A Coréia do Sul ameaça retaliação contra seu vizinho, caso ocorram novos ataques norte-coreanos contra o território do sul. Em “Comunicado Oficial” feito nesta segunda-feira, dia 28 de novembro de 2010, o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, qualificou como crime a atitude de Pyongyang.
Declarou ainda que “A Coréia do Norte pagará um preço alto no caso de novas provocações. (…). Atacar civis militarmente é um crime desumano, que é rigidamente proibido num momento de guerra (…). Agora é hora de demonstrar ação, e não de proferir cem palavras”.
O presidente Lee não se pronunciou quanto à notícia publicada pelo “The New York Times”, de que, com base nos documentos divulgados pelo site “WikiLeaks”, as autoridades de alto escalão dos Estados Unidos e da Coréia do Sul estão discutindo a “Coréia Unificada”, sob comando de Seul.
Ele obteve apoio do Japão e, principalmente, de Washington, com quem os militares de ambos os lados realizam exercícios militares conjuntos. O “Vice Secretário Chefe de Estado do Japão”, Tetsuro Fukuyama, disse que vai exigir dos norte-coreanos que suspendam suas provocações “porque tais atos põem em grande risco a paz e a segurança em toda a região do nordeste da Ásia”.
Seul e seus aliados pressionam uma posição da China, que convocou nesta segunda-feira (29 de novembro), o assessor de Kim Jong-il, Choe Tae Bok, para visitar Beijing e pedir ao vizinho que pare com as atuais provocações. A China convocou representantes dos envolvidos para voltar a negociação a seis, propondo a retomada das negociações sobre a desnuclearização da Coréia do Norte, objetivando diminuir as tensões.
EUA, Coréia do Sul e Japão responderam de forma cautelosa ao chamado chinês, que afirmou serem tais negociações necessárias apenas para a questão do “Programa Nuclear” e não para a atual situação, que se baseia em ataques diretos.
Baseando-se nos documentos vazados pelo “WikiLeaks”, analistas apostam que os esforços chineses para tentar a “Paz”, mantendo a atual condição da Coréia do Norte, pode estar chegando ao fim. O significado disso é que Pyongyang pode estar perto de perder seu único aliado que realmente detém força.