O presidente francês François Hollande revelou na última quinta-feira, dia 12 de setembro, um ambicioso plano para reviver o abalado setor industrial da França. Junto de seu ministro para a Indústria, Arnaurd Montebourg, Hollande afirmou que a idéia por detrás do plano é recolocar a França no topo do ranking dos países industrializados.
Ainda que o país esteja em pleno momento de contensão de despesas, tendo de economizar 18 milhões de euros (aproximadamente 56 milhões de reais) no seu orçamento para 2014, o plano de Hollande prevê para os próximos anos o equivalente a 3,4 bilhões de euros (ou aproximadamente 10,2 bilhões de reais) para reviver 34 setores industriais na França[1]. Montebourg reafirmou que “a industria francesa perdeu mais de 750.000 empregos nos últimos 10 anos e que a idéia por trás do plano é recuperar ao menos 450.000”[1].
A seleção desses 34 “planos de batalha”, ainda segundo Montebourg, se basearam em “produtos e serviços claramente identificados (…) onde a França, no caso suas empresas, já possuem uma noção de sentido, de direção e de conteúdo”[2]. Tal estratégia visa então priorizar a criação das chamadas “campeãs francesas”, ou empresas e/ou serviços que representam setores onde a França tem potencial para criar empresas fortes[1].
O diferencial deste plano é o papel do Estado francês e os tipos de projetos priorizados. Como parte da estratégia, a cada seis meses, o Executivo conduzirá uma etapa desse “plano de batalha”, que terá três prioridades: transição energética; economia do “ser vivo” (saúde e alimentação) e novas tecnologias[2].
Entretanto, críticos apontam que tal procedimento é demasiadamente protecionista, pois o Estado irá controlar grande parte do desenvolvimento do setor industrial francês, priorizando principalmente o que o governo acredita ser potencialmente benéfico para a França[3].
No entanto, para defender seu ponto de vista, Hollande citou também o fato de outros países possuírem planos traçados para suas indústrias nacionais há anos e agora é finalmente a hora da França fazer o mesmo[1]. Este reafirmou que a idéia não é substituir a iniciativa privada, mas sim promover apoio em forma de leis mais amigáveis à industria e isenções fiscais, por exemplo, reiterando apenas o papel do Estado de acompanhar e estimular o setor industrial[2].
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Imagem “O presidente da França François Hollande (à frente) e o seu Ministro da Indústria Arnaud Montenbourg” (Fonte):
http://haute-normandie.
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Fontes Consultadas:
[1] Ver:
http://www.euractiv.com/
[2] Ver:
http://www.europe1.fr/
[3] Ver: