No início do mês de outubro (2017), o agente diplomático da China nas Nações Unidas, Wu Haitao, durante pronunciamento em sessão da Assembleia Geral, afirmou que os países precisam colocar a redução da pobreza global como prioridade. Com vistas na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, ele mencionou que uma das principais ações deve ser o fomento a ações concretas de cooperação internacional para o desenvolvimento.

Xi Jimping
Nesse ínterim, Wu Haitao disse que é essencial que sejam mantidos os padrões de cooperação Norte-Sul e aprofundados os programas e projetos inseridos no contexto Sul-Sul, não somente a nível bilateral, mas também trilateral. Tais afirmações convergem com as ações da China no Sul global, em especial na África e na Ásia. A cada ano o país asiático tem investido mais na ajuda ao desenvolvimento de países parceiros.
Por não possuírem uma agência específica, a cooperação é dirigida pelo Departamento de Assistência Externa, do Ministério do Comércio (MOFCOM, sigla em inglês). Este departamento tem como função formular, implementar e coordenar os inúmeros programas e projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento que a China desenvolve com países parceiros.
A cooperação chinesa tem como finalidades: a prestação de ajuda humanitária; o estabelecimento de parcerias comerciais e de empréstimo/investimento; e a transferência de capacidades técnicas. Para tanto, tal agenda é considerada estratégica por conta dos resultados práticos que acarreta para o país, sobretudo no que concerne aos benefícios econômicos e ao aumento da sua influência nas relações internacionais.
Especificamente no caso africano, as ações são direcionadas com base no que é decidido no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC, sigla em inglês). Ele foi criado em 2000 e conta com a participação de cerca de 50 representantes africanos.
Na sua última edição, que ocorreu no final de 2015, o Presidente chinês, Xi Jinping, participou e prometeu destinar USD 60 bilhões para financiar ações de cooperação até 2018. Segundo o site do FOCAC, esse montante está sendo usado para investimentos em: industrialização, modernização agrícola, infraestrutura, serviços financeiros, desenvolvimento verde, facilitação de comércio e investimentos, redução da pobreza, saúde pública, paz e segurança.
De acordo com os especialistas Schleicher e Platiau, os bilhões investidos pela China na África têm trazido expressivos e positivos resultados econômicos. Segundo o portal Trade Map, a participação comercial chinesa no continente em 2016 foi de quase 15%, sendo maior que as estatísticas norte-americanas.
———————————————————————————————–
Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Wu Haitao” (Fonte):
http://www.china-un.org/eng/hyyfy/t1464573.htm
Imagem 2 “Xi Jimping” (Fonte):