A constante luta dos quenianos contra o terrorismo no leste africano foi marcada pelos discursos do presidente Uhuru Kenyatta, pelas operações policiais na fronteira e na formação da segunda turma de cadetes graduados em Estudos Militares nas últimas semanas. No dia 20 de outubro, o país celebrou o feriado de Mashujaa Day, ou Dia do Herói[1]. A data marca a luta pela independência do país por alguns heróis nacionais, inclusive, Jomo Kenyatta, pai do atual Presidente.
Em discurso proferido no feriado, Uhuru Kenyatta anunciou planos para cortar o fluxo de fundos financeiros de terroristas que buscam desestabilizar internamente a população do país, principalmente ao incitar grupos étnicos e religiosos. Entre as tarefas do Governo, o Presidente destacou o monitoramento das atividades terroristas, a radicalização dos jovens, o incitamento ao discurso de violência e a corrupção. Segundo declarou, grupos da sociedade civil têm recebido recursos financeiros do Al-Shabaab e utilizado espaços democráticos para radicalizar e recrutar jovens para os grupos terroristas[1]. Na linha de frente contra o terrorismo, o Presidente destaca a participação das Forças de Defesa Quenianas (FDQ).
Há duas semanas, pelo menos 60 combatentes do Al-Shabaab foram mortos em uma operação das FDQ em Bula Gadudd, na Somália[2]. Na última semana, as FDQ combateram cinco militantes do Al-Shabaab, na tentativa de entrar no país pela fronteira com a Somália[3][4]. O incidente ocorreu exatamente no Mashujaa Day. De acordo com os peritos, o veículo possuía 100kg de explosivos. No dia seguinte, as FDQ combateram mais de 80 membros do Al-Shabaab, em uma ofensiva nas regiões de Jamaame e Magambo, próximo a Kismayu, na Somália[2]. A operação contou com o apoio da Força Nacional da Somália.
Recentemente, Uhuru Kenyatta ressaltou a necessidade de alocar tecnologias modernas para as FDQ com o intuito de combater os desafios securitários[5]. Uma das formas encontrada é através do maior conhecimento e habilidades dos oficiais da polícia, para compreender e responder rápido a um mundo marcado por terrorismo, extremismo religioso e intolerância. Para tanto, o Presidente participou da formação do segundo grupo de cadetes, no Bacharelado em Estudos Militares. O curso é oferecido pela Academia Militar do Quênia, no condado de Nakuru, em parceria com o Ministério da Defesa. Para Kenyatta, os estudos oferecidos pela Academia ajudarão a fortalecer a efetividade dos comandantes e dos líderes das FDQ[5].
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Imagem (Fonte):
http://allgalgaduud.com/wp-content/uploads/2013/07/Kenya-Defence-Forces.jpg
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Fontes Consultadas:
[1] Ver “Standard Digital”:
[2] Ver “Standard Digital”:
[3] Ver “All Africa”:
http://allafrica.com/stories/201410221066.html
[4] Ver “All Africa”:
http://allafrica.com/stories/201410210832.html
[5] Ver “Standard Digital”: