As tensões oriundas da “Crise na Ucrânia” entre “Estados Unidos da América” (EUA), seus aliados na “União Europeia” (UE) e a “Federação Russa” se intensificaram consideravelmente na última semana, sobretudo após o Referendo de anexação da Crimeia ao “Estado Russo”. Assim, os dois lados anunciaram nos últimos dias uma série de sanções mútuas, que inclui, por exemplo, a proibição da entrada de algumas autoridades norte-americanas em território da Rússia, ou, ainda, do outro lado, o bloqueio de transações em dólar do “Bank Rossiya” que deu apoio às ações do governo de “Vladimir Putin”, o “Presidente da Rússia”[1].
Assim, “Barack Obama, “Presidente dos Estados Unidos” anunciou no dia 20 de março uma segunda onda de sanções para conter o que alguns congressistas denominam de escalada russa, afirmando que “a Rússia precisa saber que o agravamento da situação só deixa o país ainda mais isolado da comunidade internacional”[2]. Desse modo, a fim de intensificar as pressões sobre o governo russo, Obama tem buscado apoio dos tradicionais aliados da “Organização do Tratado do Atlântico Norte” (OTAN), dos países que compõem o G7 (“Reino Unido”, Alemanha, Itália, Canadá, França, Japão, além dos EUA), e assinalando que esses tradicionais aliados estão unidos para impor um custo à Rússia por suas ações[3]. Além disso, Barack Obama também se reuniu recentemente com “Xi Jinping”, “Presidente da China” com a intenção de promover um maior isolamento dos russos, contudo, o Governo chinês defendeu apenas o diálogo como solução da atual crise, descartando qualquer ação mais firme como sanções ou uma Resolução na “Organização das Nações Unidas” (ONU)[4].
Tal isolamento foi reforçado, na segunda-feira quando os países que compõem o G7 reuniram-se em Haia, na Holanda, sem a presença da Rússia, que constituiria a formação do G8. Na última semana Angela Merkel, “Chanceler da Alemanha” já havia advertido que atual situação poderia refletir sob o próprio formato do G8[5]. Durante a reunião do G7, os países acordaram em aplicar novas sanções caso o “Governo Putin” continue a desestabilizar a Ucrânia. No entanto, em vista desse cenário “Serguei Lavrov”, “Ministro das Relações Exteriores da Rússia”, declarou que “se nossos parceiros ocidentais pensam que esse formato sobrevive assim, então que seja. Não vemos grande tragédia. O G8 é um clube informal, ninguém tem carteirinha de membro e ninguém pode ser expulso”[6]. Além disso, Lavrov havia destacado anteriormente que “é preciso que não haja dúvidas: nós vamos responder adequadamente a cada impulso hostil”[7].
O “Governo norte-americano”, segundo informou a “Casa Branca”, impôs sanções a 20 russos que possuem interesses relacionados à Crimeia, ou pertencem a círculos próximos a Vladimir Putin[8]. Essas figuras políticas e econômicas da Rússia tiveram seus bens congelados nos EUA ficando impossibilitados de realizar transações comerciais em dólar. Adicionalmente, e como já mencionado, os “Estados Unidos” também estabeleceram embargo ao “Bank Rossiya, que pertence a “Yuri Kovalchuk”, considerado “o banqueiro de Putin”[9].
Alguns políticos norte-americanos, e até mesmo analistas, assinalam que o Governo russo dificilmente abrirá mão da Crimeia, haja vista que esta representa um ponto geoestratégico para a Rússia no “Mar Negro”. Ademais, apontam ainda que os EUA não entrariam num conflito direto com o “Estado russo”[10], dessa maneira, assinalam que o “Governo dos Estados Unidos” buscará aplicar sanções em setores importantes e até mesmo estratégicos para a economia russa, como serviços financeiros, energia, tecnologia e defesa, caso a Rússia ocupe outras partes da Ucrânia.
Em contrapartida, o “Ministro das Relações Exteriores” afirmou que “as sanções introduzidas pelos Estados Unidos e pela União Europeia, são inaceitáveis e não ficarão sem consequências”[11]. Desse modo, em resposta, a Rússia também impôs sanções retaliatórias aos EUA, contra nove figuras políticas norte-americanas, entre eles o senador John McCain, e o assessor de segurança nacional Ben Rhodes, que foram proibidos de entrar em território russo.
Enfim, todos esses eventos de ações e reações apenas promoveram o aumento do tom e o acirramento da crise entre os dois países, o que, no entanto, pode intensificar a escalada de retaliações mútuas, caso não se estabeleça uma solução em termos pacíficos. A grande questão é instituir um processo de diálogo, uma vez que para os “Estados Unidos” e aliados a incursão da Rússia na Crimeia significa uma violação do direito internacional e tão pouco reconhecem sua anexação. Enquanto que o “Governo russo” defende tal medida como necessária para proteger os russos que são a maior etnia na Crimeia, que, por sua vez pertenceu a Rússia até 1954[12].
—————————
Imagem (Fonte):
—————————
Fontes consultadas:
[1] Ver:
http://www.dw.de/ocidente-
[2] Ver:
http://www.bbc.co.uk/
[3] Ver:
http://www.dw.de/g7-suspende-
[4] Ver:
Idem.
[5] Ver:
[6] Ver:
http://www.dw.de/g7-suspende-
[7] Ver:
http://www.bbc.co.uk/
[8] Ver:
Idem.
[9] Ver:
http://www.dw.de/ocidente-
[10] Ver:
http://nationalinterest.org/
[11] Ver:
http://br.reuters.com/article/
[12] Ver também:
http://www.bbc.co.uk/