As empresas de pensão funcionam como administradoras de seguros sociais para funcionários de grandes firmas. É comum muitas serem contratadas para gerirem os planos de aposentadoria complementar de empregadores. A lógica dos Fundos de Pensão…
A revista Naturepublicou
em junho deste ano (2019) uma notícia alarmante para o meio científico: um
cientista russo afirmou sua intenção de reproduzir bebês geneticamente
modificados, utilizando a tecnologia CRISPR (do inglês, Clusters of Regularly Interspaced Short Palindromic
Repeats) para edição de genomas.
Denis Rebrikov é patrono da maior clínica
de fertilidade da Rússia e pesquisador na Pirogov Russian National Research
Medical University, em Moscou. O bioquímico informou à revista britânica que
pretende implantar embriões geneticamente modificados em mulheres até o final
do ano (2019), se conseguir aprovação. Rebrikov segue os passos de seu
correspondente chinês, He Jiankui, que, em novembro de 2018, clamou ter ajudado a
criar os primeiros bebês geneticamente modificados. Da mesma maneira que
He, Rebrikov tem foco no gene CCR5, considerado uma porta
de entrada do HIV para infecção de células imunes.
Contudo, o clamor internacional não
impediu Rebrikov de seguir com seus planos. De acordo com a Bloomberg,
geneticistas de primeira classe se reuniram secretamente com oficias de saúde no
segundo semestre deste ano (2019), no sul de Moscou. A reunião, que contou com
a presença da filha mais velha do presidente Vladmir Putin (apesar de o Kremlin
nunca haver confirmado publicamente a filiação), Maria Vorontsova, teve como
pauta a moção de Rebrikov. Por três hora, Vorontsova escutou atentamente aos
argumentos pró e contra os intentos do cientista, e salientou que o
progresso não pode ser parado, contudo, tais experimentos devem ser restritos
ao Estado, para que haja maior vigilância.
Há exatos
70 anos, o Partido Comunista assumia o poder na China e anunciava o nascimento
de uma nova nação, a República Popular da China (RPC), que teria a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) como primeira aliada no tocante ao
reconhecimento de sua soberania, estabelecendo, assim, uma relação de
cooperação que atravessaria as linhas do tempo.
Após sete
décadas de sua fundação, o maior país comunista do mundo caminha, segundo
analistas, para se tornar a principal potência econômica do planeta,
ultrapassando, dessa forma, o atual primeiro lugar que pertence aos EUA.
Politicamente
comunista, mas, economicamente portadora do que é chamado de “capitalismo estatal”*, a China se
apresenta hoje como parte reclamada em um processo estruturado por parceiros
comerciais, no tocante ao enorme auxílio estatal direcionado a empresas
privadas locais, colocando-as em vantagem na comparação com seus rivais
internacionais, o que provocou uma guerra comercial entre o país asiático e os
Estados Unidos.
Pronunciamento de Vladimir Putin no Clube de Discussões Valdai – 2019
Este
processo não só demonstrou um conflito econômico de grandes proporções por
conta de sanções comerciais impostas à China, como, também, colocou em pauta
uma questão relativa à segurança internacional relatada pelo Presidente russo,
Vladimir Putin, no dia 3 de outubro (2019), em encontro anual do Clube
Internacional de Discussões Valdai**, realizado em Sochi, no qual comentou o
papel não só da Federação Russa, como, também, o papel de seu parceiro asiático
no cenário internacional.
Segundo Putin, a
questão da segurança internacional piorou por conta das ações perpetradas pelos
EUA no mundo e acrescentou que, com relação às tentativas de restringir a
China, seria um processo impossível de ser realizado e quem tentasse fazê-lo
apenas se prejudicaria.
De acordo
com o presidente chinês Xi Jinping, tais declarações são proferidas em um
momento onde as relações entre Rússia e China se encontram num elevado nível de
confraternização diplomática, em termos de confiança mútua, coordenação
e valor estratégico, além de fazer contribuições importantes para a manutenção
da paz, da estabilidade e do desenvolvimento.
Posto isso, um reforço da aliança militar entre os dois países está
se desenvolvendo, onde a Rússia irá ajudar a China a construir
um sistema de alerta para rastrear lançamentos de mísseis balísticos
intercontinentais, o qual opera através de uma rede de radares no solo e
satélites, equipamento esse que só a Federação Russa e os EUA possuem
atualmente.
Os detalhes do tamanho e
das características do sistema de defesa de mísseis que a Rússia construirá
para a China é ainda desconhecido. Atualmente, os chineses empregam recursos
limitados que incluem um pequeno sistema russo S-300, que considera apenas um
modesto impedimento contra mísseis de cruzeiro e balísticos. A proposta russa
existente são os S-400, capazes de interceptar mísseis balísticos com grande
precisão.
Para especialistas, tal
sistema é visto como “uma
parte crucial da dissuasão nuclear moderna”, e as abordagens adotadas
por Rússia e China, no sentido de se autoproclamarem nações inseridas no
conceito de uma simetria política assertiva, com personalidades semelhantes ou
muito próximas para problemas modernos chaves, demonstram a formação de uma
nova ordem mundial baseada na lei internacional, no respeito à autoidentidade
de diferentes povos, no direito de todos a escolher independentemente o modo
como querem se desenvolver.
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Notas:
* O Capitalismo de Estado,
inicialmente, era uma ideia associada à organização econômica de Estados
socialistas, tal como a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS). Hoje, o conceito está ligado também a países que não
são completamente socialistas, mas onde o Estado interventor opera arduamente
na área econômica. É o arranjo econômico mais próximo ao Socialismo, pois, os
governos usam o mercado para promover seus próprios interesses. Pode ser
exercido tanto através de regulamentações e benefícios do Estado sobre o meio
econômico de um país, como em sua participação ativa gerenciando empresas,
entre outras ações.
** O Clube de Discussão Valdai foi criado
em 2004. O nome faz menção ao lago Valdai, que está localizado perto de Veliky
Novgorod, onde a primeira reunião do teve lugar. O potencial intelectual do
Clube de Discussão Valdai é altamente considerado tanto na Rússia como no
exterior. Mais de 1.000 representantes da comunidade acadêmica internacional de
71 países participam das suas atividades. A Fundação sem fins lucrativos para o
desenvolvimento e apoio do clube foi criada em 2011, com o fim de ampliar suas
atividades para novas áreas, incluindo trabalhos de pesquisa e divulgação,
programas regionais e temáticos. Em 2014, a Fundação assumiu toda a
responsabilidade pela gestão dos projetos do clube. Fundadores:
– Conselho de Política Externa e de Defesa (CFDP).
– Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia (RIAC).
– Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou (Universidade)
do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa (Universidade
MGIMO).
– Escola Superior de Economia da Universidade Nacional de Pesquisa.
No último dia 23 de setembro (2019), durante a cúpula climática da ONU em Nova York, a Rússia assinou uma resolução governamental que consagra a adesão definitiva ao Acordo de Paris sobre redução de emissões…
Nos dias atuais, o debate acadêmico e
político sobre sustentabilidade e as consequências para o clima global tem sido
intenso, e diversos Estados fazem esforços para modificarem os hábitos de suas
populações de modo a contribuírem para a preservação ambiental. Um dos temas de
maior destaque é o energético, visto que é preciso sensibilidade para trocar as
matrizes de energia poluidoras por meios menos agressivos à natureza.
A Dinamarca é uma referência internacional
no uso e propagação da energia eólica, a qual é um incentivo para a matriz
verde. Recentemente, o país escandinavo tem investido nas usinas de bioenergia
e produz eletricidade a partir de resíduos orgânicos. Todavia, especialistas
apontam que os dinamarqueses utilizam da queima de madeira nas usinas de
biomassa e esta não é neutra em matéria de impacto ambiental.
No passado existia a crença de que a
queima de madeira não representava avanço poluidor por causa do reabastecimento
e absorção de gás carbônico (CO2) pelas árvores, porém, essa argumentação
tornou-se nula, pois foi verificado que o fator poluidor permanece, e
acrescenta-se a isso a velocidade desigual da queima em relação ao crescimento
de novas árvores.
A Dansk Energi (Agência de Energia Dinamarquesa) admite o uso de pellets de madeira* na geração de
energia de suas usinas, porém, enquanto algumas pessoas defendem a sua queima,
e consideram seu uso compatível com o clima, por tratarem-se de resíduos que
seriam decompostos, alguns especialistas entendem como um erro dinamarquês a
insistência na neutralidade da queima dessa madeira. A percepção que isso
transmite é negativa, visto que os dados extras de liberação de CO2 não são
contabilizados oficialmente.
Energia verde
O jornal Copenhaguen
Post trouxe a declaração de alguns especialistas para falarem sobre o
assunto, como o professor William Moomaw, da Universidade Tufts, e autor de
cinco relatórios para o Painel Climático da Organização das Nações Unidas (ONU),
o qual expressou: “Sempre pensei na Dinamarca como um país que
trabalha com fatos. Por isso, foi muito preocupante para mim aprender
quanta madeira a Dinamarca queima. É o equivalente a fraude contábil”.O professor Niclas Scott Bentsen, da
Universidade de Copenhague, afirmou: “O
objetivo climático mais importante é parar de usar combustíveis
fósseis. Enquanto usamos a biomassa para conter os combustíveis fósseis e
evitamos o uso excessivo de florestas, faz sentido para mim, em termos
climáticos”.
Os analistas
salientam a importância da troca de matrizes poluidoras para fontes verdes de
produção de energia, visto que é urgente a preservação climática, a qual é de
possível realização, juntamente com a manutenção do desenvolvimento. Todavia, a
utilização de pellets de madeira como
incremento para a biomassa não aparenta ser uma opção sustentável, e poderia
ser objeto de retirada pelos dinamarqueses de suas usinas de bioenergia.
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Nota:
* Pellets
de madeira, são biocombustíveis feitos
de resíduos de biomassa vegetal, tais como a serragem, as lascas de madeira,
restos da cana de açúcar (bagaço) etc.
O drone espião supersônico chinês foi
apresentado pela primeira vez durante um ensaio da parada militar que ocorrerá
no Dia Nacional, em 1º de outubro de 2019, data de fundação da República
Popular da China. O drone aparece em fotos que estão circulando nas redes
sociais chinesas. Nas imagens, aparecem pelo menos dois exemplares do Veículo
Aéreo Não-Tripulado (VANT), identificado como DR-8 ou Wuzhen 8,
informa o jornal
South China Morning Post.
A aparência do drone de reconhecimento
despertou o interesse dos analistas porque se parece com um VANT supersônico
que foi aposentado pelos Estados Unidos há
mais de quarenta anos, o D-21. Washington utilizava o D-21 em
missões de espionagem na China e vários deles se acidentaram durante as
operações, deixando seus destroços espalhados
por todo o país. Um dos VANTsdestruídos chegou a ser exposto
no Museu Militar de Pequim.
O drone chinês DR-8 possui a
função de avaliar o impacto do ataque do míssil antinavio DF-21D, e do
míssil balístico DF-26. Segundo
Zhou Chenming, um comentarista sobre assuntos militares de Pequim, o DR-8 pode
viajar mais rápido que o D-21, permitindo que ele penetre nas defesas aéreas
do inimigo e retorne intacto e com dados para a inteligência militar.
Drone americano D-21, utilizado na década de 1960
O Exército de Libertação Popular (ELP)
tem utilizado
o equipamento não tripulado já há algum tempo e ele possui a capacidade de
alcançar localidades distantes no Pacífico Ocidental. Outro drone
de relevância que estará presente na parada do Dia Nacional é o Sharp
Sword, um VANT de ataque que pode carregar diversos mísseis ou bombas
guiadas por laser.
Os mísseis também ocuparão posições de
destaque durante a parada militar. Um deles é o míssil hipersônico DF-17,
que pode lançar um veículo de reentrada capaz de selecionar
os alvos durante o voo. Além disso, o DF-41 estará nas comemorações
do Dia Nacional. Trata-se de um míssil de combustível sólido que pode ser
transportado por terra e que possui a capacidade de carregar até dez
ogivas nucleares.
Por fim, a Força Aérea chinesa também revelou
um novo bombardeiro estratégico, o H-6N, durante o ensaio de domingo (15
de setembro de 2019). Analistas apontam que sua principal característica é a
capacidade de reabastecimento durante o voo, o que o coloca em vantagem
operacional em relação ao seu antecessor, o H-6K.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), milhões de pacientes sofrem danos a cada ano, devido a cuidados de saúde inseguros em todo o mundo, resultando em 2,6 milhões de mortes anualmente, em países de baixa…
O Diretor Geral da Organização Mundial da
Saúde (OMS), Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, emitiu
uma declaração congratulando o compromisso declarado pelo Facebook de
garantir que os usuários encontrem dados verdadeiros sobre as vacinas quando
procuram informações e conselhos em páginas, grupos, mecanismos de pesquisa e
fóruns do Instagram e do Facebook.
Milhões de usuários serão direcionados a
informações precisas e confiáveis sobre vacinas publicadas pela OMS em vários
idiomas, a fim de garantir que as mensagens essenciais e corretas sobre
problemas de saúde cheguem às pessoas que mais precisam.
Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus – Diretor Geral da OMS
A OMS e o Facebook estão em negociações
há vários meses para que as pessoas possam acessar informações confiáveis
sobre vacinas e para reduzir a disseminação de informações imprecisas. De
acordo com a assessoria de imprensa da empresa de Mark Zuckerberg, o mecanismo
já funciona nos Estados Unidos e deverá chegar ao Brasil nas próximas semanas.
O Diretor da OMS destaca ainda que essas
iniciativas no espaço virtual devem ser acompanhadas de medidas tangíveis dos
governos e do setor da saúde para promover a confiança nas vacinas e responder
às necessidades e preocupações dos pais.
A dependência energética proveniente de
recursos fósseis tem sido debatida quanto a sua durabilidade e o impacto
ambiental causado pelo uso desenfreado. Dada a estas perspectivas, as ilhas de
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe iniciaram ao final do mês de agosto do ano corrente
(2019) um processo de aprofundamento das relações de cooperação
em diversas matérias, o que inclui a busca por alternativas para a utilização
de recursos energéticos fósseis.
Cabo
Verde já deu o primeiro passo para as mudanças na sua estrutura de fornecimento
de energia. Em julho deste mesmo ano, o arquipélago anunciou a construção de
estações eólicas e fotovoltaicas nas ilhas de Santiago e Boa Vista. Pretende-se
com este novo empreendimento fornecer energia limpa à totalidade da população
cabo-verdiana até o ano de 2020. Complementarmente, as novas centrais de
captação de energia solar e ventos poderão aumentar a capacidade de produção
neste setor em 75%. Como aponta a empresa estatal de investimentos CV TradeInvest ,
atualmente, as fontes renováveis correspondem a aproximadamente 20% da produção
no país, configurando uma das maiores taxas na África Subsaariana. Como é
abordado no Atlas
de Energias Renováveis de Cabo Verde de 2011, o arquipélago possui
potencialidades na geração de energia através de recursos solares, eólicos,
geotérmico, hídrico e marítimo.
Painéis fotovoltaicos
Neste cenário, São Tomé e Príncipe, por
seu turno, apresentou dificuldades no setor energético. Desde 2018
a Ilha de São Tomé sofre com a queda na produção energética (atingindo apenas 7
megawatts), o que causou diversos transtornos à população que passou por
períodos frequentes de apagões. Como efeito, a busca por alternativas à crise
energética passou a ser avaliada. Mais recentemente, igualmente no mês de
agosto (2019), o país adquiriu geradores em uma medida emergencial. Contudo,
segundo o Ministro dos Recursos Naturais e Ambiente, Osvaldo
Abreu, o Estado santomense está disposto a se inserir na órbita das
alternativas renováveis.
Logo da Agência Internacional de Energias Renováveis
A insularidade se apresenta neste cenário
como um fator comum entre os dois países que buscam cooperar, assim como os
desafios energéticos presentes nesta configuração geográfica. Tal como
evidencia estudos da Agência
Internacional de Energias Renováveis, através do programa Small Island
Developing States Lighthouses, as ilhas de pequeno porte em sua maioria possuem
grande dependência de recursos energéticos fósseis, comumente importados, o que
afeta a balança comercial e o preço repassado aos consumidores. De forma
paralela, são também mais vulneráveis às mudanças climáticas resultantes do uso
indiscriminado destas fontes poluentes. Neste sentido, o desenvolvimento de
energias limpas interage sinergicamente com diversas áreas prioritárias dos
Estados.
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a partir de seu último informe epidemiológico, emitiu um alerta para a região da América Latina e Caribe em razão da vigência de um novo ciclo epidemiológico de dengue,…