Entre os países lusófonos, Portugal é o que se destaca quando o tema é a China. Mesmo não tendo um gigantesco mercado potencial como o Brasil, sua capacidade de negociação e suas empresas já consolidadas no mercado são fatores que mantêm vivos os interesses de Beijing pelo país europeu.
Recentemente, as empresas “State Grid Corporation of China” e “Oman Oil” concluíram um negócio milionário com o governo português*. Com a negociação delas para participarem de 25% e 15%, respectivamente, das cotas acionárias da estatal “Redes Energéticas Nacionais” (REN), Portugal está para receber 432 milhões de euros de investimentos.
Com o negócio, 40% da estatal portuguesa foi privatizada, passando para a posse de empresas chinesas, algo que vem se tronando comum em Portugal, ou seja, corporações da China comprando ou entrando com participação nas cotas acionárias de empresas privadas ou estatais do país europeu.
Outra negociação em andamento que será benéfica para ambos é a que envolve a estatal portuguesa ANA (“Aeroportos de Portugal”) com a “Air China”, havendo o interesse de realizar uma ligação direta entre Lisboa e Beijing. Segundo o diretor-adjunto do “Aeroporto de Lisboa”, citado pelo jornal “Diário Econômico”: “Temos cerca de 200 mil passageiros por ano que viajam para a Ásia, mas de forma indireta, viajando através de outros aeroportos europeus e isso foi identificado como uma lacuna estratégica”**.
As conexões levam ganhos econômicos para os países que as realizam. Uma “linha direta Lisboa-Beijing”, irá contribuir significativamente para a economia portuguesa. Como boa porcentagem da sua economia sobrevive do turismo, ao reter mais conexões no país, este e outros nichos a eles relacionados poderão se explorados.
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Fontes:
* Ver:
** Ver:
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