Na tarde do dia 30 de julho de 2020, um soldado da parte oriental da República Democrática do Congo matou 12 civis e feriu mais 9 pessoas enquanto estava embriagado. Uma das vítimas era uma menina de dois anos. O incidente ocorreu na cidade de Sange, cerca de 24 km da fronteira com o Burundi. O autor do crime está sendo procurado pelas autoridades locais, de acordo com a declaração de Theo Kasi, Governador da província de Kivu do Sul.
O Capitão Dieudonne Kasereka, porta-voz do Exército em Uvira, afirmou que o homem está foragido e continua armado. Ele também relatou a presença de uma delegação do Exército e de uma equipe da Organização das Nações Unidas para acalmar a população na região. Alguns residentes revoltados com a situação bloquearam a rodovia 5, que transpassa o local, com galhos e pneus incendiados. Além disso, testemunhas locais relataram que o trânsito foi bloqueado por manifestantes que mostraram os corpos das 12 vítimas.

Ndaburwa Rukalisa, líder local em Sange, disse que o responsável pelo crime é um soldado das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) pertencente ao 122 Batalhão e que estava em estado de embriaguez. O Presidente Felix Tshisekedi alegou que esse ataque é um crime de ódio e demonstrou suas condolências às famílias das vítimas.

Alguns generais estão sofrendo penalizações pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia por supostos abusos. Além disso, a Organização das Nações Unidas os acusa de terem fornecido armamentos para rebeldes e gangues criminosas. O Exército do país também tem sido reconhecido pelo seu despreparo e falta de profissionalismo. Soma-se também a denúncia frequente por crimes contra civis.
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Fontes das Imagens:
Imagem 1 “Hasteamento da bandeira da República Democrática do Congo, em 2010” (Fonte):
Imagem 2 “Soldados em patrulha, em 2015” (Fonte):
Imagem 3 “General Kisempia Sungilanga, antigo chefe de gabinete das FARDC, em dezembro de 2006” (Fonte):