No mês de maio (2019), os representantes dos setores público e privado da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa (COSALFA) reuniram-se em Cartagena das Índias (Colômbia) para a sua 46ª Reunião Ordinária….
A Organização das Nações Unidas (OMS)
está estabelecendo
um grupo técnico multidisciplinar global para assessorar em questões
relacionadas à saúde digital. O seu recém-criado Departamento Digital de Saúde
trabalhará para aproveitar o poder das tecnologias digitais de saúde para
ajudar no alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (Garantir vidas
saudáveis e promover o bem-estar para todos em todas as idades).
Logo da OMS
De
acordo com a nota da Organização, para apoiar este trabalho, ela está
estabelecendo uma lista de especialistas em várias áreas relacionadas à saúde
digital, como abordagens estratégicas, áreas de intervenção e estruturas de
governança para regulamentações, e adoção de soluções e produtos de saúde
digital. Alguns desses especialistas serão selecionados para fazer parte
de um grupo consultivo técnico, enquanto outros poderão ser chamados para
participar de subgrupos específicos.
Para os perfis desejados, os membros do
grupo consultivo técnico deverão ter experiência em: trabalho em saúde digital;
programas e políticas digitais de saúde nacional ou de grande escala;
inteligência artificial e saúde; realidade virtual e aumentada em saúde;
inovação biomédica; cirurgia robótica; tecnologias vestíveis e saúde e
bem-estar; rastreabilidade (por exemplo, blockchain); ética, governança e
segurança no ecossistema de saúde com foco em saúde digital; economia da saúde,
com foco em saúde digital; e legislação de saúde, com
foco em tecnologias digitais de saúde.
Nesse sentido, desenvolve cooperação técnica a seus países membros;
combate doenças transmissíveis e doenças crônicas não transmissíveis, bem como
suas causas; e fortalece os sistemas de resposta para emergências e desastres. Diante
desta linha de atuação, recentemente (abril de 2019), houve o lançamento do
Pacto Regional pela Atenção Primária à Saúde para a Saúde Universal: APS
30-30-30.
Desta forma, o pacto procura se tornar uma ferramenta que auxilie na
transformação dos sistemas de saúde em modelos de atenção equitativos,
integrais e inclusivos, baseados na atenção primária.
Relatório da Comissão de Alto Nível Saúde Universal no Século XXI: 40 anos de Alma-Ata
2. Desenvolver modelos de atenção baseados na atenção primária à saúde (APS);
3. Gerar mecanismos de participação social;
4. Gerar mecanismos de regulação e controle do setor privado;
5. Eliminar barreiras ao acesso à saúde;
6. Abordar os determinantes sociais com intervenções intersetoriais;
7. Reposicionar a saúde pública como eixo orientador da resposta do Estado;
8. Valorizar recursos humanos como protagonistas da APS;
9. Promover o uso racional e a inovação de recursos tecnológicos;
10. Garantir financiamento eficiente e sustentável.
Por fim, estes 10 itens serão os marcos que guiarão o trabalho da OPAS,
bem como sua cooperação técnica em todos os níveis. Também contribuirão para os
preparativos regionais para a Reunião de Alto Nível sobre Cobertura Universal
de Saúde, que será realizada em setembro na Assembleia Geral das Nações Unidas.
———————————————————————————————–
Nota:
* Relatório da Comissão de Alto Nível “Saúde Universal no Século XXI: 40 anos de
Alma-Ata” (em espanhol) pode ser conferido neste link.
Ontem, dia 7 de abril, foi o Dia Mundial da Saúde e, para esta data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) concentrou uma campanha no tema sobre a cobertura universal de saúde, com o lema:…
Este
informe
indica que uma em cada quatro unidades de
saúde em todo o mundo carece de serviços básicos de água, impactando em mais de
2 bilhões de pessoas. Esses serviços são essenciais para prevenir infecções e
fornecer cuidados de qualidade, particularmente para o parto seguro. Estima-se,
ainda, que 1 em cada 5 nascimentos ocorre globalmente nos países menos
desenvolvidos e que, a cada ano, 17 milhões de mulheres nesses países dão à luz
em centros de saúde com água, saneamento e higiene inadequados.
Hospital Al Rantisi, em Gaza. Possíveis vítimas dessa situação incluem recém-nascidos e crianças que dependem de incubadoras
Os pesquisadores da OMS e
UNICEF indicam que mais de 1 milhão de mortes por ano estão associadas a
nascimentos em centros de saúde sem água potável. As infecções respondem
por 26% das mortes neonatais e 11% da mortalidade materna.
Na Assembleia Mundial da
Saúde de 2019, a ser realizada em maio, os governos debaterão uma resolução
sobre Água, Saneamento e Higiene nas Instalações de Saúde, que foi unanimemente
aprovada pelo Conselho Executivo da OMS no início deste ano (2019).
O acesso à água e ao saneamento é
reconhecido, mundialmente, como direito básico, bem como elemento essencial
para providenciar respostas adequadas a guerras e a outras formas de violência
à saúde. No entanto, este direito vem sendo negado, visto que – até este
momento (março de 2019) – estão vigentes conflitos violentos em um número maior
de países do que em relação ao ano de 1989.
Duas meninas bem pequenas buscam água em um açude no campo de Nget Chaung, em Rakhine, Myanmar. O acampamento para desalojados, lar de aproximadamente 4 mil rohingyas, localizado abaixo do nível do mar e quase sem árvores, está em péssima condição e só é acessível após uma viagem de barco de cerca de cinco horas
Em todos esses referidos países, com exceção de Líbia, Iraque e Síria,
meninas e meninos de até 15 anos têm aproximadamente 3 vezes mais probabilidade
de morrer de doenças relacionadas à água (85.700 baixas) do que em decorrência
da violência coletiva (30.900). Além disso, crianças com menos de 5 anos estão
quase 20 vezes mais vulneráveis a morrer de doenças diarreicas (72.000 vidas
interrompidas) do que pelo conflito armado (3.400).
As estimativas foram derivadas das taxas de mortalidade da Organização
Mundial da Saúde (OMS) para “violência
coletiva” e “mortes diarreicas
atribuíveis à falta de água, saneamento e higiene” entre 2014 e 2016.
Interrompam ataques a infraestruturas de água e saneamento e a funcionários desses setores;
Vinculem respostas humanitárias vitais ao desenvolvimento de sistemas sustentáveis de água e saneamento para todos; e
Reforcem a capacidade dos governos e das agências de ajuda de fornecer consistentemente serviços de água e saneamento de alta qualidade em emergências.
———————————————————————————————–
Nota:
* O
Relatório da UNICEF “Water under fire”
pode ser conferido neste link,
nos idiomas: inglês; espanhol; francês; e árabe.
A população atual da América Latina e do Caribe está estimada em, aproximadamente, 652 milhões de habitantes, sendo um pouco mais da metade (51%) constituída por mulheres. Em se tratando de mudanças demográficas, desde fins…
Uma polêmica sobre a vacinação
obrigatória para as crianças amplia o debate na Dinamarca, pois grupos
contrários à prática entendem que as vacinas contra sarampo podem vir a causar
câncer e até autismo. Entretanto, os adeptos da vacinação observam a questão
sob uma ótica coletivista e defendem a prática, procurando evitar o contágio
com a doença.
Diante da situação, foi lançada na
internet uma proposta popular com o objetivo de obrigar os pais a vacinarem
seus filhos. O Parlamento dinamarquês aceita iniciativas de lei feitas por
populares desde que alcancem 50.000 assinaturas. Até o momento, o projeto
de vacinação obrigatória conta com pouco mais de 18.000 apoiadores.
A recusa implicaria na impossibilidade de
frequência das crianças nas instituições públicas, ou seja, de forma concisa,
as crianças correriam o risco de não poderem usufruir de escola ou creches
públicas. Todavia, essa não é apenas uma questão de saúde pública, mas também
de direitos, visto que se o Estado tentar forçá-los a se vacinarem poderão surgir
problemas jurídicos.
Seringa
O Jornal
Ǻrhus Stiftstidende trouxe a opinião do professor David Pedersen, do
Departamento de Comunicação e Psicologia da Universidade de Aalborg, sobre a
pauta: “Devemos como pesquisadores, e as
autoridades de saúde devem começar a se comunicar de uma forma mais inclusiva.
Devemos levar a sério que as pessoas precisam de histórias baseadas em valores
sobre por que o programa de vacinação é benéfico. Eles precisam saber o que
acontece se não vacinarem e por que a imunidade do rebanho é crucial”.
Os analistas compreendem a importância da
preservação contra o contágio do sarampo e demais doenças, e apontam que o
equilíbrio e conversação seriam o método democrático mais apropriado para contribuir
com a questão. Todavia também entendem que, diante de uma sociedade cada vez
mais globalizada, a informação, seja ela proveniente ou não de fontes
confiáveis, torna-se um bem contra manipulações e até mesmo contra os
totalitarismos.
No dia 6 de março, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou as reformas mais abrangentes na sua
história. O objetivo é modernizar e fortalecer a instituição para desempenhar
seu papel de forma mais eficaz e eficiente, como a principal autoridade mundial
em saúde pública.
De acordo com o comunicado de
imprensa, a reforma é para ajudar os
países a atingirem as metas do planejamento estratégico da OMS: garantir que 1
bilhão de pessoas se beneficiem da cobertura universal de saúde, até 2023; que
1 bilhão de pessoas a mais estejam protegidas das emergências de saúde; e,
ainda, que outros 1 bilhão desfrutem de melhor saúde e bem-estar.
A nova estrutura corporativa
da Organização prevista na reforma baseia-se em quatro pilares:
Logo da OMS
1.
O pilar de Emergências será responsável pelas críticas de
segurança de saúde da OMS, tanto na resposta a crises de saúde quanto na ajuda
aos países para se prepararem para elas.
3.
O pilar de Operações de Negócios também garantirá uma entrega mais
profissionalizada das principais funções corporativas, como orçamento,
finanças, recursos humanos e cadeia de suprimentos.
2.
O pilar Relações Externas e Governança centralizará e harmonizará
o trabalho da OMS na mobilização de recursos e comunicações.
4.
O pilar da Divisão do Cientista Chefe na Sede da OMS em Genebra,
deverá fortalecer o trabalho científico essencial e garantir a qualidade e
consistência das normas e padrões da Organização.
De acordo com o divulgado,
além da reformulação da estrutura, 11 processos de negócios foram redesenhados,
incluindo: planejamento; mobilização de recursos; comunicações externas e
internas; recrutamento; cadeia de fornecimento; gerenciamento de desempenho, normas
e padrões; pesquisa; dados; e cooperação técnica.
A saúde é tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de número 3, especificamente, o compromisso de se alcançar uma cobertura universal que inclua “saúde mental e bem-estar”. Seguindo este propósito, a Organização Pan-Americana de Saúde…