Na noite da última quarta-feira, dia 28, o chefe da “Guarda Revolucionária do Irã”, Mohammad Ali Jafari, afirmou que se os “Estados Unidos” (EUA) atacarem a Síria, o Estado de Israel será destruído. Declarou: “Um ataque à Síria significará a destruição iminente de Israel”[1]. Em sua declaração para uma agência de notícias iraniana – Tasnim – alegou, ainda, que a ocasião representaria um segundo Vietnã para os EUA e a Síria se tornará um campo de batalha mais perigoso e sangrento.
Após aproximadamente dois anos e meio de guerra civil, no dia 21 de agosto deste ano (2013), houve a suspeita de utilização de armas químicas nas proximidades de Damasco, o que resultou na morte de centenas de pessoas e mobilizou a opinião pública mundial. O Irã acusa as forças de oposição pelos ataques. As forças opositoras, por sua vez, acusam o governo sírio. Os EUA e outros países ocidentais também acusam o presidente Bashar al-Assad pela utilização das armas químicas e, no momento, se preparam para uma possível intervenção no país.
Ao longo da última quinta-feira, dia 29, a entrevista de Mohammad Ali Jafari foi bastante divulgada pela mídia iraniana. Em decorrência da situação, o governo de Israel abriu centros de distribuição de máscaras de gás em cidades do norte, frente ao possível confronto. A procura é grande e o prefeito de “Kiryat Shmona” – uma das cidades em questão – pediu fortemente que o Exército e o Governo abram mais centros[2].
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda não afirmou que os ataques são certos e não há um objetivo específico para o cenário posterior a possível intervenção. Para completar a situação, as tensões internacionais se tornaram bastante complicadas. Além do Irã, a Rússia também defende o governo de Assad e, segundo a agência de notícias Interfax, ontem, quinta-feira, dia 29, enviou dois navios de guerra ao “Mediterrâneo Oriental”. Em comunicado, a Marinha russa alegou ser uma rotatividade planejada, sem qualquer envolvimento com a situação na Síria[3].
O “Reino Unido” declarou, também nesse dia, que qualquer ação militar em território sírio seria em prol dos direitos humanos de seus cidadãos e poderá vir a intervir sem o apoio dos EUA[4]. Em resposta, o presidente da Síria, Bashar al-Assad, alegou que o Governo do país irá se defender de qualquer agressão internacional[5].
O “Secretário Geral das Nações Unidas”, Ban Ki-moon, pediu paciência e reafirmou que receberá um relatório dos inspetores que investigam a utilização de armas químicas no próximo sábado. Também o papa Francisco se reuniu em Roma com o rei Abdullah, da Jordânia. Ambos concordaram que a única opção para o problema é o diálogo[6]. O Governante da Jordânia deixou claro que não tem interesse de envolver seu país em um possível conflito internacional.
A forte mobilização mundial em relação a Síria só tomou tamanha proporção e apresentou planos de intervenção nas últimas semanas, após os ataques no dia 21 de agosto em que supostamente foram utilizadas armas químicas. De acordo com as informações disseminadas pela mídia internacional, antes desta ocasião, nos últimos dois anos e meio foram mortos mais de 70 mil pessoas da população civil.
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Imagem “Intervenção na Síria pode gerar conflito internacional” (Fonte):
http://www.in-debate.com/wp-
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Fontes consultadas:
[1] Ver:
[2] Ver:
http://www.haaretz.com/news/
[3] Ver:
http://br.reuters.com/article/
[4] Ver:
http://www.bbc.co.uk/news/uk-
[5] Ver:
http://www.aljazeera.com/news/
[6] Ver:
http://br.reuters.com/article/