Um relatório conjunto realizado pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a cada ano mais de 100 milhões de pessoas são pressionadas para a pobreza extrema após o pagamento de suas despesas com a saúde. Isto significa que depois de cobrir essas quantias, sua renda equivale a menos de US$ 1.90 por dia (aproximadamente 6 reais).

Pessoa segurando pílulas e medicamentos na mão
Outras 800 milhões de pessoas estão gastando pelo menos 10% do orçamento familiar com cuidados de saúde. Destaca-se ainda que, apesar de alguns progressos na cobertura universal básica, pelo menos metade da população mundial ainda não pode obter serviços dessa natureza.
Tim Evans, diretor sênior de saúde, nutrição e população do Grupo do Banco Mundial, afirmou que “cerca de 20 milhões de crianças não recebem as imunizações necessárias para protegê-las da difteria, tétano e tosse convulsa”. Ele complementa que “estas são infecções infantis muito comuns e podem ser completamente prevenidas com vacinas de baixo custo”. Da mesma forma, acrescenta: “mais de um bilhão de pessoas vivem com hipertensão arterial descontrolada – o que significa que elas não têm acesso ao tratamento”.
A OMS destaca que o fortalecimento dos Sistemas de Saúde é a melhor maneira de se proteger contra crises decorrentes de enfermidades. Para a Organização, os surtos são inevitáveis, mas as epidemias não: Sistemas de Saúde fortes são a nossa melhor defesa para evitar que os surtos de doenças se tornem epidemias. Alcançar a cobertura universal não é uma tarefa simples e exigirá inovação ainda que, para tanto, em última instância, isso seja uma escolha política.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Mulheres se alinham para vacinar seus filhos na aldeia de Kitahurira, Uganda” (Fonte):
Imagem 2 “Pessoa segurando pílulas e medicamentos na mão” (Fonte):