No dia 17 de junho de 2013, a presidenta brasileira Dilma Rousseff, em uma cerimônia de formatura de novos diplomatas recém-saídos do “Instituto Rio Branco”, no Itamaraty (Brasília), fez um resumido “saldo” positivo de seu governo, no qual destacou diversos pontos que remeteram à clara ideia de continuidade ao trabalho de seu antecessor no cargo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentre os vários pontos abordados, a oradora fez questão de destacar o protagonismo internacional brasileiro conquistado nas últimas décadas, bem como a capacidade do país de conseguir manter equilíbrio no bom relacionamento tanto com países “desenvolvidos” como “em desenvolvimento”. Em suas palavras: “O bom relacionamento com esses países não impede, ao contrário do passado, que tenhamos personalidade própria na cena internacional. O Brasil ganhou enorme projeção internacional em pouco mais de uma década”[1].
Ademais, a “Chefe de Estado” ressaltou uma das diretrizes da sua política externa, a concernente à criação de “blocos de economias emergentes” com afinidades, potencialidades e interesses em comum, a exemplo do IBAS (foro formado por Índia, Brasil e “África do Sul”) e do BRICS (acrônimo para a junção de Brasil, Rússia, Índia, China e “África do Sul”), bem como o fomento à maior aproximação com os demais países da “América Latina” e nações árabes: “Todas essas iniciativas não nos afastam de nenhum dos países desenvolvidos. Por isso temos relações qualificadas com a União Europeia e com os Estados Unidos”[1].
E, como não poderia faltar, haja vista ser uma das prioridades dos últimos governos – notadamente iniciada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com grande ênfase no governo do ex-presidente Lula – Dilma ressaltou a suma importância da denominada “Cooperação Sul-Sul”, especialmente no que respeita ao fomento de maiores e crescentes intercâmbios com o continente africano, conforme se pode perceber da seguinte assertiva: “Fizemos forte movimento em direção à África. A África é umas das regiões que mais crescem no mundo e enfrenta desafios do crescimento”[2]. Observadores e estudiosos afirmam que aqui resta uma excelente chance de o Brasil firmar parcerias produtivas com aquele continente para ambas as partes, numa relação em que as duas partes saem ganhando, enunciada por alguns como “win-win” (“ganha-ganha” ou “vencedor-vencedor”). Nesse sentido, ao se tomar por base o discurso da Presidenta, é de se esperar que continue havendo grandes investimentos na relação do país latino-americano com o continente africano, na busca por resultados positivos.
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Fontes consultadas:
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