Esse país pode ser considerado como o herdeiro concreto da antiga divisão do mundo numa bipolaridade entre direita e esquerda; “ocidente” e “oriente”; ou, mais precisamente, entre os blocos capitalistas e comunistas. A dúvida que surge diz respeito a saber se é possível aplicar essa dicotomia ao planejamento estratégico de um dos últimos herdeiros daquele mundo.
A busca da tecnologia de mísseis e tecnologia nuclear por parte do Estado norte-coreano pode e deve trazer apreensão, mas por outro motivo, que não o de uma possível guerra nuclear. A possibilidade de uma contenda dessa natureza na área parece mais remota, à medida que o grande ator da região se integra de forma mais intensa na cadeia produtiva global. Os apoiadores imediatos dos coreanos do norte são os chineses e, dificilmente, eles permitirão que ocorra uma deflagração que altere os rumos de seu desenvolvimento econômico, bem como os rumos de sua projeção de poder no restante do globo.