos.
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Nota:
* A
capital constitucional da Bolívia é Sucre; La Paz é a sede do governo e Santa
Cruz de la Sierra é a maior cidade e centro econômico e financeiro do país.
A cooperação técnica de Segurança Pública firmada entre a Agência de Brasileira de Cooperação (ABC) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), em parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo…
Ponte sobre o Rio Mekong, projeto do Corredor Econômico Leste-Oeste
Os pilares do novo plano de ação, segundo a declaração do Ministro das Relações Exteriores do Japão, Taro Kono, são: a conectividade “vibrante e eficiente”, focada em infraestrutura de qualidade; a conectividade focada em pessoas (“people-to-people connectivity”), abrangendo questões de saúde, educação e empoderamento feminino; e o desenvolvimento sustentável, atualizando o plano de ação de 2010 “A Decade Toward the Green Mekong”, principalmente no que tange recursos hídricos.
A nova estratégia visa dar continuidade em alguns aspectos da Estratégia Tóquio de 2015, cujo prazo vigorou até este ano de 2018. Dentre eles, está a Iniciativa de Conectividade Japão-Mekong, que promoveu o desenvolvimento de infraestruturas como o Corredor Econômico Leste-Oeste e o Corredor Econômico do Sul na versão anterior, e agora deve ganhar novo fôlego para os próximos três anos (2019-2021).
A cooperação entre estes países completará 10 anos em 2019, demonstrando um instrumento importante para o Japão se estabelecer como investidor na região também para infraestrutura, além da China, e ainda ser um espaço para vocalizar as preocupações japonesas na questão de segurança.
Na última sexta-feira, 24 de agosto, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) convocou a comunidade internacional a aumentar seu apoio para cerca de 900 mil refugiados apátridas da etnia rohingya, em Bangladesh, vindos de Mianmar. Desde agosto de 2017, mais de 720 mil refugiados apátridas fugindo da violência no Estado de Rakhine, em Mianmar, encontraram abrigo e segurança em território bangladeshiano. Lá, eles se juntaram aos aproximados 200 mil indivíduos da mesma etnia provenientes de ondas anteriores de deslocamento.
No campo de refugiados de Kutupalong, em Bangladesh, Hamida, de 22 anos e seu filho Mohammed, de 1 ano, esperam para receber ajuda alimentar junto com centenas de outros refugiados rohingya
Neste fluxo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou mulheres, crianças e idosos chegando com lesões, baixa cobertura de imunização, altas taxas de desnutrição, necessidade de cuidados de saúde reprodutiva e apoio psicossocial, e um risco de surtos de doenças mortais. Juntamente com o Ministério da Saúde e Bem-Estar Familiar do país receptor, a OMS coordenou os serviços de saúde de emergência prestados por quase 107 parceiros de saúde locais para garantir aos rohingyas o acesso aos serviços essenciais.
Apesar desses esforços, os desafios permanecem. O maior deles é a necessidade de ampliar ainda mais os serviços para atender às complexas, evolutivas e duradouras necessidades de saúde dessa população altamente vulnerável, em meio a um déficit de financiamento que também ameaça desfazer os ganhos e progressos realizados até agora.
Para tanto, o Plano de Resposta Conjunta (JRP, em inglês), lançado em março de 2018, pediu 950,8 milhões de dólares para o período de março a dezembro de 2018, mas em meados de agosto, pouco mais de 33% do valor foi arrecadado, prejudicando o atendimento básico.
Imagem 2 “No campo de refugiados de Kutupalong, em Bangladesh, Hamida, de 22 anos e seu filho Mohammed, de 1 ano, esperam para receber ajuda alimentar junto com centenas de outros refugiados rohingya” (Fonte):
Segundo nota da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), foi firmado no dia 6 de agosto de 2018 um acordo de cooperação técnica entre o Brasil e o Paquistão. O documento assinado entre o Embaixador do Paquistão no Brasil,…
O Diretor Geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO, sigla em inglês), o chinês Li Yong, realizou diversas reuniões de alto nível com funcionários de alto escalão do Governo da China para impulsionar ainda mais a cooperação entre a UNIDO e a potência asiática.
UNIDO em reunião com funcionários de alto escalão do Governo chinês
No âmbito do Quadro de Cooperação Estratégica da UNIDO-China 2018-2021 sobre a indústria verde, inovação e cooperação internacional, Li Yong, como Diretor Geral Organização, e o Ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wang Zhigang, assinaram um Memorando de Entendimento para fortalecer os trabalhos conjuntos em diversos setores. Também concordaram em identificar e implementar demonstrações técnicas na área de parques ecoindustriais e zonas de inovação, além de apoiar o desenvolvimento de capacidades nos países em desenvolvimento para ciência, tecnologia e inovação.
Yong também debaterá com Hu Xiaolian (Presidente do Banco de Importação e Exportação da China), com Xiong Meng (Vice-Presidente Executivo e Secretário Geral da Federação de Economia Industrial da China), além de outros parceiros, as oportunidades de cooperação relacionadas às atividades da UNIDO e à iniciativa do Programa de Parceria com o País.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Diretor Geral da UNIDO debate áreas de cooperação com a China, durante visita oficial a Pequim” (Fonte):
Fundado no ano de 2015, o Banco Asiático de Infraestrutura e Investimento (AIIB, na sigla em inglês), começou a operar oficialmente no dia 16 de janeiro de 2016, contando com 57 países membros. Passados mais de dois anos desde o começo das operações, o Banco realizou grandes desenvolvimentos. Atualmente, a instituição possui 66 membros oficiais e 21 países que estão prospectando o seu ingresso, fato que demonstra uma rápida expansão. A principal missão do AIIB consiste na promoção do desenvolvimento sustentável e da boa governança econômica nos seus Estados membros.
Logomarca do Banco Asiático de Infraestrutura e Investiment
A instituição recebeu o ranking máximo de credibilidade (AAA) pelas três principais agências de avaliação de risco do mundo: a Moody’s, a FitchRatings e a Standard & Poors. O relatório anual do AIIB de 2017 afirma as seguintes áreas temáticas como focos de atuação para o futuro: 1) infraestrutura sustentável; 2) conectividade interestatal na região da Eurásia; 3) mobilização de parcerias com entidades e empresas de capital privado; 4) aumento da institucionalização e da promoção da imagem (branding) do Banco. A China possuí 26,6% das quotas de votações no Banco, o que lhe confere grande poder decisório.
Até o momento, vinte e oito (28) projetos foram aprovados, totalizando um montante investido de US$ 5,03 bilhões. Os projetos se estendem pelas mais variadas áreas, havendo um destaque para as questões energéticas, visando a substituição do uso dos hidrocarbonetos por recursos provenientes de fontes renováveis. Não obstante, existem igualmente projetos nas áreas de: irrigação; desenvolvimento rural; transporte e mobilidade urbana; prevenção de desastres naturais; distribuição e logística (portos comerciais).
Tendência média anual do fator de risco por país, no período de 2000-2011, na economia global
Em meados de abril de 2018 foi criada a Agência de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento da China (CIDCA). Embora esse órgão sub-ministerial ainda não tenha um site oficial, ele teve um início rápido, anunciando, em…