Durante o encontro com Jeffrey Bader, diretor de assuntos asiáticos do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, realizado no dia 27 de outubro, na cidade de Beijing, o Conselheiro de Estado da China, Daí Bingguo, afirmou que espera que a visita do presidente americano, Barack Obama, ao seu país seja bem sucedida.
Obama fará a visita entre os dias 15 e 18 de novembro, passando pela capital chinesa, Beijing, e por Xangai. Durante o período, os chefes de Estado deverão discutir assuntos de interesse comum, para reforçar os laços bilaterais.
Embora Bingguo espere por resultados positivos, a China sofreu fortes críticas da “Comissão Congressional e Executiva sobre a China” dos Estados Unidos, onde foi apresentado o relatório “Liberdade Religiosa Internacional”, pelo Departamento de Estado norte-americano, na segunda feira, dia 26 de outubro.
Neste relatório, foi afirmado que o governo chinês continua reprimindo seriamente as atividades religiosas muçulmanas e budistas nas regiões autônomas de Xinjiang e Tibete. Além disso, pelas informações contidas, considera-se que a China, a Coréia do Norte, o Irã e outros cinco Estados tem comportamentos que devem ser vistos como preocupantes, no que se refere à liberdade religiosa.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Ma Zhaoxu, pediu, em nome do seu governo, que a “Comissão Congressional e Executiva sobre a China” dos EUA não se intrometa em assuntos internos do país, especialmente em questões relacionados ao Tibete, pois isso afetará diretamente as relações bilaterais entre os dois Estados (China e EUA).
Os Estados Unidos constituem um dos países que concordaram com a política “uma só China”, a qual tem como fundamento principal a reunificação chinesa, conforme foi apresentado em nota analítica publicada no site do CEIRI, no dia 13 de outubro de 2009, com o título: “Relações entre China e Taiwan e possibilidades de unificação”.
Os Estados que não respeitam esta política tem dificuldades em manter relações diplomáticas com a China e este relatório apresentado pelo Departamento de Estado americano pode por em risco o andamento positivo das relações atuais entre os dois países.