No fim do último mês (julho), o Governo da Bielorrússia enviou convites para uma série de Estados regionais e instituições internacionais com o propósito de estimular a participação de adidos militares estrangeiros na ZAPAD 2017.
Esses exercícios militares, a serem realizados pela Rússia e Bielorrússia, em setembro de 2017, são de caráter defensivo e despertam atenção pelo acesso recíproco que os atores terão em seus territórios, assim como pela grande mobilização de soldados e equipamentos.
Os Estados bálticos, particularmente a Lituânia, afirmam que os exercícios da ZAPAD não têm fins pacíficos e temem que os mesmos possam ser utilizados num ataque surpresa, sobretudo pela movimentação de aproximadamente 100.000 militares na localidade.
No tangente a questão, o Jornal Baltictimes noticiou a posição do Ministério da Defesa lituano, o qual frisou: “A Lituânia espera que a Bielorrússia convide representantes de todos os Estados vizinhos e forneça informações completas durante o exercício”. Em contrapartida, o Jornal Haɯa Hiba apresentou a fala do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, sobre o fato, o qual declarou: “Os exercícios estão abertos […] já convidamos um grande número de observadores. Venham e vejam”.
Analisa-se a situação mediante duas variáveis: pela primeira, percebe-se a preocupação de Vilnius* com uma programação que abrangerá mais de 2,5% de sua população; e, pela segunda, entende-se a disposição de Minsk** como um ato de transparência. Apesar das diferenças, a ZAPAD 2017 pode representar um meio de aproximação diplomática entre a Lituânia e a Bielorrússia, e não aparenta constituir-se em exercício bélico ofensivo.
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Notas:
* Capital da Lituânia, logo é uma referência ao Estado lituano.
** * Capital da Bielorrússia, logo é uma referência ao Estado bielorrusso.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Mapa da Lituânia” (Fonte):
Imagem 2 “Mapa da Bielorrússia” (Fonte):