A presidente da Argentina, Cristina Fernandez Kirchner, reforça estratégia de industrialização como forma de garantir sua liderança política. O processo usa os investimentos públicos, apoiando as iniciativas privadas, para adquirir patamar importante no cenário mundial.
Em suas palavras, os empresários “vão continuar contando com o apoio das políticas ativas do Estado argentino para acelerar e aprofundar o processo de industrialização do país”. O foco está na indústria automobilística com o intuito de fazer a alavancagem.
Em discurso realizado durante o lançamento de um novo modelo de carro da “Pegeot” (o “Pegeot 408”), a mandatária afirmou que serão dados estímulos ao desenvolvimento de vários segmentos dentro do setor com alto grau de tecnologia, o que dará salto no processo industrial. Em suas palavras, “o desafio é desenvolver também uma indústria de autopeças com leis pontuais para incorporar informática e tecnologia com vistas às exportações”.
A Presidente espera que os argentinos aumentem a produção de automóveis, estimando que subam para a 7a posição, saindo do 22o posto, que ocupam atualmente. Cristina terá de negociar com o Brasil e, para tanto já estão agendadas duas reuniões como presidente Lula, prevista para 2 e 3 de dezembro, em “Mar Del Plata”, durante a “Cúpula Íbero-Americana”, e no dia 17 do mesmo mês, em “Foz do Iguaçu”, no encontro da “Cúpula do MERCOSUL”. Hoje, o vice-chanceler argentino, Alberto D’Alotto, tem reunião com o secretário-geral do “Ministério das Relações Exteriores” do Brasil, Antonio Patriota, para analisar temas bilaterais, cumprindo agenda “dos encontros periódicos do ‘Mecanismo de Cooperação e Coordenação Bilateral Brasil-Argentina’ e será preparatória ao encontro bilateral que será mantido pelos presidentes antes do fim do ano”, segundo nota do ministério argentino.