No dia 27 de outubro, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, emitiu o terceiro número do seu Boletim Informativo, no qual notifica os cidadãos sobre as atividades do Conselho Europeu, agora especialmente sobre a…
Em 23 de outubro (2020), dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)indicam que foram confirmados no mundo 41.570.883 casos de COVID-19. Na Região das Américas, 12.776.071 pessoas que foram infectadas pelo novo Coronavírusse recuperaram.
Dados do governo brasileiro apontam que 76% das mortes relacionadas à COVID-19 durante fevereiro a setembro de 2020ocorreram entre adultos com 60 anos ou mais. Enquanto todos correm o risco de contrair a doença, os idosos têm muito mais probabilidade de desenvolver a forma grave, sendo a probabilidade de morte cinco vezes maior para pessoas de 80 anos.
O grande número de casos e mortes demonstra que o combate ao vírus precisa essencialmente de informações e resultados adequados aos sintomas apresentados pelos possíveis infectados. Assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS)aprovou a utilização de novos testes rápidos de antígenos que são mais precisos e ágeis no tratamento da COVID-19.
Por outro lado, salienta-se que os testes diagnósticos do tipo PCR continuam sendo o “padrão ouro” para identificação dos casos. No entanto, por serem analisados em laboratórios, os atrasos para emissão dos pareceres comprometem a eficácia na prevenção à dispersão do vírus.
O acesso aos novos testes nos países da América Latina e Caribe será facilitado por meio da OPAS, especificamente a partir de seu Fundo Estratégico. Trata-se, portanto, de mecanismo regional de cooperação técnica para a aquisição conjunta de medicamentos e suprimentos essenciais.
Acomunidade científica estuda 180 vacinas contra a COVID-19, sendo que 11 delas estão com ensaios clínicos na fase III.Foto:OPAS
A OMS também supervisionará um processo de revisão independente antes de conceder sua própria recomendação. Segundo a referida organização, o desenvolvimento de uma nova vacina é um processo longo e complexo que demora, em média, 10 anos.
Dada as circunstâncias da atual pandemia, instituições, desenvolvedores comerciais e pesquisadores em todo o mundo estão trabalhando a uma velocidade e escala sem precedentes, para obter vacinas contra a COVID-19 seguras e efetivas em aproximadamente 12 a 18 meses. Os resultados preliminares dos ensaios de vacinas em Fase III podem estar disponíveis até o final de 2020.
Mais informações estão disponíveis na Folha Informativa COVID-19 da OPAS e OMS Brasil neste link.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1“Retrato de Francesca Palumpo, enfermeira de terapia intensiva de Pesaro, na Itália, disponível na Wikimedia, que fechou parceria com a OMS para informações sobre COVID–19. Foto: Alberto Giuliani/Wikimedia” (Fonte):
Em uma reunião de Governo realizada no dia 14 de outubro (2020), o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou a efetivação do registro, pelo Ministério da Saúde russo, de uma nova vacina a ser utilizada no combate a COVID-19.
Batizada como EpiVacCorona, o imunizante foi desenvolvido pelo Centro Estadual de Pesquisa em Virologia e Biotecnologia Vector*, localizado em Novosibirsk, região da Sibéria, e é a segunda vacina registrada pela Federação Russa desde agosto (2020), quando a Sputnik V, vacina elaborada pelo Instituto Gamaleya e financiada pelo Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF, na sigla em inglês), foi apresentada à comunidade global.
A EpiVacCorona, segundo dados dos especialistas, é uma vacina sintética de peptídeo baseada em um vírus recombinante que imita certas partes do patógeno de onde são projetadas para proteger, fazendo com que o corpo humano produza antígenos capazes de combater o vírus real, diferente da Sputnik V, que é baseada em vetor de adenovírus, os quais basicamente são portadores que podem “entregar” material genético de um outro vírus para uma célula.
Logotipo do Centro Estadual de Pesquisa em Virologia e Biotecnologia Vector
Apesar da velocidade dos trabalhos de desenvolvimento de um medicamento que seja efetivo no combate ao novo coronavírus, o que inclui até o suposto registro de uma terceira vacina, que, segundo informações, vem sendo elaborada pelo Centro Científico Federal Chumakov de Moscou, e que poderá ocorrer até o final deste ano (2020), a Federação Russa ainda não inseriu nenhuma das vacinas na fase 3 dos testes protocolares, cujo resultado positivo deve garantir a liberação para imunização massiva de indivíduos.
Com uma segunda onda de casos de coronavírus varrendo a Rússia e ameaçando sobrecarregar os hospitais, o Kremlin também precisa da vacina internamente, pois luta contra taxas recordes de infecção diária, enquanto busca evitar a repetição de um bloqueio nacional na primavera, que abalou a economia do país. A Rússia teve mais de 1,3 milhão de infecções, a quarta maior do mundo, depois dos EUA, Índia e Brasil.
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Nota:
* NPO Vektor, é uma subsidiária da Biopreparat, liga o Instituto de Pesquisa Científica de Biologia Molecular e o Instituto de Design de Substâncias Biologicamente Ativas. Vector possui mais de 100 prédios de laboratório e administrativos, incluindo um grande campus isolado de pesquisa de virologia. Durante a era soviética, Vector produziu compostos biológicos para aplicações civis e militares. Embora a Rússia tenha negado consistentemente que a União Soviética tinha um programa ofensivo de armas biológicas, acredita-se amplamente que o Vector foi especificamente estabelecido na década de 1970 para desenvolver agentes virais para usos militares. Em 2004, a jurisdição sobre o instituto de pesquisa foi transferida para o Ministério da Saúde e Desenvolvimento Social, e agora é um dos principais centros de pesquisa em virologia e biotecnologia. O Vector esteve envolvido no isolamento e caracterização do vírus e na vigilância da influenza aviária durante um surto em 2005, que ocorreu na região de Novosibirsk.
Botsuana é o país com a maior população de elefantes do mundo, com cerca de 130.000 da espécie. No entanto, entre maio e junho de 2020 foram encontrados cerca de 350 elefantes mortos na região…
O fenômeno ambiental das chuvas sazonais na região do leste africano se distribui em diferentes intensidades ao longo dos anos. Porém, a maior intensidade pluvial e a reincidência de inundações realçam as implicações sociais que a elevação do nível dos rios pode causar. A maior quantidade de chuvas registradas na região está associada com o fenômeno meteorológico que se forma no Oceano Índico e ocasiona aumento da umidade na costa africana.
Durante os meses de março a maio e de outubro a dezembro, os países que cercam a região dos Grandes Lagos são os mais atingidos (Malaui, Moçambique, Quênia, Uganda e partes da Zâmbia). Na sub-região do Chifre da África, que abarca os países como Djibouti, Etiópia, Eritreia, Sudão, Sudão do Sul, o período que marca o maior conjunto de tempestades é entre junho e setembro.
Entretanto, na primeira metade do ano de 2020 a vultosa quantidade de chuvas resultou em inundações, decorrentes da elevação dos níveis do Lago Vitória. Como destaca a parceira intergovernamental Nile Basin Initiative, no mês de maio o Lago atingiu 13,42 metros, ultrapassando a maior elevação registrada até então, que ocorreu em maio de 1964. Cabe salientar a importância socioeconômica que o Lago Vitória representa para a manutenção das populações que habitam em seu entorno, que utiliza os recursos fornecidos em diversos setores. Dentre estes recursos menciona-se a pesca; a utilização da água para fins industriais e comerciais; transporte e geração de energia.
Rio Nilo
Na confluência do Rio Nilo, mais especificamente entre os Rios Nilo Branco e Azul no Sudão, o período de chuvas também causou danos à população sudanesa e etíope durante os meses de julho e agosto de 2020. Como pode ser observado no relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários sobre a situação do Sudão, ao final do mês de agosto, o cenário de emergência em decorrência da inundação causou danos a propriedades, fatalidades e pessoas desaparecidas. Como resultado das chuvas torrenciais na Etiópia, o Rio Nilo atingiu 17,43 metros, o que representou a maior elevação em 100 anos.
Além das perdas materiais causadas por este fenômeno natural, o ambiente de emergência humanitária se torna mais evidente. Soma-se aos deslocados internos pelas inundações a acentuação da vulnerabilidade dos refugiados, principalmente na parte leste do Sudão. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados estima que cerca de 125 mil refugiados e deslocados no Sudão necessitem assistência.
Inundação Sudão, agosto 2020
Pesquisa realizada pela Universidade do Texas, divulgada em julho, considera que nas próximas décadas se espera o aumento de chuvas e inundações na região em virtude da emissão de gases poluentes. Os pesquisadores salientam que, até o final do século, a quantidade de chuvas pode duplicar, resultando em inundações e na maior ocorrência de infestações de gafanhotos.
A degradação ambiental resultado da atividade humana também é mencionada pelo Ministro da Água e Meio Ambiente de Uganda, Alfredo Okot Okidi, como um dos potencializadores das consequências devastadoras das inundações no Lago Vitória. Segundo o Ministro, a combinação da devastação das matas ciliares, práticas não sustentáveis do uso da terra e dos recursos hídricos e a urbanização comprometem a capacidade de absorção da água e a sobrecarga do sistema de escoamento.
Neste sentido, as políticas voltadas para a gestão ambiental devem levar em conta o espectro de efeitos que os incidentes ambientais e as alterações climáticas podem causar para as populações. Como visto com as inundações experienciadas no leste africano, tal fenômeno pode agravar a questão sanitária e a proliferação de doenças relacionadas ao contato com a água, do mesmo modo que a insegurança sanitária também se torna um fator que dificulta o controle da disseminação da Covid-19.
Em 11 de março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou estado de pandemia global, o mundo seria inserido num cenário regido por protocolos de segurança internacional e, a partir daí, começaria uma corrida contra o tempo no intuito de elaborar medicamentos para tentar deter a propagação massiva da Covid-19.
A Federação Russa foi um dos países que rapidamente se empenharam na busca de tratamentos contra a doença, elaborando pesquisas e testes com diversas drogas da família dos antivirais, chegando a um denominador comum em matéria de eficácia – o Avifavir.
Diretor geral da RDIF – Kirill Dmitriev
O medicamento é uma versão modificada e potencializada do antiviral de origem japonesa Favipiravir*, inicialmente usado para tratar casos de pacientes contaminados por Influenza e que passou a ser testado contra patógenos do mesmo grupo genômico, como os da Dengue, Zika e Chicungunya. Ao final dos estudos, os cientistas japoneses obtiveram resultados bem-sucedidos na inibição da replicação desses vírus em células humanas infectadas, sendo algumas delas submetidas somente a ensaios feitos em laboratório.
Na Rússia, a eficácia de medicamentos com substância ativa Favipiravir foi comprovada em três ensaios clínicos independentes, que ocorreram nos principais centros médicos do país com a participação de 700 pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19. A droga bloqueia os mecanismos de reprodução do coronavírus, alivia os sintomas e reduz a duração da doença pela metade, em comparação com a terapia padrão (9 dias). Segundo o diretor do centro de pesquisa do Ministério da Saúde da Rússia, Vladimir Chulanov, os testes demonstraram que a medicação permite a eliminação do vírus das células sanguíneas dos pacientes duas vezes mais rápido do que dos pacientes do grupo de controle, que não receberam o Avifavir, tendo 65% dos pacientes obtido teste negativo para o novo coronavírus após o quarto dia de tratamento.
Posto isso, em 29 de maio, o medicamento Avifavir recebeu um certificado de registro do Ministério da Saúde da Rússia e tornou-se a primeira droga russa aprovada para tratamento de pacientes infectados pela COVID-19 e, no dia 3 de junho, o Ministério da Saúde incluiu o Avifavir na sétima edição das diretrizes de prevenção, diagnóstico e tratamento da nova infecção por coronavírus, sendo sua distribuição realizada em 50 regiões da Federação Russa, além de países como Bielorrússia e Cazaquistão.
O Fundo de Investimento Direto da Rússia (RDIF, na sigla em inglês) já esta delineando formas de aumentar a produção do medicamento em função da alta demanda interna e juntamente com o grupo farmacêutico russo, ChemRar, terá o direito exclusivo de produção do Avifavir no território, mas, segundo o diretor-geral do fundo, Kirill Dmitriev, o grupo não terá o monopólio mundial da produção da droga, tendo a possibilidade do antiviral ser produzido por outros países, tais como Índia.
Em 29 de julho ocorreu a cerimônia da assinatura do acordo de cooperação entre Rússia e Bolívia e, posteriormente, em 3 de agosto, a empresa Cromys, uma joint venture do grupo da RDIF e da ChemRar, assinou um acordo de exclusividade com a empresa farmacêutica boliviana Sigma Corp S.R.L. para vender o Avifavir nos territórios da Argentina, Bolívia, Honduras, Paraguai, El Salvador, Uruguai e Equador.
Apesar da existência de testes paralelos com outros tipos de medicamentos que comprovaram certa eficácia no tratamento do coronavírus, tais como o Remdesivir, a Hidroxicloroquina e a Azitromicina, o medicamento russo Avifavir é mais uma esperança na luta contra a COVID-19, que, segundo dados da OMS, já causou a infecção de mais de 19 milhões de pessoas e a morte de outras 700 mil ao redor do mundo.
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Notas:
* Nome registrado na IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry – em português: União Internacional de Química Pura e Aplicada) é 6-Fluoro-3-Hydroxypyrazine-2-Carboxamide e a fórmula molecular é C5H4FN3O2. Também conhecido como T-705, Avigan ou Favilavir, foi desenvolvido pela Toyama Chemical (grupo Fujifilm) do Japão nos anos de 1990 e estava sendo estudado desde fevereiro (2020) na China para o tratamento experimental da emergente Covid-19, à época.
A China desenvolveu e testou com sucesso um sofisticado míssil ar-terra para helicópteros militares. A nova arma foi testada em um local deserto na Região Autônoma da Mongólia Interior, no final de junho de 2020,…
De acordo com a declaração do dia 19 de maio de 2020, feita pelo porta-voz de António Guterres, Secretário-Geral da ONU, um “bom progresso” estava sendo realizado através das negociações entre Egito, Etiópia e Sudão sobre a barragem para a construção da maior hidrelétrica da África. A construção conhecida como a Grande Barragem do Renascimento da Etiópia, ou GERD, iniciou em 2011 e tem o custo de cerca 4,5 bilhões de dólares, em torno de 24,66 bilhões de reais, na cotação do dia 26 de junho de 2020.
Mapa do Nilo Azul
A barragem está sendo construída no rio Nilo Azul, na Etiópia, cerca de 15 km a leste da fronteira com o Sudão. Há a previsão de iniciar o abastecimento do reservatório de 74 bilhões de metros cúbicos em julho de 2020, podendo levar de 5 a 15 anos para estar completo. Em 2015, os três países realizaram a Declaração dos Princípios da GERD, que fundamenta a relação interestatal a partir da cooperação, benefícios mútuos, boa fé e princípios do direito internacional. Apesar disso, ainda há divergência entre as expectativas de cada Estado e quais mecanismos utilizar para a sua resolução.
O impacto que a GERD pode gerar no suprimento de água do Egito e do Sudão é a principal causa do desentendimento. O Egito espera que a Etiópia concorde com a proposta apresentada pelos Estados Unidos da América e o Banco Mundial sobre o primeiro abastecimento de água e operação anual da hidrelétrica. Além disso, o Egito, a partir de sua interpretação sobre a Declaração, espera que a Etiópia não inicie a operação de abastecimento do reservatório sem antes alcançar um acordo.
Em contrapartida, a Etiópia demonstra resistências pela limitação de geração de eletricidade e, consequentemente, ao seu desenvolvimento. Dessa forma, busca realizar o abastecimento de água em 7 anos, ao contrário da proposta do Egito que é de 12 a 21 anos. A Etiópia também diz que não afetará o suprimento do Egito e acredita que as discordâncias devam ser resolvidas em nível trilateral, sem mediação da Organização das Nações Unidas, ou outra medida que internacionalize a matéria.
De acordo com a declaração do Ministro de Irrigação do Sudão, Yasser Abbas, em 13 de maio de 2020, o projeto etíope não discorre sobre questões técnicas, legais e ambientais a longo prazo. Apesar de ser uma possível fonte de energia barata, pode colocar em risco às barragens sudanesas. O Egito também rejeitou a proposta e no dia 1 de maio enviou uma carta ao Conselho de Segurança para que a Etiópia retome as negociações e cumpra suas obrigações.
As tensões crescentes entre a China e a Índia em torno da disputa de fronteira na região do Himalaia levaram Nova Délhi a fortalecer suas defesas aéreas para se equiparar a Pequim, informa o jornal South China Morning Post.
O Ministro da Defesa da Índia, Rajnath Singh, instou a Rússia, o maior fornecedor de armas do país, a acelerar a entrega do seu poderoso sistema de mísseis de defesa aérea S-400 Triumph. Tanto a China quanto a Índia possuem o sistema S-300, uma versão anterior do S-400. A China já possui o sistema de defesa aérea S-400, que adquiriu no final de 2018.
Moscou afirma que o S-400 é um sofisticado sistema de defesa aérea que pode detectar e abater alvos, incluindo mísseis balísticos, jatos inimigos e veículos aéreos não-tripulados (“drones”) a até 600 quilômetros de distância, em altitudes entre 10 metros e 27 quilômetros.
A escaramuça de fronteira entre a China e a Índia eclodiu pela última vez em 2017, quando as tropas indianas e chinesas estiveram em um impasse que durou dois meses, em torno da construção de estradas chinesas em Doklam, uma área de fronteira reivindicada pela China e pelo Butão, que é um aliado indiano. Mas, o confronto da semana passada no Vale Galwan foi o pior em décadas, resultando na morte de 20 soldados indianos e 43 soldados chineses, embora esse número não tenha sido confirmado por Pequim. O Vale Galwan é uma zona de litígio que se encontra entre a região de Ladakh, governada pela Índia, e a região de Aksai Chin, administrada pela China.
A China vem expandindo seu arsenal na fronteira desde o impasse de Doklam. Isso inclui seus caças furtivos J-20, helicópteros Z-20, caças modificados J-10C e J-11B, “drones” multifuncionais Wing Loong II, tanques leves Tipo 99A e Tipo 15, que podem lidar com grandes altitudes, e seus mísseis Dongfeng.
Sistema S-400 Triumph, durante parada militar em Moscou, na Rússia
Segundo Song Zhongping, especialista em assuntos militares de Hong Kong, se a Índia também adquirir o sistema S-400, pode se tornar uma ameaça para o Exército chinês. “O sistema S-400 tem um alcance operacional mais longo e uma taxa de acerto mais precisa, e os jatos russos Su-30 da Índia e os helicópteros American Apache, que são projetados para batalhas nas montanhas e em grandes altitudes, não devem ser subestimados”, afirma Song. E observa: “Na verdade, as forças armadas indianas têm muita experiência em combates nas montanhas devido aos confrontos contra as tropas do Paquistão ao longo dos anos, enquanto o Exército chinês não participa de uma batalha dessa natureza há décadas”.
Além disso, mais da metade dos sistemas de armas da Índia são importados. De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo, a Índia foi responsável por 9,2% das importações globais de armas entre 2015 e 2019, atrás apenas da Arábia Saudita, o maior importador do mundo, que contabiliza em torno de 12%. A China é o quinto maior importador mundial, responsável por 4,3% das importações. Esse número é explicado pelo fato de os chineses serem capazes de produzir quase todos os seus sistemas de armas para combates em grande altitude.
Contudo, não é fácil comparar a força militar entre dois países baseando-se apenas em quantidade de armamentos, conforme indica Collin Koh, pesquisador da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. Koh assinala: “Essa comparação também deve considerar o fator humano, a doutrina e a capacidade de diferentes serviços e destacamentos armados de operar de maneira integrada”. E completa: “Com base nisso, eu acho seguro dizer que os militares da Índia e da China têm forças para defender, e fraquezas que precisam superar, quando se trata de travar uma guerra ao longo da fronteira do Himalaia”.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Mapa da fronteira em litígio entre a Índia e a China” (Fonte):
Desde 1974, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra anualmente o Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho. A data é um símbolo adotado por mais de 150 Estados, segundo a Organização, além…