Durante a “Conferência de Cancun”, no México (de 29 de novembro a 10 de dezembro de 2010), o Japão foi o alvo das críticas e roubou a atenção da China e dos Estados Unidos. O país foi criticado pela imprensa e representantes de Estados na Conferência pelo fato de ter declarado que há “uma oportunidade de não continuar com o protocolo de Kyoto”.
O Japão foi um dos países que assinou o Protocolo e hoje defende o seu fim. Nas palavras de Abdulla Alsaidi, atual presidente do grupo chamado “G77 + China”: “Temo que, sem concessões a respeito do ‘Protocolo de Kyoto’, um Acordo em Cancún não irá decolar”.
Todos os países participantes da reunião acusaram o Japão de ameaçar as negociações climáticas. Em resposta às críticas recebidas, Akira Yamada, alto funcionário da chancelaria japonesa, respondeu: “O Japão não está tentando matar Kyoto, mas (o Tratado) deveria renascer como um só Tratado de cumprimento obrigatório, mais efetivo“.
Segundo analistas e participantes do encontro, se Tókio não recuar, as negociações para o combate ao aquecimento global para além de 2012 poderão fracassar.