Neste domingo, 28 de novembro, o vice-ministro dos “Negócios Estrangeiros” da China, Wu Daiwei, convocou uma “reunião de emergência” para tratar das tensões na península coreana e convidou representantes das duas Coréias, dos Estados Unidos, da Rússia e do Japão.
“Não se trata de relançar diretamente as negociações. É uma proposta da China aos chefes das delegações das negociações de seis partes envolvidas para criar as condições de retomar o diálogo”, esclareceu Daiwei.
No mesmo dia do pedido de reunião, militares sul-coreanos e norte-americanos iniciaram seus exercícios militares na região. Dawei juntamente com Dai Binguo, “Conselheiro de Estado” chinês direcionaram-se para Seul.
Detalhes do encontro de ambos com o chancelar sul-coreano, Kim SungHwan, não foram divulgados, mas já havia sido mencionado que os representantes chineses estavam prontos para protestarem contra os exercícios militares no “Mar Amarelo”.
Durante o encontro, o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-Bak, emitiu um comunicado oficial da Presidência. Nele foi pedido para que a China se posicionasse de forma mais “responsável e equitativa”. Afirmou que a China deveria “contribuir para a edificação da paz na península coreana, adotando uma postura mais equitativa e mais responsável nas suas relações com as duas Coréias”.
A China sofreu várias criticas por parte de seu vizinho. A imprensa sul-coreana condenou a atitude chinesa, afirmando ser ela conciliadora no que diz respeito à Coréia do Norte, sempre manter-se neutra entre as partes e “pedir calma”, mesmo em casos como os ataques dos norte-coreanos.
De fato, especialistas de ambos países, acreditam que a China deverá reformular suas políticas para as duas Coréias, principalmente para o Sul, país que tem sua opinião pública descontente com o posicionamento dos chineses e tem poderio econômico significativo na região e no mundo.