O Fundo de Combate à Pobreza e à Fome do Chile, o Fondo Chile, passará a contribuir financeiramente com uma produtora de hortaliças em Sichili, na Zâmbia, país localizado no centro-sul do continente africano. O projeto objetiva fomentar a criação de hortas comunitárias na região, que servirão para fornecer alimentos frescos para famílias, escola e o hospital do local.
De acordo com informações do Fondo Chile, a iniciativa de financiamento se baseia na promoção da cooperação e produção agrícola de forma ambientalmente sustentável, fortalecendo a economia local por meio da geração de renda. Fato notório é que o projeto será instalado em terras próximas ao colégio da região, permitindo que os alunos possam participar das atividades de plantio.
Em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo de Combate à Pobreza e à Fome do Chile foi criado em 2012, a partir de uma parceria entre o Governo do país, por meio da Agência Chilena de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AGCID), e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Sua principal finalidade é incentivar financeiramente programas e projetos de Cooperação Sul-Sul, em conjunto com o compartilhamento das políticas públicas chilenas aos países parceiros.
Para além do Fundo, a AGCID tem atuação destacada na Sul global. Criada em 1990, ela se difere da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) por possuir independência institucional e patrimônio próprio. No ano passado (2016), a agência foi responsável pela execução de outras três iniciativas de cooperação bilateral na África, nas áreas de agricultura e segurança alimentar.
Acerca da Zâmbia, trata-se de um país com aproximadamente 15 milhões de habitantes, formados por diversos grupos étnicos que garantem a eles a diversidade de quase 70 línguas faladas dentro do território. O Estado vive boom populacional e econômico, a partir da taxa de natalidade elevada, baixa média etária e o Produto Interno Bruto (PIB) crescendo, em média, mais de 3% nos últimos três anos. Todavia, seus cidadãos ainda padecem pela baixa expectativa de vida, condicionada ao elevado índice de transmissão de AIDS, à subnutrição e à pobreza. Atualmente, mais da metade das pessoas seguem abaixo da linha da pobreza.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Crianças de Zâmbia” (Fonte):
Imagem 2 “Zâmbia no mapa” (Fonte):