Estudiosos, palestrantes, pesquisadores e especialistas renomados no assunto “BRICS” (acrônimo, em inglês, para o grupo político formado por Brasil, Rússia, Índia, China e “África do Sul”, respectivamente) reúnem-se nesta semana, entre os dias 23 e 27 de setembro, em “São Paulo”, a fim de debater o tema e tópicos a ele correlatos. O Encontro se dará por ocasião da tradicional “Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais” (Anpocs).
Dentre os pensadores mundiais confirmados no Evento, incluem-se os estrangeiros Andrew Hurrell, da “Universidade de Oxford”, que tratará da “Teoria das Relações Internacionais em uma era global”; Jean Camaroff, do “Departamento de Antropologia de Harvard”, a qual exporá suas pesquisas acerca de “Roubo de identidade, individualismo e pós-colonialismo em países da África”, na palestra intitulada “O retorno de Khulekani Khumalo, preso pelos zumbis: identidade, lei e paradoxos da individualidade no pós-colonialismo” e Mamadou Diouf, da “Columbia University”. No que respeita aos estudiosos brasileiros, farão parte do evento: Sérgio Adorno, Lilian Schwartz e Maria Hermínia Tavares de Almeida, dentre outros, sendo, os três, integrantes da “Universidade de São Paulo” (USP).
O objetivo principal do debate é discutir os temas contemporâneos mais relevantes para a agenda brasileira e internacional, bem como os novos desafios com os quais o Grupo se depara, tanto em aspectos políticos, como econômicos e sociais. Ademais, foram incluídos os seguintes pontos na programação do evento: o sentido das manifestações de rua recentemente ocorridas no Brasil, violência, segurança pública, ciberativismo, crise mundial financeira, direitos indígenas, sindicalismo, “Copa do Mundo de 2014” e “Olimpíadas Mundiais em 2016” (que ocorrerão no Brasil), dentre vários outros. Nas palavras de Lins: “A diversidade de temas e a sua conexão com as questões que afetam o cotidiano fazem do Encontro um fórum permanente de discussão e articulação com as quais possamos enfrentar os desafios de nossa sociedade”[1].
Assim, gradativamente, o Brasil vai se firmando como um sediador de eventos acadêmicos de porte, que envolvem intelectuais importantes e reconhecidos, de todo o mundo. Além disso, as relações do país com os demais integrantes do Bloco vão sendo cada vez mais aperfeiçoadas, nos moldes da “autonomia pela diversificação” implementada pela “Política Externa de Lula”, a qual elegeu, por exemplo, a África como uma das suas prioridades. Daí a inclusão da “África do Sul” ao grupo.
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Imagem (Fonte):
http://oglobo.globo.com/blogs/
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Fontes consultadas:
Ver [1]:
http://www.vermelho.org.br/