O vírus Ebola causa uma doença grave e aguda, que é fatal se não for tratada urgentemente. Ele se manifestou pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos, um dos quais ocorreu no que hoje é Nzara, no Sudão do Sul, e o outro se deu em Yambuku, na República Democrática do Congo. Este último aconteceu em uma aldeia perto do rio Ebola, do qual a doença leva o nome.
O surto de 2014–2016 na África Ocidental foi o maior e mais complexo acontecimento da doença desde que o agente infeccioso foi descoberto pela primeira vez em 1976. Agora, em 2018, o alerta internacional retorna com novos casos surgindo.
No dia 8 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada pelo Ministério da Saúde da República Democrática do Congo de dois casos confirmados. Do dia 4 de abril a 17 de maio de 2018 foram informadas 45 ocorrências, inclusive em três profissionais de saúde, e 25 mortes foram relatadas. Destes 45 eventos, 14 foram ratificados.
Nove países vizinhos, incluindo o Congo-Brazzaville e a República Centro-Africana, foram informados de que estão sob alto risco de disseminação e receberam apoio com equipamentos e pessoal da OMS.
De acordo com a Organização, este surto de Ebola tem várias características que são particularmente preocupantes, dentre elas: o risco de propagação mais rápida, uma vez que a doença se espalhou para uma área urbana; existem vários focos ocorrendo em áreas remotas e difíceis de alcançar; e os profissionais de saúde foram infectados, o que pode ser um perigo de amplificação adicional. Além disso, o risco de propagação internacional é particularmente elevado, uma vez que a cidade de Mbandaka fica próxima ao rio Congo, que tem tráfego regional significativo através de fronteiras porosas.
Para conter a proliferação do vírus, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus anunciou que no dia 21 de maio de 2018 foi iniciada a aplicação da vacinação em caráter experimental. A vacina mostrou-se altamente protetora contra o Ebola em um grande teste realizado em 2015, na Guiné. Entre as 5.837 pessoas que receberam a dose, nenhum caso de Ebola foi registrado nove dias ou mais após a aplicação.
Empresas, ONGs, Organizações Internacionais e Governos estão atuando conjuntamente neste desafio. Tal articulação internacional demonstra total capacidade para evitar que este surto se torne uma epidemia global.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Início da Vacinação na República Democrática do Congo – OMS” (Fonte):
Imagem 2 “Mapa indicando os lugares do surto de Ebola na República Democrática do Congo” (Fonte):
https://www.capitalfm.co.ke/news/2018/05/un-east-africa-boost-response-ebola-toll-mounts-dr-congo/