O juízo da Comarca de Oita rejeitou, no dia 26 de setembro de 2018, um pedido de moradores da região de manter reator nuclear desligado. A usina, gerida pela Shikoku Electric Power Co., localiza-se na cidade de Ikata, ilha de Shikoku, na Província de Ehime, e foi desativada após o desastre de Fukushima, em 2011, para testes obrigatórios de resistência a tremores. O reator 3 da Usina Nuclear de Ikata foi reativado em agosto de 2016, entretanto, no ano seguinte, o Tribunal Superior de Hiroshima expediu um mandado judicial para que fosse mantido desligado até setembro de 2018, com base nos resultados dos testes.
A Shikoku Electric recorreu e ganhou a decisão, pretendendo religá-lo no dia 27 de outubro. Ainda assim, moradores da Província de Oita entraram com uma ação judicial, alegando que a empresa está subestimando o risco de um fluxo piroclástico (matéria vulcânica que pode ser arremessada em até 160km/h) do vulcão Aso, a 130km de distância. Contudo, o Tribunal de Hiroshima considerou essas preocupações “infundadas”, e o juízo da Comarca de Oita seguiu a mesma decisão. Moradores das províncias vizinhas de Kagawa e Yamaguchi também entraram com ações contra o religamento, com a decisão esperada para o ano que vem (2019).
A tensão em relação a usinas nucleares está crescente, pois esta é a primeira ação contra a ativação de reatores nucleares desde o acidente de Fukushima, justamente na época em que o governo japonês reconheceu a primeira morte relacionada à exposição à radiação do acidente.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Usina nuclear de Ikata” (Fonte):
https://en.wikipedia.org/wiki/Ikata_Nuclear_Power_Plant#/media/File:Ikata_Nuclear_Powerplant.JPG
Imagem 2 “Cratera no monte Aso” (Fonte):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Monte_Aso#/media/File:Mt.Aso_crater.jpg